Symphony.

Chapter 4| As pessoas que chegam.

A água fria traçava um caminho pela pele da loira que sentia seu corpo relaxar enquanto o forte fluxo de água gelada caia sobe seu corpo enquanto uma memória corria por sua mente. Não era uma novidade para si que não tinha noites boas principalmente seus sonhos esses eram assombrados por fantasmas do passado, memórias agridoces e rostos queimados então a novidade, surpresa, para si naquela noite fora um sonho doce de uma memória um tanto esquecida.

" - Vamos por favor!

Os braços grandes rodearam sua cintura a trazendo para perto.

- Não, eu quero meu apartamento, um banho quente e uma roupa confortável depois que todas essas necessidades básicas forem atendidas eu penso com muito carinho sobre ir no lago.

Ela repousou ambas as mãos nos ombros do homem que fazia um bico muxoxo com sua resposta. O bico acabou sumindo segundos depois e um sorriso malicioso tomou conta dos lábios do homem que aproximou-se do ouvido da loira.

- Eu tenho plena certeza que você não quer quebrar a pia da cozinha, de novo. E que a mocinha não resiste a uma provocação, então para poupar o gasto de sua doce paciência sugiro você ir ao lago comigo. - O homem sussurrou em seu ouvido e antes de afastar seu rosto beijou o canto de sua orelha.

A proximidade repentina, as palavras e o beijo rápido em sua orelha a fizeram arrepiar e estremecer sentindo suas pernas falharem por um, infeliz, curto momento. Era esse o efeito que ele tinha nela e ela amava isso.

- Isso é trapaça! - Ela brigou batendo no ombro do homem ouvindo-o gargalha. - Vamos logo antes que eu desista.

Declarando a vitória do homem ela tentou se desvencilhar da, perigosa, proximidade entrar ela e o homem que a puxou revirando seus olhos para si roubando lhe um beijo.

- Prometo não te incomodar mais. - Ele beijou a ponta de seu nariz.

Ela sabia que aquela promessa era mentira mas não pode evitar sorrir.

- Pelas próximas 3 eternidades? "

A sensação da água escorrendo por seu corpo pouco a pouco foi sumindo assim como seu corpo foi ficando úmido e logo ela saiu do banheiro enrolada em uma toalha verde limão enquanto outra um pouco menor secava seus fios loiros.

Sua mente ainda estava no sonho, memória, que teve na noite passada e apesar de, aparentemente, ser uma coisa boa para a loira não era seu sonho era algo confuso e estranho para si apesar daquela doce memória de uma tarde em um final de setembro também era algo que com o tempo foi ficando para trás até não sobrar nada. Então o fato de não ter sonhado com absolutamente nada, ou de um agridoce momento até mesmo um pesadelo a teriam reconfortado do que um sonho dócil e bom daqueles, ela já estava tão acostumada com pesadelos que sem eles tudo era estranho e confuso. Então por esse motivo as 05:10 da manhã ela levantou de sua cama após várias e várias tentativas falhas de dormir e decidiu tomar um banho gelado para acalmar sua alma e acordar seus nervos e neurônios sabendo que logo teria que levantar e ir trabalhar.

Assim que entrou no quarto ligou a luz e andou até seu guarda-roupa parando bruscamente ao ouvir o som de seu celular tocando, andou até a cama e pegou seu celular conferindo a hora e quem estava ligando para ela. As 05:38 o celular tocava incessantemente com o nome "Malia/Chefe" em destaque na tela.

- Oi. Aconteceu alguma coisa? - Kara perguntou colocando a toalha que secava seu cabelo em uma cadeira.

A loira não pode evitar rir quando ouviu Malia proferir um "Está fazendo o quê acordada a essa hora da manhã?" E logo corta o assunto para outro.

- Viajar? - A loira questionou coçando a bochecha ainda confusa com o motivo da ligação. - Sim, claro, posso cuidar disso. Vai levar Quill com você? - Kara perguntou voltando a atenção para seu guarda-roupa. - Entendo, sei que ele gosta de viajar. Tem certeza de que eu posso pegar essas férias? E tem certeza de que vai ficar esse tempo fora? E mais uma ainda, tem certeza de que é uma boa ideia ir atrás do pai dele?