I Can't Stop Me ⑅Minayeon AU⑅

12- Machucados

Mina POV

Quando sai da casa de Chaeyoung já estava garoando um pouco, ela pediu para eu dormir lá, mas fui teimosa e neguei.

Me arrependo.

Agora eu tô na metade do caminho para minha casa e parece que tá caindo uma cachoeira do céu, as gotas estão muito grossas, senti até umas pedras de granizo caindo em mim algumas vezes. Não acredito que realmente pensei que conseguiria chegar em casa com esse dilúvio acontecendo.

Pelo menos de uma coisa não me arrependo:

De ter ido para aquele jantar.

Nayeon ficava me olhando. Finalmente meus dias de glória chegaram.

Merda, comemorei cedo. Eu estava olhando para frente e não vi um enorme buraco no asfalto. Passei por ele com tudo e voei da moto. Fiquei uns segundos no chão, gemendo de dor, me recompondo e repassando tudo o que acabou de acontecer na minha cabeça.

Ainda bem que não tinha ninguém para ver eu me ralando toda e deixando umas lágrimas escaparem - não que dasse para notar com essa água toda da chuva caindo em cima de mim.

Me levanto do chão com calma e vejo que a blusa de Chaeyoung rasgou no cotovelo, lugar onde tinha muito sangue saindo.

Mas que bosta, porque não aceitei logo ficar lá?

Vou até minha moto e olho o estrago. Umas partes amassaram e o pneu da frente furou. Deixo escapar um soluço, foi tão difícil conseguir essa moto, ela se tornou minha neném.

Ainda chorando decido ir para debaixo de um ponto próximo com a moto e esperar a chuva parar pelo menos um pouco. Acho que vou voltar para a casa de Chaeyoung, daqui onde eu estou para lá é mais perto do que daqui para minha casa.

Pego meu celular para ver se ele ainda liga depois de ter tomado chuva. Tenho uma surpresa quando ele se acende, mas para minha infelicidade logo desliga por bateria fraca.

Apenas consegui ver as horas, 23:34.

— Isso não tem como…

Paro no momento que ia soltar a última palavra, não vou falar isso, sempre tem como piorar. É melhor eu ficar quietinha.

[...]

A chuva tinha cessado um pouco e eu voltei a pé com a moto para o lugar que eu não deveria ter saído. Chorei boa parte do caminho, meu braço estava doendo muito e minha perna direita também.

Devo ter ficado toda roxa e ralada.

Chegando finalmente na enorme casa, deixo a moto encostada perto da porta, já que a garagem provavelmente estaria trancada, e eu não queria que minha moto molhasse ainda mais.

Toco a campainha - torcendo para que alguma mulher aí dentro ainda esteja acordada - e fico chocada com o quão rápido sou atendida.

E ainda por cima por Nayeon.

Quando eu estou arrumada ela não aparece, que incrível isso.

Ela aparece vestida com uma camisola de cetim, da cor vinho, que ficava perfeitamente encaixada em seu corpo. Em outra ocasião eu estaria babando, mas agora só queria entrar na casa o mais rápido possível e ficar quentinha.

— Mina?! - Nayeon me puxa bem rápido para dentro. Ela pega bem no meu, recém feito, machucado no braço. Solto um gemido de dor e deixo umas lágrimas caírem - O que aconteceu?

— Preciso de um banho - Falo com voz de choro e tremendo de frio - E que você tire a mão do meu braço, tá pegando bem no lugar que machuquei - Ela tira rapidamente a mão e vê que estava suja com um pouco de sangue.