「3」intense

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AVISOS

O capítulo a seguir contem menção a homofobia, leia com cuidado e, se te fizer mal, interrompa a leitura imediatamente.

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Hotel Inter-Burgo.
Daegu, Coreia do Sul.

Era por volta das nove horas de amanhã e Beomgyu estava descendo até a recepção novamente. Os cabelos embaraçados estavam presos em um coque bagunçado e usava óculos escuros. Taehyun ainda estava dormindo tranquilamente e ele esperava que continuasse assim até voltar. Percebeu pela manhã que a bateria do celular estava acabando e que havia esquecido o carregador dentro do carro. Ainda sentia-se quebrado pela noite passada quase inteiramente em claro e não conseguia esconder o sorriso ao lembrar-se do porquê. Ainda sentia o corpo dolorido pelo esforço, mas estava tão relaxado que sequer foi capaz de ligar para isso.

Beomgyu pensou que nada poderia estragar seu humor naquela manhã estranhamente ensolarada, mas a primeira coisa que viu na recepção foi seu pai.

O rosto se retorceu em uma expressão fechada e observou a tela do celular descaradamente até sair do hotel, indo até o carro e pegando o carregador. Sabia que o homem havia lhe reconhecido, porém não conseguiu se importar muito com isso ao abrir o porta-malas e pegar a bolsa de academia que sempre carregava com algumas trocas de roupa.

Ao voltar para o hotel, ainda observando o celular, percebeu que teria trabalho a fazer quando retornasse para Seoul ao ler as mensagens do grupo da Hydra. Beomgyu mal notou a mão em seu ombro, mas olhou na direção da pessoa e se arrependeu instantaneamente.

— Oi, filho — o homem disse, fazendo-o suspirar.

— Oi, pai — respondeu no tom seco que nunca conseguia evitar quando tratava-se de Jiho.

— Não sabia que estava aqui por esses dias — disse com um sorriso no rosto que Beomgyu gostaria de socar no momento.

— É, cheguei ontem a noite. Não fiz muito alarde.

— Você sabia que eu estava aqui?

— Sabia — proferiu de maneira fria ao colocar o celular no bolso, ávido por encerrar a conversa.

— E não me procurou? — perguntou o homem com uma falsa inocência que o enoja.

— Você esperava que eu procurasse? — Beomgyu questionou ao erguer uma das sobrancelhas. — Realmente esperava que eu fosse atrás quando a última vez que me viu, fez questão de dizer que eu precisava de Deus para me curar? Qual é, pai, seja honesto consigo mesmo.

O silêncio desconfortável se instalou entre eles e Beomgyu sequer conseguiu sentir-se culpado. Estava tão cheio do homem à sua frente que faria de tudo para tê-lo o mais longe possível, Jiho o machucou de tantas formas que não conseguia ao menos sentir remorso. O pai pareceu surpreso pela resposta fria e ácida.

WILD • TaegyuOnde histórias criam vida. Descubra agora