Olívia Rodrigo:
Depois da ligação do Joshua eu tive que levantar da minha cama e ir implorar o carro para o meu pai, não era muito tarde. Só que o papai odeia que eu saio durante a noite dirigindo.
Meu aniversário estava sendo a porra de uma bosta, estava terrível. A melhor mensagem que eu recebi hoje foi do Adam, é claro.
Eu ficava tão bem quando nós conversamos...
Vou em direção ao quarto dos meu pais, e irei mesmo de pijama para a casa do Joshua, preciso ir rápido.
Bato na porta e papai manda entrar, faço o que ele pede e retorno a cama dele o deitando no meio dele e da mamãe.
-Parabéns, filha.—Papai disse abrindo um sorriso.—Você vai ser para sempre minha princesa.
-Obrigada papai.—Falei retribuindo o sorriso.—
-E como está sendo o seu aniversário?—Perguntou mamãe me olhando.—
-Vou ser psicóloga daqui à pouco.—Resmunguei.—
Minha mãe sentou na cama me observando séria.
-Querida, não se brinca com essas coisas!—Minha mãe diz me dando uma advertência.—
-Só que eu estou falando sério.—Falei olhando pra ela.—Papai, eu preciso do seu carro emprestado.
-Não, olha que horas são Olívia.—Ele disse me olhando.—Vai para aonde essa hora também? Pra balada?.
Revirei meus olhos já cansada desse assunto, e papai me adverte com um sorriso nervoso.
-Pai, o Joshua tá tendo uma crise de ansiedade. Eu preciso ir ajudar ele.—Falei rápido.—
Ele me observa e depois dá uma olhada rápida para a mamãe, que logo assente.
-Olha Liv, eu vou deixar. Mas só dessa vez, quero que você chegue em casa antes das três da manhã.—Ele disse sério.—Amanhã tenho muita coisa para fazer com o carro.
-Achei que o carro poderia ficar para mim durante a noite...—Falei chateada.—
-Ia para onde, Olívia? Balada?—Mamãe me olha séria.—
Revirei os olhos e logo saí da cama.
-Vai assim?—Papai me olha de cima pra baixo.—Esse short está curto.
-Deixa a menina, Ronald.—Mamãe fuzila o papai.—Agradece que ela não namora, isso sim.
-Vocês jogam praga em mim, isso sim.—Murmurei.—
Mamãe levanta sorrindo e me dá um beijo no rosto.
-Eu te amo, minha Liv.—Falou sorrindo.—Só não acelera pelo amor de Deus, aquele carro.
-Eu te prometo.—Falei sorrindo.—
Dou meia volta saindo do quarto e fechando a porta do mesmo, vou para o meu quarto colocando uma pantufa que eu tinha guardada, e logo em seguida me vejo descendo as escadas.
Quando cheguei no último degrau eu passo pela sala e pego a chave do carro do papai, que estava pendurada no chaveiro que gruda na parede. Saio de casa pela porta principal e logo vou em direção ao carro.
Entro nele e logo ligo o mesmo dando marcha ré, após eu sigo a grande estrada e fico imaginando a barbaridade que estava por vir.
Tomara que eu chegue lá e a Laura esteja dormindo.
Depois de andar longas estradas e quilômetros vejo a casa do Joshua de longe, paro na calçada o carro do papai e logo saio.
Eu estava muito terrível, quem usa pantufa dirigindo? Se um policeman me para eu sou levada a delegacia.
Subo os pequenos degraus da escada e bato na porta, eu acho que bati umas duas ou três vezes. Mais logo a porta se abre e vejo Laura com um sorriso nervoso.
-Querida, o que faz aqui a essas horas?—Perguntou trêmula.—
-Eu vim conversar com o Joshua.—Falei com um sorriso fraco.—
-Hum.—Laura fala cansada e me olha séria.—Ele aprontou algo?
