Capítulo 26-consolation intrigues

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Olívia Rodrigo:

Depois da ligação do Joshua eu tive que levantar da minha cama e ir implorar o carro para o meu pai, não era muito tarde. Só que o papai odeia que eu saio durante a noite dirigindo.

Meu aniversário estava sendo a porra de uma bosta, estava terrível. A melhor mensagem que eu recebi hoje foi do Adam, é claro.

Eu ficava tão bem quando nós conversamos...

Vou em direção ao quarto dos meu pais, e irei mesmo de pijama para a casa do Joshua, preciso ir rápido.

Bato na porta e papai manda entrar, faço o que ele pede e retorno a cama dele o deitando no meio dele e da mamãe.

-Parabéns, filha.—Papai disse abrindo um sorriso.—Você vai ser para sempre minha princesa.

-Obrigada papai.—Falei retribuindo o sorriso.—

-E como está sendo o seu aniversário?—Perguntou mamãe me olhando.—

-Vou ser psicóloga daqui à pouco.—Resmunguei.—

Minha mãe sentou na cama me observando séria.

-Querida, não se brinca com essas coisas!—Minha mãe diz me dando uma advertência.—

-Só que eu estou falando sério.—Falei olhando pra ela.—Papai, eu preciso do seu carro emprestado.

-Não, olha que horas são Olívia.—Ele disse me olhando.—Vai para aonde essa hora também? Pra balada?.

Revirei meus olhos já cansada desse assunto, e papai me adverte com um sorriso nervoso.

-Pai, o Joshua tá tendo uma crise de ansiedade. Eu preciso ir ajudar ele.—Falei rápido.—

Ele me observa e depois dá uma olhada rápida para a mamãe, que logo assente.

-Olha Liv, eu vou deixar. Mas só dessa vez, quero que você chegue em casa antes das três da manhã.—Ele disse sério.—Amanhã tenho muita coisa para fazer com o carro.

-Achei que o carro poderia ficar para mim durante a noite...—Falei chateada.—

-Ia para onde, Olívia? Balada?—Mamãe me olha séria.—

Revirei os olhos e logo saí da cama.

-Vai assim?—Papai me olha de cima pra baixo.—Esse short está curto.

-Deixa a menina, Ronald.—Mamãe fuzila o papai.—Agradece que ela não namora, isso sim.

-Vocês jogam praga em mim, isso sim.—Murmurei.—

Mamãe levanta sorrindo e me dá um beijo no rosto.

-Eu te amo, minha Liv.—Falou sorrindo.—Só não acelera pelo amor de Deus, aquele carro.

-Eu te prometo.—Falei sorrindo.—

Dou meia volta saindo do quarto e fechando a porta do mesmo, vou para o meu quarto colocando uma pantufa que eu tinha guardada, e logo em seguida me vejo descendo as escadas.

Quando cheguei no último degrau eu passo pela sala e pego a chave do carro do papai, que estava pendurada no chaveiro que gruda na parede. Saio de casa pela porta principal e logo vou em direção ao carro.

Entro nele e logo ligo o mesmo dando marcha ré, após eu sigo a grande estrada e fico imaginando a barbaridade que estava por vir.

Tomara que eu chegue lá e a Laura esteja dormindo.

Depois de andar longas estradas e quilômetros vejo a casa do Joshua de longe, paro na calçada o carro do papai e logo saio.

Eu estava muito terrível, quem usa pantufa dirigindo? Se um policeman me para eu sou levada a delegacia.

Subo os pequenos degraus da escada e bato na porta, eu acho que bati umas duas ou três vezes. Mais logo a porta se abre e vejo Laura com um sorriso nervoso.

-Querida, o que faz aqui a essas horas?—Perguntou trêmula.—

-Eu vim conversar com o Joshua.—Falei com um sorriso fraco.—

-Hum.—Laura fala cansada e me olha séria.—Ele aprontou algo?

-Não, Laura. Nem tudo seu filho faz por mal.—Respondi simpática.—Apesar de tudo, ele é uma boa pessoa.

-Está muito frio aí fora, vamos entrar...—Laura murmura abrindo espaço.—

Dou pequenos passos entrando, e logo Laura fecha a porta desligando a luz da mesma.

-Ele está lá em cima?—Perguntei.—

-Sim, vai lá. No mesmo quarto de sempre.—Falou Laura indo na direção da sala.—

Não sei o porquê, mas sempre achei a Laura fria demais quando se toca o assunto do Joshua. Ela é bem orgulhosa por ele, eu sei disso. Pelo menos eu sinto isso.

Subiu os longos degraus da escada e me deparo com o corredor imenso, olho pro chão contando meus passos e logo levanto o olhar para a porta do quarto.

De longe eu estava escutando soluços altos, mais eu ignorei isso. Bato algumas vezes na porta e logo, na segunda vez o Joshua abre a mesma.

Corro dar um abraço nele e ele se desmancha em meus braços.

-Me desculpa por tudo.—Ele disse baixo.—

Eu já sentia a porra do meu ombro molhada, só que eu não culpo por isso, só que estava muito molhada mesmo.

-Calma, Joshua.—Falei desmanchando o abraço.—Eu odeio te ver chorando.

Ele abaixa a cabeça colocando as palmas da mão na cara e começa a chorar, percebi o quão trêmulo ele estava.

-Por favor me escuta.—Falei dando um sorriso fraco.—

-Como? Eu sou um covarde.—Ele resmungou soluçando.—

-Me conta o que aconteceu.—Falei séria.—

Fecho a porta e pego o braço do Joshua o empurrando ate a cama, ele se senta num lado e eu sento em sua frente.

-Minha mãe, ela é terrível.—Ele disse soluçando.—Meu pai não está aqui, e ela vira outra pessoa.

-Essa história de novo?—Falei o olhando.—

-Ela trata todos muito bem.—Ele disse chorando.—Menos eu!

-Acredito em você.—Falei sorrindo.—Fica calmo, você já foi no terapeuta?

-Porra, Olívia! Você só sabe me falar desse caralho de terapeuta.—Falou limpando as lágrimas.—

-Joshua, eu não posso te ajudar muito!—Falei alto.—Eu não sei o que dizer nesses momentos.

-Você sempre me ajudou, aí agora não sabe o que fazer?—Perguntou levantando da cama.—Eu só quero te pedir desculpas por ter te levantado da cama.

-Eu nem dormindo estava, eu queria receber um parabéns especial!—Falei me levantando atrás dele.—

-Especial?—Ele perguntou.—

-Você por acaso me deu?—Perguntei séria.—Porra Joshua, eu sei que não temos nada! Só que porra, nossa amizade foi jogada no lixo?.

-Enterrei ela no terraço e esmaguei, acho que foi isso.—Ele disse me olhando.—

Percebo que em seus olhos não tinha lágrima alguma mais, só uma pequena cara de garoto mimado e solidão.

-Eu não acredito nisso, pelo amor de Deus!—Falei séria.—Você me faz levantar e vir aqui, te consolo e ainda escuto bosta?

Me sento na sua cama de novo e abaixo a cabeça sentindo as lágrimas caírem.

-Vai embora, é melhor.—Falou voltando a chorar.—

-Eu acho...—Falei choramingando.—

No mesmo estante eu me vejo como uma flash, levantando, abrindo a porta, descendo as escadas e escutando a Laura gritar.

Bom, mais um dia dirigindo até a casa dele e pelos meus subúrbios.

Caminhando Sozinha Pela Rua-JoLiviaOnde histórias criam vida. Descubra agora