A partir de agora os caps estão mais longos propositalmente. Se não gostaram me avisem que eu divido eles.
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"Louis é meu irmão".
Foi o pensamento nojento que se repetia feito um loop em sua mente, desde que ouviu o que ouviu. Não podia ser. O amor que Harry sentia por Louis era carnal e apaixonado, algo que sentia arder em seu peito. Amava sua essência, mas era apaixonado por sua carne, pelo seu corpo - que já se aproveitou várias vezes. E essa possível notícia não podia ser mais assustadora e nojenta.
Harry foi levado aos prantos pra sala de enfermagem, onde tirou sua pressão, que deu altíssima, e ele via tudo em tons escuros, como se estivesse prestes a desmaiar, e mal ouvia o que as enfermeiras falavam. Só sabia chorar sem parar, até lhe faltar o ar.
Lhe disseram que precisava ir direto pro hospital, e ofereceram até ambulância, pois ele estava tendo uma síndrome do pânico terrível, intensificada pela asma. Mas Harry insistiu de que precisava ir embora, e por mais que as enfermeiras dissessem que era perigoso, ele foi mesmo assim.
Saiu da clínica em passos cegos, atravessou a rua sem sequer olhar pros lados e saiu do estacionamento sem pagar, totalmente transtornado. Mal se lembrou de pôr o cinto, e se olhou rapidamente no espelho do carro e viu seu rosto inchado e vermelho, se recusando a olhar demais para sua mente não o sabotar e não criar semelhanças entre ele e Louis.
Disse pra si mesmo em voz alta "Eu não sou irmão do Louis". E repetiu isso quando viu sua imagem no retrovisor, e seu olhar lembrou o de seu amado, fazendo-o apertar os olhos e rezar pra não sair da pista.
Dirigia como se ainda estivesse aprendendo, olhando para a frente mas não prestando tanta atenção assim, esquecendo de dar seta e obedecer ao sinal. Seus pés não obedeciam os sinais que seu cérebro mandava fazer, freiando sem querer no meio da avenida.
Inevitavelmente, em algum momento, pensamentos sexuais entre Louis e ele invadiram sua mente, acompanhado da possível notícia de serem irmãos, junto de uma ânsia fortíssima, que o obrigou a parar o carro no meio da estrada e vomitar pela janela, e sair de lá o mais rápido possível. E eles voltaram mais uma vez. Flashbacks desses momentos piscavam em sua mente, mas não de uma forma boa, como sempre foi, mas horrível, e se sentiu um lixo. De repente, sentiu nojo de tudo que já fizeram, da forma que se tocavam, tão suja e carnal, não era certo. Sentiu um frio na barriga, e depois uma ardência, o que indicava que ele vomitaria mais uma vez.
Claro, essa notícia não era concreta, mas possível. Se Des e Anne não estavam num bom momento no relacionamento, e aparentemente ela só se relaciova com Troy, era algo extremamente possível. Além de que, os fatos se encaixavam.
Por milagre divino, seu anjinho da guarda estava empenhado e ele chegou intacto em casa. Como tinha dito que sairia, dispensou a todos, e estava sozinho em casa. Subiu para seu quarto. Seu coração estava a mil.
Parou em frente ao espelho, repetindo que "Não pode ser", e sendo atingido mais uma vez pelas lágrimas que o impediram de continuar se analisando.
Por mais que pensasse que era uma possibilidade, uma parte de seu cérebro o convencia de que era impossível, e de que não era verdade. Ou até, ele esquecia de quem Troy também era pai, e pensava que tudo bem se ele fosse seu pai biológico, o importante era quem o havia criado. E então, lembrava que Louis seria seu irmão de sangue. E sentia vontade de vomitar mais uma vez. Não só sentia, como vomitava, chegando a machucar sua garganta e sair um pouco de sangue. Ele tinha planos em sua cabeça com Louis. Tantas noites ele ia pra cama pensando que um dia seriam ele e Louis, juntos por toda a vida.

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My Boss
FanfictionQuando Louis recebe uma proposta de emprego de um dos homens mais ricos do país, herdeiro de diversas boates, ele não imagina o que esse trabalho lhe aguarda, até começar a perceber as segundas intenções de seu patrão.