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amelia's point of view passado
12:58, eu comecei a suar frio. Mas eu já estava nervosa, desde o momento em que eu havia acordado.
Foi difícil ficar em pé, enquanto eu o observava de longe. Chegando com um sorriso bobo no rosto, com a camiseta amarela que destacava seus olhos, que eram os meus favoritos em todo o mundo.
Fingi ver algo no celular, tudo para não ter que olhar para ele, era difícil, me deixava envergonhada. Ele chegou perto, com aquele perfume bom exalando e então me cumprimentou com um beijo na bochecha, senti as borboletas no meu estômago entrarem em festa.
— Quer ir tomar um sorvete?
— É claro. Eu amei a sua camiseta, amarelo é a melhor cor. Eu não sabia bem como agir. Eu poderia me considerar a mulher mais tagarela de todo o mundo mas diante dele, eu não conseguia dizer uma palavra, era como se eu estivesse fora do ar.
— E então? Tudo bem?
— Tudo e com você?
— Tudo também. Qual você vai querer?
Só então reparei que já estávamos no local, ele me deixava meio perdida, meio não, totalmente. O garoto dos meus sonhos estava ali, do meu lado.
— Chocolate. — Respondi, completamente decidida.
Ele ficou alguns minutos olhando o cardápio, completamente indeciso, ah, se eu tivesse notado os sinais.
— Morango. Morango é a minha fruta favorita. —Eu sorri, amando a curiosidade aleatória.
Enquanto ele estava distraído, acabei pagando pelos dois milk shakes. Ele ficou desacreditado, parecia ofendido pelo fato de eu ter sido mais rápida pegando o meu cartão, me prometendo que dá próxima ele iria pagar.
Caminhamos até uma mesa, pedi para que ele sentasse ao meu lado e não na minha frente. Menti, dizendo que se ele ficasse muito longe, eu não iria escutar ele falar.
Mas a verdade é que eu era insegura, e não queria ele na minha frente, olhando de perto cada defeito meu, sem que eu pudesse desviar o olhar. A gente passou aqueles minutos conversando, falando sobre diversos assuntos aleatórios que eu nem sequer me lembro, apenas um em especial, tudo que era sobre ela, ainda me assombra.
— A Grace me mandou mensagem, bem, ela meio que sabe sobre a gente.
— O que exatamente?
— Ela ainda tem acesso ao meu e-mail, os contatos carregaram para ela e o seu em específico, está com vários corações. — Senti o sorriso crescer, só podia ser brincadeira. — Ela foi escrota, disse várias merdas sobre você e a gente brigou.
Várias merdas, quando ela nem sequer me conhecia. Mulheres podiam ser cruéis quando queriam.
Era óbvio que eu fingi que não me abalava. Ele se abriu, me contou sobre as traições por parte dela, me deixando completamente chocada, sério, ele não merecia aquilo.
Aquela uma hora, passou mais rápido do que eu podia me lembrar. Ele me deixou na porta da farmácia, do mesmo lugar onde havia me encontrado.
— Posso fazer uma coisa?
— Pode, eu acho. — Sorri e então ele se aproximou.
Senti o meu coração acelerar, a respiração falhar, as malditas borboletas entrando em combate. Ele colou nossos lábios, em dois selinhos tímidos e apressados.
— Até mais, Amélia.
E então ele foi embora. Foi ali que doeu pela primeira vez e também foi ali, que eu percebi que os meus sentimentos estavam mudando.
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e veio aí família
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