Capitulo 7 - Prepotência

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Quando cheguei no meu quarto, fui direto para o chuveiro. Larguei meu vestido e meu sapato no meio do caminho pois estava enfurecida com o que acontecera mais cedo, quem diria que eu iria me estressar com aquele... aquele... Ah, não tem nem como definir. Se tiver uma palavra correta, talvez seja prepotência! Quem diria que eu ainda estava me atraindo por aquele projeto de louco (Nem Deus me defende mais).
  Saí do banho, coloquei um roupão e deitei na cama pra ler. Precisava relaxar de algum modo, mas não ia descer até a festa novamente e não queria me tornar um incômodo. Lembrei então que trouxe uma garrafa de vinho, peguei e então tratei de deitar novamente... Horas se passaram, não se ouvia mais barulhos da festa. Decidi ir até a cozinha buscar água em silêncio, peguei uma garrafa pra levar ao meu quarto e quando termino de subir as escadas adivinhem com quem dei de cara? Ele mesmo, Diogo estava parado de frente a minha porta pensativo.
- Posso ajudar?- Indaguei
- Só se você quiser. - Respondeu ele, cruzando os braços e me encarando.
- Se não for arrumar problema entre, ainda tenho um pouco de vinho.
Diogo entrou primeiro e fitou logo a roupa que estava no chão. - Vermelha com vestido preto? - Perguntou rindo se referindo a minha calcinha.
- Antes colorida do que sem nenhuma - Respondi e acabamos rindo da situação enquanto eu recolhia as roupas do chão.
Enquanto pegava a garrafa de vinho, ele me fitava com os olhos, em seguida nos sentamos de frente um pro outro na cama. - O que o senhor da máfia quer? Não adianta dizer que é insônia.

- Queria dizer que você é prepotente.
- Prepotente? Você expele arrogância e espera que eu sorria ou abra as pernas? - As duas opções são ótimas - Respondeu Diogo, me olhando de cima abaixo como diz Baco Exu do Blues "Com uma cara de quem vai foder minha vida".
Naquele momento ficamos quietos, apenas bebendo e decidi acender um cigarro.
- Eu que sou o pirralho e voce quem fuma pirulito - Diogo riu enquanto falava.
- Pode por favor respeitar meu cigarro de melancia? É mais cheiroso que você!
- Como você sabe? Nunca chegou perto do meu pescoço.
- Mas cheguei perto da sua boca. - Diogo arregalou os olhos surpreso com minha resposta. Achei que ia levar um tiro, mas ele acabou rindo da minha cara e dizendo:
- Até que você não é tão ruim assim.
Em tom de deboche, respondi:
- Isso não é nem a metade do que eu posso ser.

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