Capítulo 36

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Diana 🌼

5 anos depois...
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- James volte aqui agora mesmo! - Grito descendo as escadas.

Ela abre a porta principal e ao tentar sair, é segurado pelo pai e erguido do chão. Paro frente a eles e coloco as mãos na cintura olhando feio pra James.

- Você não pode ficar correndo assim. Agora é hora de tomar banho. - ele tenta resmungar alguma coisa para me contradizer mas o corto. - Vamos! - aponto em direção às escadas.

Enquanto ele sobe choramingando Aleksander segura o riso, e o olho torto. O mesmo ergue as mãos em forma de redenção e eu sorrio negando com a cabeça.

- Você está linda, já te disse isso hoje? - Fala segurando minha cintura.

- Já. Mais é sempre bom receber um elogio. - inclino a cabeça para o lado sorrindo.

Ele aproxima nossos lábios, roçando nossos narizes um no outro, mas então escuto o choro de Louise. Suspiro fechando os olhos e logo em seguida escuto Violet me chamar. Rio e dou um beijinho na bochecha de meu marido e ando em direção às escadas.

- Mamãe! - Grita de novo.

- Já estou indo. - respondo.

Sigo pelo corredor e entro no quarto de minha pequena Louise de apenas dois meses de vida. A pego no colo a balançando para parar de chorar, e caminho com a mesma até o quarto de Violet.

- O que foi querida? - pergunto entrando no quarto de minha filha mais velha que tem cinco anos de idade.

- Mamãe não estou achando a fita de meu cabelo. A azul. - responde fazendo bico.

- Por que você não pega outra? Depois eu te ajudo a encontrar a azul.

- Mas mamãe, nenhuma de minhas outras fitas combina com meu vestido. - aponta para o próprio vestido.

- Tudo bem querida. - respiro fundo. - Por que você não pede ajuda para o papai enquanto eu alimento sua irmã?

- Ah, tá bem. - concorda saindo do quarto.

Caminho até o quarto de James, que mesmo dentro da banheira não para quieto de jeito algum, enquanto sua babá tenta dar banho nele.

- James Johnson! Pare de teimosia e deixe Joanne lhe dar banho! - Olho feio para ela que me encara assustado e da uma risadinha sapeca.

James tem quatro anos, e é um amor de criança, mas muito agitado.Vive aprontando uma coisa e outra, quase me deixa louca, mas o amo mesmo assim. Ele vive atrás do pai, não importa onde ele for, ele precisa ir junto.

Violet se comporta como uma moça crescida, adora desenhar e ler, também ama comprar vestidos e laços para usar no cabelo. Mas também, ama cavalgar, colher flores e correr pelos campos de Shallow Valley. Confesso que me identifico muito com ela, pois em minha infância, eu era igual.

E por fim minha pequena Louise, ela é tão pequena, tenho vontade de segurá-la em meus braços e protege-lá de todo o mal! Seus finos chumaços de cabelos são castanhos assim como seus olhos.

Depois de alimentá-la e fazê-la arrotar, coloco de volta em seu berço, com uma roupa limpa já que a outra havia sujado. A cubro com seus cobertores cor de rosa e saio de seu quarto.

- James já está vestido e limpo? - pergunto da porta do quarto e ele assente. - Não se suje.

- Tá bem mamãe. - passa por mim correndo indo em direção às escadas.

- James não desça correndo! - Grito, mas é em vão. - Violet você está pronta? Daqui a pouco o vovô e a vovó chegam! - entro no quarto dela.

- Estou, mas o papai não sabe arrumar meu laço direito. Pode arrumar mamãe? Só a senhora consegue deixar do jeito que gosto.

- Claro. - Sorrio arrumando seu cabelo.

Depois de verificar a todos, entro em meu quarto e vejo Aleksander terminando de vestir-se. Depois de arrumar meus cabelos e colocar um novo vestido, respiro aliviada, consegui fazer tudo o que planejava.

Ainda sentada na cômoda, sinto mãos em meus ombros (mãos que conheço muito bem...), ergo a cabeça para cima sorrindo, e meu marido me beija.

- Está pronta?

- Acho que estou. - murmuro arrumando minhas luvas.

- Acho que seus pais chegaram! - Olha pela janela do quarto.

Sim, minha família estava ali, e depois de recebé-los, os mesmos enchem meus filhos de presentes e mimos.

- Já agradeceram? - arqueio as sobrancelhas.

- Obrigada! - falam em uníssono.

Nos sentamos em volta da mesa, mantemos a conversa animada, e eu não poderia desejar nada melhor no mundo. Ter minha família comigo, todos felizes e saudáveis, me faz sentir como se fosse a pessoa mais sortuda de todo o mundo.

Isto aconteceu graças a um naufrágio, um naufrágio que mudou minha vida para sempre, um naufrágio, que me fez ser a mulher que sou hoje.

Nem tudo hocorre por acaso, as vezes, tudo já está traçado para acontecer, quando é onde deve acontecer.

Fim.

N/A:

Não é uma pegadinha gente, nossa fic chegou ao fim!

Estou pensando em fazer mais alguns capítulos bônus o que acham?

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Naufrágio [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora