1:2┊- Ela está aqui

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2 meses depois

- Vão para os seus postos imediatamente, não é um treinamento, estamos sendo atacados. - Luna ouviu uma voz robotica informar enquanto corria até o centro de controle da base.

Ela encontrou Wanda e Pietro e se juntou a eles, cansada pela corrida das celas até o centro da base. Assim que Wanda a viu a puxou para o meio entre ela e Pietro e a abraçou, Pietro abraçando os ombros de Luna.

Assim que Luna pôde sair da cela pela primeira vez após os experimentos, ela estendeu a mão para Pietro, jurando a ele que era confiavél. Pietro apertou sua mão meio relutante e ela sentiu como um choque percorrendo suas veias.

Todas as emoções que ela estava se acostumando a sentir, por mais dolorosas que fossem, haviam se esvaido, ela sentia apenas suas emoções e seus sentimentos. era como um milagre.

Ela não contou isso para ele, nem para a Wanda, ela não conhecia eles direito ainda e nem eles conheciam ela. Mas depois de passar quase um mês indo a Biblioteca todos os dias, ela encontrou uma resposta.

Havia apenas uma página sobre isso, falando coisas básicas, mas não importava, qualquer coisa era melhor do que nada, e Luna tinha um começo quando arrancou aquela página e enfiou no bolso.

"Seres mágicos que nascem com (ou adquirem) o poder da empatia, são denominados Empatas. Devido às suas atribuições raras de sentir as emoções dos outros e curar a dor emocional, eles geralmente se tornam conselheiros, professores, psiquiatras, e assim por diante. Sua empatia permite-lhes também de canal e controlar os poderes dos outros, dado que as competências estão ligadas intimamente com as emoções de alguém.

Não existe livramento deste poder, apenas uma forma muito rara de "alívio emocional", a Âncora, em inglês Grounder ou "Castigadores" no espanhol original, são aqueles que estão ligados emocionalmente ao Empata, eles podem, ao menor contato fisico, fazer com que todas as emoções que o Empata sentir vindo de outras pessoas pare enquanto o contato fisico prevalecer"

A com essa afirmação a página acaba, algumas dúvidas esclarecidas e outras surgindo.

Pietro era sua âncora?

Sim, ele era.

- Quem ordenou o ataque?

- Herr Strucker, são os Vingadores.

O nome pareceu familiar para Luna, não apenas um familiar no sentido conhecido, era como familia.

- Eles pousaram na floresta, a guarda entrou em pânico.

- Quem são os Vingadores? - Luna perguntou para Pietro, e sentiu ele estremecer.

- Ninguém que você precise saber por enquanto.

Ela assentiu, e não chegou a ver Wanda lançando um olhar precupado para Pietro.

A forma como eles três tinham se aproximado, nesses últimos meses, fez não só com que Pietro deixasse suas dúvidas sobre ela de lado, como também fez com que ela fizesse parte da familia deles, fez com que parecesse que eles três nunca estiveram sem um outro.

- Podemos contê-los?

- Eles são os Vingadores - Afirmou o mesmo que respondeu a pergunta anterior, como se fosse óbvio.

Luna riu pelo nariz, revirando os olhos.

Quanta fraqueza.

- Enviem o resto dos tanques. Concentrem o ataque nos mais fracos, se acertarmos, eles não vão se espalhar.

Luna viu pelo canto dos olhos o Herr Srucker começar a sussurrar com o cientista ao seu lado, e ao utilizar seu poder, não precisou ouvir para saber do que se tratava.

Ela não estava com medo de ir ao campo de batalha, não tinha esse medo, não sabia se poderia vencer, mas ela não estava disposta a deixar algo acontecer com Wanda ou com Pietro.

- Nós não cederemos! - o Herr Strucker começou, um discurso forjado que na opinião de Luna era mais sobre a coragem dos outros do que sobre a dele. - Os americanos enviaram seu circo de horrores para nos testar, enviaremos os corpos deles em sacos, Sem rendição! - Luna acreditou ( e mais que isso,separou o contato fisico que tinha com Pietro e sentiu) que ninguém estava muito confiante com esse plano, sequer Strucker estava.

Enquanto Strucker voltava a cochichar com o cientista, Pietro a puxou pela mão para longe dali enquanto Wanda seguia na frente.

Pietro foi pelo túnel do trem, Wanda pediu pra ela se esconder, mesmo que ela não quisesse, ela sabia que ali era seguro, lá fora não, então enguliu o próprio orgulho e se sentou em um banco e ela estava entediada fazendo particulas verdes com os dedos, tentando destrair os sentimentos de Soldados morrendo a sua volta quando uma dor maior a atingiu na lateral esquerda da barriga.

Os soldados tinham morrido quase indolorosamente, mas aquela dor era pior, um daqueles lasers tinha acertado a lateral da barriga de alguém, e ela podia sentir, mas não sabia quem era, e ela não podia arriscar que fosse Wanda ou Pietro.

Tentando captar apenas emoções mais positivas, não que tivessem muitas, ela testou o "truque" novo que andava praticando e forçou as particulas a ficarem mais intensas, as usando para flutuar e depois aumentar a altitude, indo em uma velocidade sobre-humana até o chão com neve.

- Funciona - ela disse soprando e batendo a neve da jaqueta e das mãos-agora de onde tá vindo a dor?

Ela começou a andar e em determinado ponto estava cansada de procurar e estava pensando em voltar para o "esconderijo" mas ouviu uma voz em uma das pontes

-... Então vá até Banner, hora da canção de ninar. - E começou a andar novamente.

Se escondendo e sem fazer barulho, ela o seguiu de volta a sala onde Strucker estava, e sem muita impulsividade para não perder o elemento surpresa, usou seu novo truque com as faíscas para que, no momento calculado, ele a notasse.

- Então, seu uniforme não é meio... antiquado? - Ela disse, tombando a cabeça para o lado, e ele se virou para ela depois de uma conversa amigavél com Strucker.

O choque visível em suas feições, mesmo por debaixo da mascara, deixou a garota um tanto confusa.

- Luna? - Ela ouviu sua voz falhar.

- Eu... - Ela se desestabilizou quando olhou nos olhos do homem, mas não poderia deixar transparecer nenhuma fraqueza, então optou por parecer comumente indefesa, por enquanto - Me... desculpe, eu te conheço?

Ele abriu a boca mas foi interrompido por Wanda chegando a si por trás de Strucker e jogando o homem de uniforme contra a escada, rapidamente a puxando para fugir.

Ela manteve contato visual por pouco tempo com o homem, apenas viu ele colocar a mão sobre algum aparelho em sua orelha esquerda e falar:

- Stark, ela está aqui.

Infinity Love | Pietro MaximoffOnde histórias criam vida. Descubra agora