Inefável; uma pequena palavra com um significado tão grande e carregado de mistérios, inefável entre tantos adjetivos é algo que não podemos descrever em razão da sua natureza ou beleza. Seria correto dizer que alguns acontecimentos em nossas vidas...
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louisebascher: juste pour fermer.
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- Thiago Narrando -
Aos poucos na minha cabeça estava fazendo sentido tudo que tinha acontecido e a novidade de ter uma filha era algo que realmente estava mexendo comigo, ao mesmo tempo que eu ficava feliz por ela ser bem cuidada e amada pelo Júnior me dava algo estranho no peito quando ela chamava ele de pai. Mas o que eu poderia fazer? Ele que estava em todos momentos da vida dela, era com ele que ela tinha lembranças e era ele que ela amava como pai. Depois do treino eu falei com os meninos por chamada de vídeo e fiquei na sala de jogos com o pessoal, o Júnior chegou e se sentou ao meu lado, me entregou o celular e eu não entendi nada mas logo vi que era um vídeo, dei play e sorri ao ver o rosto da Maya.
- Eu quelo a plaia - falou sorrindo e ficou em pé no colo da Louise, reparei e vi que elas estavam em um iate
- Você viu uma baleia? - Rafaella perguntou curiosa
- Não vi - negou com a cabeça
- Viu golfinhos? - perguntou e fez um som tentando imitar o animal
- Não vi - falou e parecia chateada
- E peixinhos? - voltou a perguntar
- Yeah - falou animada - Não ela o nemo mas eu vi
- Onde você viu? - Louise perguntou e ela olhou para a mãe
- Dans l'océan - apontou para o mar e eu sorri
- Ela é muito fofa - falei sorrindo assim que o vídeo acabou
- É sim - concordou e eu devolvi o celular
- Como isso aconteceu? - perguntei curioso
- Isso o quê? - me olhou confuso
- Você se tornar pai da Maya - falei e ele sorriu fraco
- Simplesmente aconteceu - falou simples - Quando tudo aconteceu eu não consegui me afastar da Lou, já tínhamos uma convivência legal e irá impensável larga-la naquele estado sozinha, né? A amizade foi aumentando e quando veio a quarentena consegui trazê-la para o Brasil comigo, virou amiga dos meus amigos e de cara se deu muito bem com a Rafaella e com a minha mãe - sorriu de lado e parecia que um filme passava na cabeça dele - Voltamos para Paris e nada mudou, a Maya chegou e acabou que a minha mãe convenceu-a de passar o primeiro mês lá em casa para ter toda a ajuda, depois que ela foi embora eu ia na casa dela todos os dias e quando não ela ia lá pra casa, quando a Maya fez 6 meses finalmente elas foram morar comigo, a Lou tinha sido demitida e eu acabei chamando
- Elas passaram necessidade? - perguntei baixo
- Eu jamais deixaria isso acontecer - falou sério - Aí quando ela estava com 8 meses já estava na fase de tentar falar as coisas, né? Ouviu o Davi me chamar de papai e repetiu, nunca mais parou
