Capítulo 25-Joshua asshole

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Capítulo >extra< narrado pelo Josh.

Após o dia cansativo que foi hoje, eu fui ficar na casa da minha mãe. Meus irmãos saíram com papai para dar uma volta, e alguns outros saíram com os namorados.

Estaciono meu carro na frente da casa dos meus pais desligando o mesmo, saio do carro o trancando e vou em direção a escada. Bato na porta principal e minha mãe olha pelo olho "mágico" da porta.

Ela abre a porta e me olha sorrindo, ela estava com uma beleza inesquecível.

-Meu filho, que ótimo te ver aqui.—Ela me observa abrindo espaço.—

Entro dentro da casa e ela me olha logo fechando a porta atrás de mim, vou direto para a sala sentando no sofá.

-Escutando Billy Joel?—Perguntei olhando a televisão.—

-Estou apreciando a música da minha época, filho.—Mamãe disse entrando na sala.—Não tinha os mesmos cantores de hoje.

Eu assenti e ela me olha animada.

-O quê fez de bom hoje?—Perguntou minha mãe.—

-Fui no ensaio antes da gravação.—Falei pensando.—Logo mais eu fui na casa da Sabrina.

Mamãe me olha sorrindo sério e se senta no braço do sofá.

-Sabrina?—Ela pergunta estranhando.—Vocês voltaram?

-Voltamos.—Falei sério.—

-Hoje é aniversário da Olívia.—Mamãe diz me olhando.—

-Eu sei.—Murmurei.—Não quero saber dela.

-Nossa Joshua, você está terrível.—Falou minha mãe.—Pelo menos deu boas felicitações?

-Claro que não mãe, eu fui obrigado a falar.—Murmurei alto.—Por mim nem dito eu tinha.

-Pelo amor de Deus, Joshua! Limpa sua boca com água e sabão, menino.—Minha mãe disse levantando.—

Ela troca de música e começa a tocar Uptown Girl e eu observo a letra da música quieto.

"Aposto que ela nunca teve um cara de rua
I bet she's never had a backstreet guy

Aposto que a mãe dela nunca disse o porquê
I bet her momma never told her why
Eu vou tentar para uma garota da cidade alta
I'm gonna try for an uptown girl

Ela está vivendo em seu mundo de raça branca
She's been living in her white-bred world

Contanto que qualquer pessoa com sangue quente possa
As long as anyone with hot blood can"

Minha mãe começa a murmurar a música sorrindo.

-Essas música é tão linda.—Ela disse sorrindo.—

-Sim.—Assenti com um sorriso fraco.—Demais.

-Eu acho que quem namora um fã de Billy Joel em dois mil e vinte um é uma pessoa da sorte, divina.—Ela disse sorrindo.—

-Sabrina gosta.—Falei rápido.—

-Sabe quem me mostrou essa música? Ninguém. Eu escutava você e a Olívia cantando por aí.—Ela disse séria.—

-Ah mãe, pelo amor de Deus.—Resmunguei e ela veio na minha frente me fitando.—

Ela me observava atenta, parecia o segurança do Joe Biden.

-Olha meu querido, nenhuma mãe é pagada ainda para cuidar do filho.—Falou séria.—

-Eu só estou...—Murmurei.—confuso!

-Confuso?—Ela perguntou séria.—Meu filho, coloca nessa sua cabeça que não encontramos o amor da nossa vida em um dia para o outro.

-Eu sei mãe, mais...—Falei alto e ela me interrompe.—

-E mais nada, Joshua! Se você não parar de ser assim vai sofrer muito, querido.—Ela grita alto desligando o som.—É triste, primeiro você traiu a Olívia...

-Para de tocar a Olívia na porra do assunto?—Gritei levantando.—

-Abaixa a bola comigo, filho!—Gritou alto.—

Meu sangue fervia e eu tentava me acalmar.

-Por isso eu sempre preferi o papai, ele sempre me entendeu!—Gritei tentando a afetar.—

-Pressão psicológica não cola comigo!—Minha mãe gritou saindo da sala.—Vai direto para o seu quarto e só sai quando eu mandar.

-Você não manda em mim.—Falei me levantando.—

-Só que essa casa é minha, eu moro e eu mando nela. Se não está contente faça o favor de ir embora.—Ela disse e logo escuto a porta da casa se fechando.—

Eu acho que ela foi embora dar uma volta para se acalmar.

Vou em direção a escada subindo a mesma e indo em direção ao meu quarto, entro nele e começo a chorar. Eu pareço ser forte, mais por dentro eu sou mais quebrado que um caco de vidro jogado no chão.

Fecho a porta e me jogo na cama abraçando meu travesseiro, começo a soluçar alto. Porque a minha vida tem que ser assim? Porque a minha mãe é assim comigo?

Eu tenho tantas perguntas!

Me encosto na cabeceira pegando meu celular do bolso, e vejo que chegou uma chamada perdida. Limpo minhas lágrimas e vejo quem é.

"Papai" se destacava na tela e eu aperto retornando a chamada. Chama algumas vezes e logo a ligação é atendida.

-Boa noite, pequeno Peter Pan.—Papai atendeu com a voz animado.—

-Boa noite papai.—Falei soluçando.—

-Aconteceu alguma coisa com o meu menino?—Ele perguntou com a voz séria.—

-Eu acho que estou tendo uma crise de ansiedade papai.—Falei chorando.—Eu e a minha mãe discutimos...

-Novidade. Filho, o papai não está na cidade agora, viajei com seus irmãos e daqui algumas horas estou de volta.—Escuto ele falar.—Procura ajuda com outra pessoa, eu não posso agora. De verdade.

Desligo o celular na cara do papai e eu o jogo longe, começo a chorar e sinto todos os meus medos vindo a tona. Tremo lembrando da música que eu fiz para a Olívia ano passado e eu choro o triplo.

Deus, porque você me fez assim?

Eu sou tão estúpido, desnecessário...

Eu não precisaria estar vivo agora.

Lembro que a única pessoa que poderia me ajudar nesse momento é a Olívia, ela sempre me ajudava no lá anos anteriores quando estávamos juntos.

Levanto da cama pegando o celular do chão e discando o número dela, fica chamando... Chamando e nada. Eu já tinha desistindo de ligar e ela não atender.

Escuto meu celular tocando e aparece na tela Olívia Rodrigo (Liv), e aperto o atendendo.

-Oi Joshua, você me ligou?—Ela diz com a voz de sono.—

-Eu liguei.—Falei soluçando.—Tem como vir para cá? Na casa da minha mãe. Eu tô tendo uma crise de ansiedade.

-Eu já estou indo.—Ela disse com a voz trêmula.—Eu vou demorar um pouco, mais eu chego.

-Te espero, tchau.—Falei e logo desligo.—

Agora só basta esperar, e esperar...

Caminhando Sozinha Pela Rua-JoLiviaOnde histórias criam vida. Descubra agora