SPIN-OFF DE D(ANGER).
No mundo em que Beomgyu vive, ter um relacionamento ou alguém importante significa ponto fraco, um defeito. E ele, como um bom integrante da máfia mais poderosa do mundo, segue a regra à risca.
Taehyun, por outro lado, não pens...
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Beomgyu não conseguiu conter-se ao ir muito acima da velocidade durante o caminho todo até Daegu. Ele gostava de correr o perigo, de saber que a qualquer momento a polícia podia entrar em uma perseguição pelo excesso de velocidade. Gosta mais ainda de saber que poderia despistá-los em um piscar de olhos.
Ele sempre foi fã de carros, principalmente os velozes. Beomgyu adora um carro que consegue fazer de 0 a 100 km/h em 4 segundos. Gosta de como a velocidade o faz esquecer os problemas, como durante os poucos segundos em que corre, não há mais nada ao seu redor. O pico de adrenalina e o controle sobre o carro o deixa elétrico, agitado. Nada nunca seria melhor do que aquilo.
Ele correu o caminho todo, sempre acima dos 140 km/h. Os altofalantes do carro estavam estourando o álbum The Blue Neighborhood do Troye Sivan e ele se pegou rindo, pensando que nada poderia ser mais gay que aquilo.
Ao chegar no local do racha, Beomgyu fez questão de fazer o motor do Bugatti Veyron Grand Sport Venet roncar alto, chamando a atenção de todos e fazendo Hyunjin rir, automaticamente sabendo quem era. Ele estacionou perto do amigo, desligando o motor ao sair do carro.
— Eu não acredito que você veio tirar racha com esse monstro, seu apelão do caralho. — Hyunjin disse ao rir, antes de abraçar o amigo.
Ele o acompanhou no riso, retribuindo o abraço apertado e puxando o óculos de grau ao apoiá-lo no topo dos cabelos, prendendo as madeixas longas que ficavam na frente dos olhos.
— E aí, Bin — Beomgyu disse ao bater o punho com Changbin, o namorado de Hyunjin e chefe da Blue Blood, a gangue que comandava os rachas e o tráfico em Daegu.
— E aí, Choi? Espero que você faça isso valer a pena — disse ao gesticular o malote de dinheiro que estava contando.
— Você sabe que eu sempre faço — ele proferiu de maneira prepotente.
Beomgyu sentou-se no capô do Bugatti, vendo Hyunjin sentar-se ao seu lado. Fazia algum tempo que não tinha a chance de ver o amigo. A Hydra normalmente toma boa parte do seu tempo e faz com que ele tenha pouquíssima disponibilidade para Daegu, mesmo que para apenas assistir.
— E aí, quais as novidades? — perguntou ao cruzar os braços e observar o pessoal ao redor. — Muitos rostos novos.
— Você ficou fora por um tempo — o amigo apontou. — Como o Yeonjun está? Um pouco melhor em relação ao irmão?
— As coisas estão se ajeitando — deu de ombros, evitando sequer pronunciar o nome de Jihwan. Doía demais. — Ele ainda está um pouco mexido com a situação toda, perdeu o pai e o irmão em menos de um ano.
— Ele vai ficar bem — Hyunjin garantiu. — Quanto a novidades… Bem, tem um pessoal bom pra caralho que chegou tem alguns meses.
