Capítulo 5- appendix

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Olivia Rodrigo:

Chegamos no hospital após um longo caminho de ninguém trocar uma palavra, eu por minha sorte consegui parar de chorar. Agora eu nem lembrava que quem estava dirigindo era Joshua, eu estava preocupada com a mamãe.

Quando eu e Joshua namorávamos eu meio que me afastei muito dos meus pais e das minhas amigas, eu queria ser uma pessoa em qual dava atenção 100% para o meu namorado. E ele as vezes saía com os amigos, ou se encontrava com a Sabrina.

Aliás, duas semanas depois do nosso término as coisas pioraram. Ele meio que começou a sair mais com ela, e eu chorando esparramada no banheiro pois eu não tinha com quem conversar.

Só que o mais engraçado era qual ele citou em que eu era paranóica e todas aquelas conversas distorcidas quando eu citava o nome de Sabrina.

Amei ele no momento mais difícil da vida dele, quando os pais dele tinha tido uma briga feia e ele ficava desnorteado indo em direção a minha casa muitas vezes. E eu o consolava.

Para eu levar o nome de paranóica.

Talvez ele não tenha me traído, mas de qualquer forma ele é o traitor .

Saio dos meus pensamentos quando ele abre a porta do carro saíndo e eu vou junto, abro a porta do meu lado a fechando. Ele me olha vindo na minha direção e fica ao meu lado, enquanto caminha anos até a entrada do hospital.

Passo pela recepcionista falando que eu sou a Olívia Rodrigo e que minha mãe ia se operar de apendicite e meu pai estava me aguardando. Aliás, todos estavam.

Vejo o meu pai e saio correndo o abraçando, ele beija minha testa e meus olhos lacrimejam. Ele e a mamãe era tudo o que eu mais tinha de mais importante no momento.

-Obrigada Josh.—Meu pai falou se separando do abraço—Eu não ia conseguir dirigir para ir buscar a Liv, estava tudo tão complicado e...

-Não tem problema, senhor Ronald.—Joshua falando assentindo—Quando precisar é só me ligar, claro que tem dias que não vou estar disponível como hoje, mas eu tento ajudar.

-Muito obrigada, meu filho.—Papai deu um abraço rápido em Joshua—

Dou um sorriso fraco numa forma de agradecer ele, e retribuo com outro. Sentei para aguardar eles me chamarem para ver minha mãe, e meu pai sentou no lado e eu no outro. Joshua não sabia se sentava, mas ele sentou no meu lado.

-Parentes de Sophia Rodrigo?—Um médico parou na frente do corredor—

Me levantei indo em sua direção, eu estava tremendo muito. Talvez estava desnorteada com tudo que me aconteceu em um dia, ficar chorando por um moleque que "querendo ou não" esse dia de madrugada estava sendo difícil.

-Senhorita Olívia, segue o corredor reto e vire na sala número 10 por favor.—O médico disse sério—

Faço o que ele pede e sigo o caminho do corredor e viro na sala 10, o corredor tem um cheiro e lembranças tão ruins para mim. Eu não gosto nem de lembrar.

Entro na sala 10 e vejo mamãe dormindo, e escuto o sons de seus batimentos cardíacos. Chego perto de sua cama e a observo sorrindo.

-Mãe...—A chamei cutucando—

Mas ela não acordava, devia estar sob efeito de anestesia.

-É, eu vou contar para a senhora um pouco da festa em que eu fui na casa da July. —Falei com a voz trêmula—

Eu estava conversando com uma pessoa em que dormia. Ela estava dormindo e não estava me escutando.

-Estava muito legal, e bem que você falou que não era uma Good ideia eu ir pelo Joshua, ou você insinuou isso. Ele estava lá com aquela menina loira.—Falei sentindo as lágrimas voltando a qualquer momento—Eles se beijaram na minha frente, mamãe.

Vejo que já estava na hora de sair no momento em que o médico chega na porta com uma maca e a gruda na que a minha mãe estava. Saio da sala chorando e enxugo minhas lágrimas que não paravam de cair.

Minha mãe é tudo pra mim.

Sento na mesma cadeira em qual estava alguns minutos mais cedo e lá estava só Joshua, papai deve ter saído tomar alguma água ou para tomar um ar mesmo.

Ela é tudo pra mim.

O problema é que eu começo a lembrar de todos os momentos com a minha mãe, como se fosse uma lembrança muito difícil. Ela estava comigo quando eu mais precisava dela, e eu a respeitava querendo ou não como uma rainha.

Começo a soluçar e vejo que eu estava chorando muito, talvez devemos chorar pela família e não por uma pessoa em qual você conheceu. Estou me sentindo inspirada.

Joshua envolve suas mãos na minha cintura me trazendo mais pra ele para me abraçar de lado. Tento limpar as lágrimas, mas estava difícil.

Eu acho que eu teria que me desligar um pouco do mundo dos famosos, pois é dolorido ficar tendo pressões a cada minuto. Tenho que lançar uma outra música também, por isso que eu precise que a mamãe fique bem.

Saio do "abraço" em que Joshua me envolveu e limpo minhas lágrimas, eu acho que nunca vou me perdoar por ter deixado a minha mãe em casa em quanto eu me divertida.

Limpo minha cara com meu antebraço e paro de soluçar aos poucos.

-Filha, vai ficar bem.—Escutei meu pai chegando—Enquanto isso, me conta como foi sua noite com seus amigos...

-Pai, você não acha melhor em casa conversarmos cobre isso?—Respondi rouca—

-Ah, em casa conversamos então. Mas só amanhã.—Ele disse e eu assenti—

(...)

Já era quase cinco horas da manhã e não tivemos nenhuma notícia da mamãe, Joshua já tinha tirado um cochilo pois sua cabeça estava usando a minha como uma "parede de apoio".

Eu parei de chorar faz umas duas horas, tomei calmante e um chá de canela que me acalmou muito. Mas dormir é uma coisa que eu não consigo, sinto vibrar o celular do Joshua e observo que a Sabrina quem estava ligando.

Cutuco ele uma, duas e três vezes. Na quarta e última tentativa ele acorda, levanta e sai indo em direção a porta de saída. Saíndo do hospital.

-Liv, como está a relação de vocês dois?—Papai perguntou com a voz baixíssima—

-Estamos separados, papai.—Respondi seca—Achei que você soubesse.

-Eu sei, é que você mudou muito. Fica chorando pelos cantos da casa, sua mãe vive se culpando achando que a culpa de você ser chorona assim...—Ele falou olhando pra mim fixamente—... É dela!

-Pai, como a mãe e vocês se conheceram?—Perguntei o observando e ele riu—

-Uma longa história, um dia pergunta pra sua mãe, ela conta melhor que eu.—Respondeu sorrindo—

É, um dia eu pergunto pra ver se eu me acerto com relacionamentos.

Joshua não voltou mais, eu acho que ele foi embora... Sem se despedir, sua namorada em primeiro lugar. Como ele dizia.

Caminhando Sozinha Pela Rua-JoLiviaOnde histórias criam vida. Descubra agora