Resumo do capítulo:
O álcool pode causar miragens e também perda de memória.
Ainda bem que existem provas físicas para nos lembrarmos - ou não.
Havia algumas garrafas de cervejas jogadas aos pés de sua cama e seu quarto assim como todo seu corpo cheirava a álcool. Sukuna estava deitado com cara de morto, seu olhar era de pura derrota. De todos os cenários possíveis, como aquilo pode acontecer? Ele havia se tornado algum tipo de tarado maníaco? Com toda certeza Megumi estava refletindo nisso e não era daquela forma que Sukuna gostaria que o outro pensasse de si, rezava para que ele não contasse para Itadori sobre aquilo.
Ignorava as notificações de mensagens do irmão e Uraume em seu celular, não havia nem saído para comer alguma coisa ou ir ao banheiro, apenas aproveitou quando os dois entraram no quarto e então sorrateiramente rastejou até a cozinha e pegou todo o álcool que conseguiu em seus braços e voltou sem que ninguém percebesse.
Considerava fumar até mesmo um pouco de maconha quando sentisse certeza que os mais novos haviam ido dormir para que não sentissem o cheiro, desejava relaxar ou ter apenas aquela sensação de lerdeza e inconsciência que somente o álcool e a droga poderiam causar, o sentimento de esquecer ou achar engraçado as merdas de sua vida. Soltou um suspiro querendo se derreter na cama e que sua existência sumisse da face da terra.
Sentia-se tonto por causa da cerveja, mas não muito, apenas o suficiente para que ficasse alegrinho, era difícil ficar bêbado ao contrário do seu irmão que com duas latinhas já estava a ponto de fazer pole dance num poste e depois só faltava vomitar as tripas. Com sorte, o garoto no máximo capotava e roncava tão alto que podia ser escutado na casa toda.
Apesar de ser ainda às dez e meia da noite, a casa estava estranhamente silenciosa. Franziu o rosto até levar um susto com um ronco alto que veio do cômodo alto seguido de um barulho de algo caindo, uma garrafa de vidro.
— Esse moleque anda atrevido — Resmungou, pelo visto, Yuji havia roubado algumas cervejas que não havia conseguido carregar.
Falaria com ele outro dia, e seria uma conversa séria. Yuji já havia passado dos seus limites a muito tempo e estava sem saco para as criancices do outro.
Pegou a garrafa de vodka e bebeu um gole direto do gargalo, sentiu o líquido queimar sua garganta e subir para seu cérebro, não havia comido nada e isso só fazia com que o álcool circulasse mais rápido pelo seu sangue. Queria ficar bêbado, então tomou mais sem se preocupar, não iria trabalhar amanhã, a loja não abriria e poderia acordar mais tarde por ser domingo. Não marcou nenhum compromisso, então poderia sofrer com ressaca no seu quarto solitário.
Fechou os olhos, sua visão já estava ficando tortuosa e existia um sorrisinho em seus lábios que não conseguia controlar, queria se entregar aos irresistíveis braços da bebida e estava fazendo aquilo de bom grado. Começou a mexer a cabeça um pouco mais rápido para se sentir mais tonto e fazer a bebida dançar em seu sangue, queria ficar chapado também em breve. Lembrar da maconha escondida em seu armário o fez rir sozinho.
Ouviu a porta ser aberta vagarosamente, encarou franzindo as sobrancelhas e forçando sua visão para que enxergasse quem estava invadindo seu território naquela hora da noite. Hoje foi o dia que escolheram para incomodá-lo.
Uma cabeleira escura e bagunçada apareceu primeiro e depois, uma blusa azul claro gigante servindo como camisola deixando um dos ombros à mostra e um pouco do peitoral levemente malhado. Usava uma meia até o meio da canela preta e aparentemente, uma cueca samba canção escura e curta que só era visível sua borda, uns dois centímetros abaixo da camisa velha. O rapaz entrou para dentro de seu quarto cautelosamente, seus cabelos estavam parecendo ainda mais um ninho de rato, ele ficou parado segurando a maçaneta encarando Sukuna que estava bêbado demais para decifrar seu olhar.
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Me fascine - sukufushi
Fiksi PenggemarRyomen Sukuna está obcecado com o calouro, Megumi Fushiguro, de um jeito que sente vergonha de admitir. [ school au ]