¡!Unexpected visit.

1.6K 181 141
                                    

ꪑ𝖚𝖘𝖎𝖈 ︳Kill This Love − BLACKPINK

┏𝐖𝐀𝐑𝐑𝐄𝐍┛

E lá estávamos nós, escondidos no último quarto com as crianças junto. Melissa havia sido arrancada ás forças de sua cama, mas mesmo assim, ela continuava dormindo no colo de Louis. E eu, estava com mil coisas na cabeça, tentando acalmar Arthur que choramingava nos meus braços enquanto eu tentava buscar a razão para que três homens terem invadido a minha casa.

Provavelmente, seria para roubar o cofre do meu pai, onde ele guardava milhões de dólares; cópias de seus relógios mais caros; plantas de todos os seus terrenos no Brasil e o chip, o único chip que guardava os segredos do branco de Nova Iorque. Se, realmente fosse isso, eu teria que agir primeiro e pegar o pendrive antes dos ladrões. Além de conter as senhas, meu pai também guardava nele alguns arquivos super importantes da sua empresa.

A casa tinha se transformado em uma mansão fantasma, não tínhamos energia para nada. Todos os cabos de fiações foram cortados pelos bandidos, eles sabiam que assim, iriam impedir de que o alarme da casa tocasse ao entrarem sem senha ou que o funcionamento de qualquer telefone fixo parasse, nos impossibilitando de ligar para a emergência.

━ Cadê seu celular? ━ Perguntei em um sussurro, prevenindo para que ninguém pudesse nos escutar. Com a mão livre, Louis a colocou nos dois bolsos, procurando o aparelho.

━ Ixe... ━ Ele soltou, me olhando com a testa franzida. Junto com esse sinal negativo, as poucas esperanças que aindan me restavam tinham ido por ralo abaixo naquele exato momento. Sem celular não tínhamos um meio de comunicação, sem um meio de comunicação não poderíamos pedir ajuda para a polícia. O plano seria nos virarmos por conta própria, na sorte de não esbarrar com nenhum deles pela casa.

━ Então vai pegar. ━ Dei a ordem, sendo o mais ríspida possível. Louis me olhou como se aquilo fosse impossível.

━ Você está louca? Isso é pedir para morrrer. ━ Louis ressaltou, me seguindo pelo quarto. Parei na saída e observei pela brecha da porta como estava a situação da casa, no corredor não havia ninguém, mas com certeza eles estariam na próxima dobra.

━ A gente não tem escolha, Partridge. É isso ou nós vamos ficar aqui até eles nos acharem e nos matarem. ━ Afirmei, com a cabeça virada para o garoto que estava morrendo de medo com a sua expressão aterrorizada.

━ Você fica aqui com as crianças então. ━ Ele disse, achando que tinha o direito de me dar alguma ordem.

━ Não, eu tenho outra coisa para fazer. Vamos deixar a Melissa dormindo aqui na cama e você vai levar o Arthur junto até o quarto. ━ Expliquei, esperando com que Partridge se mexesse e fizesse o que mandei.

Depois de acomodar Melissa debaixo do edredom, Louis tomou o bebê dos meus braços, ainda inconformado com essa ideia que não fazia sentido em sua cabeça.

━ E onde você vai que é mais importante do que tomar conta da sua irmã? ━ Ele questionou, indignado.

━ Olha só Partridge, não se esqueça que você ainda continua sendo só o babá deles. Não é porquê você me comeu há minutos atrás que vai ficar questionando tudo que eu faço, escutou bem? ━ Rosnei, já perdendo a paciência que me restava enquanto o encarava com o meu rosto bem próximo do dele. ━ Eu preciso pegar uma coisa no escritório do meu pai, isso é super mega importante, e não pode cair em mãos erradas. ━ Expliquei, procurando me acalmar e tentando pensar em algum jeito de eu chegar até a sala sem ser vista.

━ Delicada como sempre, né S/N. ━ O garoto replicou irritado, brincando com o bebê que soltava algumas risadas altas.

━ Cuida com os gritos do Arthur, alguém pode escutar. Agora vamos, não podemos mais perder tempo. ━ Afirmei, abrindo cuidadosamente a porta para que ele não desse nenhum ruído.

━ Depois que você conseguir o celular, liga imediatamente para a polícia e volta para cá, não inventa de me seguir, eu sei me virar sozinha. ━ Sussurrei, parada na porta antes de sair do quarto.

━ E pra quê eu te seguiria? Nem morto arriscaria a minha vida por alguém que conheci no dia. ━ Ele implicou no mesmo tom que eu, querendo me provocar.

