A passagem

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Décimo dia do primeiro ciclo do ano, dia em que a tragédia ocorrera, dia insuportável para o pequeno sombrio. Ele sai da casa assim que a lua atinge o centro do céu e avança pela floresta, toda vez que essa data chega ele vai até o limite da floresta e observa com raiva seus odiados inimigos que nem sabem de sua existência, os humanos da montanha e seus fortes cães domésticados!

O ódio invade seu corpo e ele se vê atirando um pedra em um dos cães. O cão corre em sua direção e ele foge, não pode matar o animal perto da vila pois perceberiam que a algo errado. O cão o segue para o centro da floresta e quando já está longe o suficiente leva um golpe mortal. O pequeno sombrio não era mal, apenas tinha fome e rancor acumulando em seu corpo. Ele bebe o sangue como se fosse de humanos.

Melancólico ele volta até seu refúgio em ruínas para esperar seu ódio passar, a noite é uma criança, mais velha que o mundo, mas sempre infantil com seus jogos terríveis de crueldade que ela faz com tudo que vive sobre qualquer planeta que tenha vida - em especial em arquelândia.

Ele chega na velha mansão e decide descer no velho porão onde seu antigo Mestre lhe ensinara a caçar. A cada degrau que ele deixa para trás ao seguir a escada rumo ao velho porão, ele sente que está um degrau mais perto do passado.

Chegando no porão escuro e tingido de vermelho após incontáveis vítimas gritarem de agonia lá, a nostalgia invade ele, Mortin e Anne vem a sua cabeça, seus antigos amigos. Eles nasceram na mesma época e receberam treinamento junto naquela mansão.

Vampiros não amam, mas o que pequeno sombrio sintonia por Anne era o mais próximo que um vampiro até aquela época havia conseguido sentir.

Ele começa a andar pelo salão velho e empoeirado procurando lembrar de suas brincadeiras de criança, como a vez que ele arrancou membro por membro de um macaco da montanha sem deixar ele morrer só para rir de seus gritos de dor.

Ele descuide pegar um livro para ler, seu mestre sempre o havia proibido de ler os livros antigos da família, mas o mestre já não existia fazia muito tempo.

Olhando os livros, ele percebeu que um parecia estar fora do lugar, era um livro grosso, provavelmente o mãos velho e estava no meio de livros finos. Curioso Gor puxa o livro para colar junto dos livros finos.

A sala vira poeira e pequeno sombrio começa a tossir. Uma passagem surge na frente dele.

Pequeno SombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora