Capítulo 3-Vidas Culpadas

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—Você sabe sobre mim?

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—Você sabe sobre mim?

Raika retirou do bolso de seu avental, um caderno velho cheio de páginas de jornais e fotografias. Jorge reconheceu, era seu diário pessoal; algo de seu passado que não conseguiu se livrar.

Raika colocou aquele caderno na mesa a frente de Jorge

— Você fazia parte das Forças de assalto na guerra de Guiana, participando de forma direta na última batalha que deu fim a essa guerra, o cerco de Acosta Ayala. Um ano depois se transferiu para a aeronáutica, onde serviu por pouco mais de cinco anos, no meio da primeira guerra mundial, tendo ganhado respeito e sendo condecorado como Tenente do Céu, maior patente da aeronáutica. Mas foi expulso...afastado das funções militares por acusações por crimes de guerra...

—Então...você achou meu caderno!—Jorge riu—recite meu registro criminal, menina

Como se Raika tivesse memorizado perfeitamente, ela imediatamente respondeu:

—Primeiramente, o senhor foi procurado como um criminoso de guerra, por assassinato a crianças e civis de Ayala, em Guiana, já que isso é contra a moralidade de guerra, mas após investigação aos três exércitos nacionais, foi comprovado a sua inocência perante as informações falsas dadas por outros superiores... mesmo assim, foi afastado de suas funções

Jorge deu uma salva de palmas para Raika, surpreso de que realmente aquela jovem havia lido sobre ele. Soando friamente sarcástico, mas que claramente, não queria ouvir aquilo

"Assassino" uma voz pareceu ressoar na cabeça de Jorge

—Você me estudou bem... faz parte do seu trabalho se intrometer e estudar a vida de seus clientes

Raika dirigiu um olhar de desprezo ao Jorge. Como se fosse algo que não fosse digno de respeito

—Jorge dos Santos—O nome sussurrado saiu desapaixonado de seus lábios, com certo distância. Aquilo irritou Jorge—Então, Senhor Jorge, isso é um pouco grosseiro de mim, já que mal nos encontramos e pouco nos conhecemos...

—Já? Vamos, sente-se e converse um pouco com esse velho, agora que sabe dos crimes. Vamos, garota, me julgue a vontade

—Eu não tenho o direito de te julgar por ações que não fazem parte do meu trabalho. Além que suas atitudes passadas não me importam

Jorge riu, um pouco surpreso com a resposta

—É porque você é cara. Você é como uma cortesia de classe alta, certo? Você fará qualquer coisa que lhe disser após a taxa ser paga.

—Não ofereço serviços sexuais—Raika respondeu, com um pouco de irritação, mas que não deixava transparecer em sua voz amena—Então, por favor, não me confunda com uma prostituta

—Eu não quis dizer que você se vende. Vejo que não oferece essas...cortesias a homens. Me desculpe. Eu quis dizer que você está sendo boazinha de mais...parece que está com pena de mim, por isso mente

Órfã de Guerra(História sem capa)Onde histórias criam vida. Descubra agora