Naufrágio [Em Revisão]

Capítulo 4

Apreciando a viajem, Diana contemplava o mar a sua frente, sentindo o cheiro de sal da água.

Já haviam se passado uma semana em alto mar, e as coisas estavam muito bem! A jovem moça, adorava passar suas tardes lendo um livro ou outro, enquanto observava o oceano.

Hoje por exemplo, era para ser apenas mais um dia tranquilo navegando, mas foi totalmente o contrário.

Logo após o meio dia, uma grande correria se deu no navio, pelo fato do vento ter parado repentinamente, causando grande pavor em todos.

--- Alguém deixou de tocar a ferradura, agora estamos sendo almadiçoados! --- gritou um dos marinheiros.

Os marinheiros, sempre tocavam uma ferradura sobre um pequeno poste antes de zarpar, eles acreditavam, que a tocando, teriam uma viajem tranquila, já se não o fizessem, teriam má sorte, junto com muito outros problemas.

--- Devemos achar o azarado e o jogar no mar, como um pedido de rendição aos deuses! --- outro disse.

E assim, o caos tomou conta do navio, um grande falatório se gerou, pessoas discutindo e acusando umas às outras.

--- Você tocou a ferradura senhorita? --- Cochichou Rose para Diana.

--- Toquei e você? --- cochichou de volta.

--- Também toquei.

--- E você realmente acredita nessa baboseira?

--- Não, mas eles acreditam e pessoas com uma fé, sempre são perigosas. --- Murmurou Rose, deixando Diana pensativa com seu comentário.

--- VOLTE AQUI AZARADO! --- gritou um homem que corria atrás de outro. --- ELE ADMITIU QUE NÃO TOCOU A FERRADURA!

--- EU NÃO SEREI COMIDA PARA OS PEIXES, QUERO VER QUEM IRÁ ME PEGAR. --- ele berra de volta, subindo nos mastros do navio, ficando bem no alto, onde não conseguiam alcançá-lo.

--- Desça, desça agora mesmo! --- uma mulher falou apontando para o homem.

--- Nunca! --- Disse decidido.

Rose e Diana suspiraram encarando a cena, sabendo que aquilo duraria muito mais tempo do que parecia, tudo que lhes restava era pedir a Deus para que o vento retornasse.

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O calor estava insuportável, o forte sol da tarde queimava sobre todos no navio.

Diana se abanava com seu delicado leque, em uma falha tentativa de se livrar do insuportável calor. O que não ajudava muito naquela situação era seu vestido cheio de camadas, que parecia sugar todo o calor para si.

--- Eu não aguento, acho que irei derreter Rose! --- se queixa ela.

--- Pois eu digo o mesmo senhorita. --- Fala Rose que também se abanava com um leque.

--- Que tal irmos até nossos aposentos? Talvez lá, esteja menos quente e um banho possa ajudar.

--- Acho uma idéia excelente senhorita. --- diz Rose suspirando, sua pele branca igual porcelana, queimava rapidamente, ainda mais debaixo do sol escaldante.

Sem que se dessem conta, elas acabaram perdidas pelo navio, provavelmente haviam descido mais andares do qual seu quarto ficava.

--- Ora Rose, onde estamos? --- diz a jovem cansada.

--- Não tenho idéia senhorita!

--- Era apenas isso que faltava! Não poderia ficar pior! --- Diana nega com a cabeça, colocando a mão sobre a testa dramaticamente.

--- Vamos tentar voltar. --- Murmura a outra.

Suspirando derrotada, elas dão meia volta, mas ao invés de chegar a escadaria que levava ao andar superior, elas encontram o porão do navio, onde ali estavam prisioneiros acorrentado, no meio da sujeira e de um mau cheiro horrível. Todos pareciam famintos e cansados.

--- Minha nossa Rose. --- murmurou Diana.

--- Mi lady's o que fazem aqui em baixo? --- um homem desce as escadas apressado.

--- Estávamos a procura de nosso aposentos, mas acabamos por nos perder. --- diz Rose engolindo em seco.

--- Compreendo, mas este local não é adequado para as senhoras, permitam-me acompanhá-las até seus aposentos.

Ambas assentem, e andam depressa para a escada, a subindo e então seguindo o caminho para seu quarto.

N/A:

Será mesmo que não pode ficar pior Diana? Rsrsrsr

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