Capitulo 6 - Da água pro vinho

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  Ainda chocada com o baque, Diogo e eu continuamos conversando. Até que ele retorna no assunto:
- Mas me tira uma dúvida, como você não sabia quem eu sou? Toda Portugal tem conhecimento sobre mim e minha família, por isso vivo rodeado de seguranças. Inclusive gostaria de me desculpar pela atitude de um deles mais cedo.

- Então, acontece que pelo que eu entendi seu pai é um "Sucessor" do meu no ramo mafioso de vocês - Respondi em tom de brincadeira. - Meu pai deixou os negócios após meu nascimento. Fomos morar no Rio de Janeiro quando eu ainda era bebê, então nunca tive contato com sua família mas sabia da história por alguns detalhes, mas imaginava que você fosse um pirralho qualquer com 10 anos que vive babando em pirulitos.

  Diogo franziu a sobrancelha, fez um gesto de quem estava limpando o canto da boca e sorriu me olhando de lado.
- Uma criança que vive babando em pirulitos? Logo você dizendo isso pra mim? Eu deveria te dar uma lição ou uma chance? - Disse ele enrolando uma mecha do meu cabelo em seus dedos. Fiquei desconsertada, mas não sei levar desaforo pra casa (ou pra cama, nunca se sabe).
Tirei sua mão do meu cabelo, cheguei perto do ouvido dele e respondi:
- Se você acha que pode ter tudo por conta de outras que passaram ou estão na sua vida, você está bem enganado. Uma chance? Pelo amor de Deus, se uma mulher como eu beijasse sua boca você deveria era agradecer, pirralho. - Disse sorrindo e saindo de perto, fui de encontro aos meus pais e não saí mais da cola deles. Durante toda a festa, Diogo ficava me olhando e eu como uma boníssima filha da puta jogava o cabelo e desdenhava de sua presença, até que o senhor Normandes surge trazendo junto o pirralho.
- Estão gostando? Espero que sim! Gostaria de lhes apresentar meu primogênito, Diogo.
- Uma honra conhecer grandes amigos de meu pai! Ele me contou ótimas coisas sobre vocês - Disse Diogo olhando pra mim como quem estivesse querendo jogar (Da pior maneira, quem ele pensa que é pra usar ironia na frente dos meus pais?). Naquele momento eu podia sentir minhas bochechas corando.
- Fico lisonjeada, peço licença a vocês. Estou com um pouco de dor de cabeça, vou ao meu quarto para descansar. Talvez seja por não ter dormido muito bem... - Acenei e sorri me despedindo

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