🧙 𝐓𝐔𝐃𝐎 𝐀 𝐏𝐄𝐑𝐃𝐄𝐑 ─ drarry

Capítulo 6 : Amor.

"E apesar de eu não ser nada, quando me olhou, você conseguiu ver alguma coisa. Alguma coisa que eu não conseguia."

— É Assim Que Começa, CoHo.

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Potter se levantou, atordoado enquanto o líquido preto escorria pelo cabelo de Draco, ensopava sua camisa e colete e se amontoava em torno de seus mocassins no chão de ladrilhos.

— O que é que foi isso? — ele perguntou, seus olhos arregalados e seus lábios curvados em um sorriso confuso.

A mão de Draco tremia ao passar para Potter o pedaço de papel, agora coberto com pequenas manchas marrons de café.

"Departamento de Coincidências e Atendimentos.

Caso #143958

Tarefa: Coincidência

Assunto A: Draco Malfoy

Assunto B: Harry Potter

O sujeito A se aproxima do balcão às 9h28. O Sujeito B se aproxima atrás do Sujeito A às 9h28. Sujeito A para de ser um idiota de merda e permite que o amor finalmente corte seu coração frio e vazio.

Para ser concluído às 9h30".

Potter olhou para o papel, seu sorriso cada vez mais amplo, enquanto o café infiltrava-se nas roupas de Draco.

— Eu não teria dito não, naquela noite no corredor. — Draco começou, antes de lamber os lábios e provar as notas pretas e amargas do café frio.  — Mesmo se eu não estivesse bêbado.

Balançando a cabeça, os olhos de Potter desviaram-se para o chão, onde uma pequena poça de café estava se formando. — Você não sabe disso, — ele murmurou.

Draco balançou a cabeça e colocou os dedos embaixo do queixo de Potter, levantando a cabeça até que se olhassem nos olhos. — Há anos queria fazer isso. Te tocar. Beijar você.

— Então faça.

Draco respirou fundo, fechou os olhos e se inclinou.

Seus lábios se tocaram, hesitantemente, suaves, e Draco pensou que poderia derreter diretamente neles. Ele poderia ter, se não fosse pelo maldito barista que tossiu alto.

— Senhores, vamos precisar que vocês se movam para que possamos limpar esta bagunça. — O homem atrás do balcão lançou a Draco um olhar sujo, tendo todo o direito de ficar com raiva depois do derramamento de café que Draco acabou de causar.

— Oh, certo, — Draco corou e saiu do caminho quando alguém com um esfregão alcançou a poça crescente de café. Antes que ele pudesse ir muito longe, a mão de Potter alcançou a sua, e desta vez, desta vez, Draco o deixou pegá-la, deixando-o entrelaçar seus dedos com os de Draco. Como foi bom finalmente segurar a mão de Potter enquanto ele os conduzia para fora do café e para as ruas movimentadas.

Potter puxou Draco para perto, as mãos unidas puxadas com força contra seu peito, seu outro braço envolvendo a cintura de Draco com segurança.

— Eu prometo que não vou estragar tudo desta vez, — Potter sussurrou no ouvido de Draco. — Agora, o que você acha de voltarmos para o seu apartamento e limpar você todo?

Esse foi todo o aviso que ele recebeu antes de Potter aparatá-los na varanda da frente do apartamento de Draco. Eles balançaram desajeitadamente no pequeno degrau da frente enquanto Potter tentava agarrar a maçaneta.