15. Eu também sei jogar esse jogo!

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- Ai, porra! - Tom disparou pela terceira vez essa noite. - Você vai tomar mais cuidado? Existe um limite para que eu ignore você me apertando com tanta força.

Revirei os olhos.

- Bem, se você não fosse tão impaciente, teimoso e irritante. - Junto com o fato de que você andar por aí como uma criança-, eu já teria terminado! - Gritei de volta.

- Gatinha, você precisa relaxar. - Tom reclamou em um tom arrogante, um sorriso em seus lábios.

Eu arqueei uma sobrancelha.

- Não me chame de gatinha, seu idiota. - Murmurei. - Agora senta aí e fica parado. - Voltei a colocar as faixas com antisséptico em sua pele machucada.

Ele riu, finalmente me ouvindo uma vez, mantendo seu corpo parado, sem mover um centímetro.

Já não era sem tempo. Quer dizer, uma coisa é ser impaciente, mas outra é ser desagradavelmente tosco, especialmente quando se é chato pra caralho.

Isso tudo me deu enxaqueca, estava prestes a perder a cabeça.

Tudo começou quando esse idiota deitou na minha cama como se estivesse em casa, com os braços atrás da cabeça enquanto olhava para a minha televisão com admiração.

Eu cruzei meus braços na frente do peito, franzindo os lábios enquanto meus olhos praticamente cavavam buracos no seu rosto.

- Tira uma foto, vai durar mais, gatinha. - Tom sorriu, seus olhos ainda na TV.

Eu, por outro lado, não achei nada engraçado. Pelo contrário, achei idiota.

- Você é retardado?

Ele finalmente tirou os olhos da TV.

- O que?

- Eu perguntei se você é retardado.

Tom transformou sua expressão calma em uma confusa.

- Essa, por acaso, é uma pergunta retórica? - Sua cabeça pendeu para o lado.

- Vou levar isso como um sim. - Eu revirei os olhos, caminhando até ele antes de pegar o controle e desligar a TV.

- Eu estava assistindo caso você não tenha notado! - Ele gesticulou com sua mão para a TV.

Eu dei de ombros.

- Minha casa, meu quarto, minha TV! - Balancei o controle no ar. - Meu controle.

- E daí? Estou machucado. Me dá uma folga!

- Não é minha culpa que você resolveu ser esfaqueado. Também não é minha culpa que você seja o "Danger" e tenha um bando de haters.

- Eu prefiro o termo inimigos. - Tom replicou amargamente.

Eu lutei contra a vontade de revirar os olhos.

- Isso realmente importa? - Concentrei meu peso em um lado só, olhando para ele com meus olhos castanhos.

Ele passou os dedos pelo cabelo, puxando as pontas antes de bagunça-lo e olhar de novo para mim.

- Você é tão frustrante, sabia disso?

Eu ri. Eu nem sequer hesitei em ficar quieta. Esse merda não disse isso.

- Eu sou frustrante? - Apontei para mim mesma. - Eu sou frustrante? - Repeti, dando ênfase no "eu".

Meus olhos se arregalaram quando vi Tom assentir.

- Acredito que você seja a única garota para a qual eu estou olhando. - Ele colocou as mãos nos bolsos dos seus jeans.

Danger | Tom HollandOnde histórias criam vida. Descubra agora