Murder Love (Parte 2)

29

POV's Hailey

Acordei com meu celular vibrando. Eram 11:00am. Justin estava dormindo ainda.

Era o Khalil. Atendi a chamada de vídeo indo para o banheiro.

Ele mostrou o cenário. Estavam na boate do Justin, estava lotado de mulheres, drogas e bebidas. Ryan estava no sofá tinha uma mulher beijando seu pescoço enquanto ele mexia no celular.

— Bom dia! - Falei fechando a porta. — Já estão em Toronto? Como foi?

Khalil: Tudo tranquilo. Estamos comemorando.

— Chaz não está aí, está? - Perguntei séria.

Khalil: Não, é revoada dos solteiros. Chaz é um soldado abatido, assim como o Justin que está aí com você e o Christian que está com a Kylie.

— Eu vou ligar para Maia, ela me mandou mensagem. Boa festa para vocês.

Khalil: Diz para Maia que eu to com saudades. Vou comprar um presente para ela ainda hoje.

— Digo sim. Pare de usar drogas Khalil, você só ta piscando um olho, precisa ficar sóbrio, chega de bebida e droga por hoje. Transe com uma dessas mulheres e durma. E tira essa 357 da mão dessa vadia, isso aí não é brinquedo.

Khalil: Tá bom, você que manda.

Ele desligou e eu abri a conversa da Maia. Liguei mas ela não atendeu.

— Passarinho? Eu te liguei e você não atendeu. A mamãe está morrendo de saudades. Aproveita muito aí, te amo princesa.

Eu costumava chamar a Maia de passarinho porque ela sempre fazia tudo cantando. Ela fazia o dever de casa cantando, tomava banho cantando, ela sempre enfiava música em tudo. Eu sempre gostei disso. Ter ela em casa cantarolando era muito gratificante.

Voltei para o quarto e Justin ainda estava dormindo.

Olhei para ele e respirei fundo. Eu o amava tanto. Foi por isso que cedi. Porque eu o queria, eu queria dormir com ele, queria ser dele. Não sei como vai ser quando ele acordar, não quero dar falsas esperanças.

— Tá me olhando muito. - Disse ainda de olhos fechados e eu assustei e desviei o olhar. — Não finge que não estava olhando. - Ele riu e abriu os olhos. — Bom dia.

— Bom dia. - Respondi rindo de sua cara lerda. — Os outros já estão em Toronto.

— E nós vamos estar daqui a pouco. Como você está?

— Eu estou muito bem. Preciso fazer algumas ligações no caminho, preciso falar com a Maeve, preciso falar com o Will, tenho que passar todo o relatório do roubo para ele, vou ensinar a técnica que usei, para a minha equipe de lá. E você como está? - Perguntei vendo a cara de sono dele me encarando como se eu fosse uma máquina.

— Eu estou com sono. Vou para casa, vou dormir, mais tarde eu passo na Drew e faço o que tenho que fazer. Mas eu estou bem. - Se levantou.

— Vamos almoçar juntos. - Falei e ele me olhou parando no caminho para o banheiro. Coçou os olhos. — Não vamos?

— Sim, nós vamos. - Assentiu como se aquilo já fosse um plano. — Vamos almoçar.

Sorriu breve e balançou a cabeça, seguiu seu caminho e eu o aguardei um tanto entediada.

Saímos do hotel e nas ruas não se falava em outra coisa senão o assalto. Para a população era um absurdo  a polícia não ter a menor ideia de como tudo aconteceu. É engraçado ouvir as pessoas falando como se fosse realmente fácil driblar uma quadrilha, ainda mais a nossa.