━ Cala a boca seu idiota e se concertra no plano. É pra você pegar o celular e voltar pra cá, entendeu? ━ Questionei pela última vez, pronta para avançar pelo corredor, onde não teria mais volta para desistir.

━ Entendi caralho, tá me achando com cara de burro?

━ Vou nem comentar. ━ Eu disse, antes de começar a dar passos leves e cuidadosos pela casa. Louis acabou fazendo um pequeno ruído na madeira, olhei para trás e o encarei puta da vida fazendo gestos com as mãos.

┏𝐏𝐀𝐑𝐓𝐑𝐈𝐃𝐆𝐄┛

Continuei caminhando sem a S/N, já que nós tínhamos nos separado na escada. Sempre antes de avançar, eu olhava para conferir de que o corredor estivesse limpo. Só mais umas sete portas e a gente finalmente chegaria até o quarto da S/N.

Aos poucos, Arthur começou a chorar, e logo o barulho estava alto o suficiente para que alguém pudesse nos achar. Me encostei no batente da porta que eu estava bem na frente e começei a balançar o bebê com a esperança dele se acalmar e parar de chorar. Ergui meu pulso e pude conferir no meu relógio de que faziam quase três hora desde a última vez que Arthur mamou, talvez seria essa a causa de seu choro.

O que eu faria agora? Seria impossível de eu conseguir o leite, até porquê não havia energia para usar a máquina. Apoiei minha cabeça na parede e forçei a mente para pensar em alguma solução. É isso! A geladeira, eu lembro de quando a S/N falou que Deisy sempe deixava uma mamadeira reserva lá, agora o maior problema seria descer até a cozinha. Mas, de um jeito ou de outro eu iria ter que tentar, Arthur não pararia o choro até ter sua comida.

Dei meia volta, caminhando rumo à escada. Logo quando pude ver a sombra de um dos homens rondando a sala, me abaixei rapidamente ficando sentando no primeiro degrau, de costas para o corrimão. Sem tirar meu corpo da posição, ergui a cabeça tentando ver se o cara já tinha saído, estava escuro e o ambiente era iluminando pela luz que vinha de fora. Com o local limpo, me apressei e desci as escadas indo até a ilha da cozinha antes de que o fortão voltasse. Me ajoelhei no chão e bem devagar, abri uma porta da geladeira, que logo de primeira fez um baixo barulho da borracha se dividindo.

Por sorte, a mamadeira estava na primeira prateleira, estendi meu braço e com um pouco de esforço a alcançei. Arrastei o copo até mim fechando a porta em seguida. Tirei a tampa e posicionei o bico na boca de Arthur, deixando ele com o controle do objeto. Por um segundo descansei minha cabeça contra o inox, deixando escapar um breve suspiro de alívio.

┏𝐖𝐀𝐑𝐑𝐄𝐍┛

Finalmente consegui entrar na sala do escritório do meu pai com que ninguém me pegasse. Avançei sala a dentro e começei a procurar o cofre, eu sabia que ele estava em algum lugar ali, só não aonde. Procurei debaixo da mesa, dentro dos armários, por cima dos balcões, e nada. Até que me peguei observando o quadro mais caro dos Estados Unidos, é claro, só podia estar ali.

Procurei dentre os blocos de anotação do meu pai que estavam jogados sobre a mesa dele, e logo pude achar um papel amarelo diferenciado dos outros. Na frente ele era todo coberto por anotações comuns, mas atrás, estava escrito a senha do cofre, que era: 2317295. Meu pai sempre usava números primos para tudo.

Posicionei o papel entre meus dentes e me virei em direção do quadro. Agarrei as laterais dele e o levantei, desenganchando seus parafusos que prendiam-se na parede. Com muito cuidado, deixei a obra prima em cima da poltrona de couro que se mantia no canto da sala e logo depois me levei até o cofre novamente. Arranquei o papel da minha boca e com as mãos trêmulas e os olhos ligeiros, começei a digitar rapidamente os números da folha amarelada nos botões do cofre, que faziam um barulhinho a cada toque.

Já faltando apenas dois números, a porta do escritório foi aberta com tudo e imediatamente a batida da mesma ecoou pela sala, me fazendo no mesmo segundo despencar em desespero. Ainda com a mão levantada em direção dos botões avermelhados do cofre, eu permaneci lá parada, em estátua, congelada sem saber se deveria me virar ou não.

𝗘𝗩𝗜𝗟 𝗕𝗬 𝗖𝗛𝗢𝗜𝗖𝗘, ꪶ𝘰𝘶𝘪𝘴.𝘱Onde histórias criam vida. Descubra agora