-Não, Laura. Nem tudo seu filho faz por mal.—Respondi simpática.—Apesar de tudo, ele é uma boa pessoa.
-Está muito frio aí fora, vamos entrar...—Laura murmura abrindo espaço.—
Dou pequenos passos entrando, e logo Laura fecha a porta desligando a luz da mesma.
-Ele está lá em cima?—Perguntei.—
-Sim, vai lá. No mesmo quarto de sempre.—Falou Laura indo na direção da sala.—
Não sei o porquê, mas sempre achei a Laura fria demais quando se toca o assunto do Joshua. Ela é bem orgulhosa por ele, eu sei disso. Pelo menos eu sinto isso.
Subiu os longos degraus da escada e me deparo com o corredor imenso, olho pro chão contando meus passos e logo levanto o olhar para a porta do quarto.
De longe eu estava escutando soluços altos, mais eu ignorei isso. Bato algumas vezes na porta e logo, na segunda vez o Joshua abre a mesma.
Corro dar um abraço nele e ele se desmancha em meus braços.
-Me desculpa por tudo.—Ele disse baixo.—
Eu já sentia a porra do meu ombro molhada, só que eu não culpo por isso, só que estava muito molhada mesmo.
-Calma, Joshua.—Falei desmanchando o abraço.—Eu odeio te ver chorando.
Ele abaixa a cabeça colocando as palmas da mão na cara e começa a chorar, percebi o quão trêmulo ele estava.
-Por favor me escuta.—Falei dando um sorriso fraco.—
-Como? Eu sou um covarde.—Ele resmungou soluçando.—
-Me conta o que aconteceu.—Falei séria.—
Fecho a porta e pego o braço do Joshua o empurrando ate a cama, ele se senta num lado e eu sento em sua frente.
-Minha mãe, ela é terrível.—Ele disse soluçando.—Meu pai não está aqui, e ela vira outra pessoa.
-Essa história de novo?—Falei o olhando.—
-Ela trata todos muito bem.—Ele disse chorando.—Menos eu!
-Acredito em você.—Falei sorrindo.—Fica calmo, você já foi no terapeuta?
-Porra, Olívia! Você só sabe me falar desse caralho de terapeuta.—Falou limpando as lágrimas.—
-Joshua, eu não posso te ajudar muito!—Falei alto.—Eu não sei o que dizer nesses momentos.
-Você sempre me ajudou, aí agora não sabe o que fazer?—Perguntou levantando da cama.—Eu só quero te pedir desculpas por ter te levantado da cama.
-Eu nem dormindo estava, eu queria receber um parabéns especial!—Falei me levantando atrás dele.—
-Especial?—Ele perguntou.—
-Você por acaso me deu?—Perguntei séria.—Porra Joshua, eu sei que não temos nada! Só que porra, nossa amizade foi jogada no lixo?.
-Enterrei ela no terraço e esmaguei, acho que foi isso.—Ele disse me olhando.—
Percebo que em seus olhos não tinha lágrima alguma mais, só uma pequena cara de garoto mimado e solidão.
-Eu não acredito nisso, pelo amor de Deus!—Falei séria.—Você me faz levantar e vir aqui, te consolo e ainda escuto bosta?
Me sento na sua cama de novo e abaixo a cabeça sentindo as lágrimas caírem.
-Vai embora, é melhor.—Falou voltando a chorar.—
-Eu acho...—Falei choramingando.—
No mesmo estante eu me vejo como uma flash, levantando, abrindo a porta, descendo as escadas e escutando a Laura gritar.
Bom, mais um dia dirigindo até a casa dele e pelos meus subúrbios.
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Caminhando Sozinha Pela Rua-JoLivia
Fanfiction"walking alone down the street" ("caminhando sozinha pela rua") trás a história de Olívia Rodrigo durante o lançamento do álbum "Sour". Após o término de seu namorado, Olívia Rodrigo tenta seguir a vida em frente, até a acessória ligar para ela com...