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Depois da longa conversa na cobertura, Hailey foi para casa. A princípio, havia ido até o refúgio para conversar sobre o punhal, mas viu que Justin não estava em um bom momento, então ela deixou o punhal para mais tarde.

Enquanto dirigia, um flash rápido de memória veio em meio aos pensamentos completamente aleatórios provocados pelo thc, e embora ela fumasse maconha para fugir daquela realidade conturbada, ela se lembrou onde havia visto o punhal anteriormente.

— Kylie! - Disse em voz alta e mudou a direção do carro.

Não avisou que faria uma visita, mas não deixaria para depois, algo que poderia ser útil nas buscas por Maia.

Kylie permitiu a entrada de Hailey, elas não se viam a anos e embora tenha estranhado a visita tão tarde, ela recebeu Hailey imediatamente.

As duas se abraçaram brevemente e enquanto a guiava até o sofá, trocaram algumas palavras.

— Então, não me diga que veio aqui em busca de uma noite memorável, como nos velhos tempos? - Kylie se sentou junto de Hailey.

— Seria uma ótima ideia, mas as condições atuais me impedem de pensar em qualquer outra coisa.

— Sim, eu soube do que aconteceu, se precisar de algo, eu estou disposta a ajudar.

— Sei que posso contar com você, e foi exatamente por isso que vim. Minha ideia era vir com mais tempo, fazer uma visita que não envolvesse nada disso, mas eu estou… É a minha filha Kylie. Cada vez que eu penso que a minha menina está sozinha, ou nas mãos de alguém que pode machucá-la… Eu não posso lidar com isso.

— Eu sei. Eu esperava que você viesse quando aconteceu, mas sinceramente, entendo o porque não veio. Tudo aqui está um completo caos. - Acariciou o ombro de Hailey. — Em que posso ser útil?

— Eu estive no local onde mataram o segurança da Bárbara. Sei que está informada sobre, Justin fez questão de avisar vocês para que ficassem em alerta. Minha ideia era encontrar alguma pista, algo que meus homens não tenham visto,e eu encontrei algo… A possibilidade disso ser seu, é mínima, eu sei, mas eu posso jurar que é seu, e se não for, você deve saber onde eu encontro algo tão específico.

Hailey tirou da bolsa o punhal envolvido em um lenço.

Kylie olhou o objeto e engoliu a seco. Tirou das mãos de Hailey e o analisou com certo pesar.

— Isso é meu sim! - Disse e seguiu olhando para o punhal. — Na verdade, era meu. Eu dei para o Christian quando estávamos juntos, é uma espécie de um amuleto, bom, era para ser.

— O Christian, claro. - Hailey maneou a cabeça. — Foi ele quem matou aquele homem. Mas por que?

— Ele esteve aqui há pouco mais de uma semana. - Kylie levantou. — Não temos mais nada, mas ele veio aqui para se desculpar mais uma vez. Disse que tinha certeza de que ia encontrar a Maia e que ia garantir que Bárbara não saísse disso ilesa. Pediu para que eu levasse isso em consideração, que eu pudesse perdoá-lo porque eu era a única pessoa que o conhecia de verdade. Eu o expulsei.

— Então ele não estava blefando. Ele realmente está em guerra com a Bárbara. - Hailey maneou a cabeça. — Não faz sentido, Kylie. Ele a escondeu por tanto tempo para no fim acabarem brigados?

— Ele disse que a ideia não era ela aparecer de uma hora para outra como aconteceu, e muito menos declarar guerra contra você. Ele achou que com o tempo, Bárbara fosse desistir de voltar já que ele dava a ela a vida que ela queria. Dinheiro, luxo… Era sempre sobre isso.

Murder Love (Parte 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora