Chapter 3| O que você perdeu.

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O vento sobrava devagar fazendo as folhas caídas das árvores voarem junto ao som do mar havia um silêncio súbito na casa as duas crianças que chegaram logo após a ida de Lena não faziam um único barulho e os cachorros também estavam quietos demais mas a loira não ousou levanta da cadeira aonde estava sentada na parte de trás da casa ela simplesmente não se importou com o fato de seus pequenos estarem quietos demais e ambos os cachorros também ela passou a amar aquele silêncio nem que fosse por um curto período de tempo.

Sua mão levou o celular ao seu ouvido assim que iníciou a chamada ela suspirou fundo e mordeu o lábio inferior quando ouviu a voz altamente familiar de sua mãe.

- Oi mãe...

Ela pediu ternamente aos deuses para que a mulher do outro lado da linha não desmaiasse. Tudo estava tão silencioso apenas pela respiração da mulher do outro lado da linha que ficava desregulada a cada segundo que se passava mas ela juntou forças e deixou sua voz falha sair de sua boca. Não demorou muito para a loira responder aquela inocente pergunta.

- A própria. É a Kara, eu estou viva.

Lágrimas silenciosas rolavam pelo rosto da loira enquanto diversos nós se formavam em sua garganta assim como sua respiração começava a falhar a cada palavra que surgia do outro lado da linha.

- Eu tô bem, mãe, estou num lugar seguro. Não estou doente, tá, e nem fui sequestrada. Me desculpe por todos esses anos por favor me perdoa não ter me despedido ou dado sinal de vida.

Sua mão tremia acima de sua coxa enquanto as nuvens de ar apareciam frente a seu nariz e boca as lágrimas que outrora estavam quente começavam a esfriar e grudar em suas bochechas e pescoço em seus lábios um gosto salgado começava a se torna muito presente.

- Sabe... Sabe aquela ilha que o papai contava histórias de que coisas sobrenaturais aconteciam? Beacon Hills... Eu estou aqui... Eu estou em Beacon Hills.

Ela começava a si contorcer naquela cadeira.

- Me perdoa mãe... Eu escondi muita coisa de você e não deveria estar contado e aparecendo desse jeito por ligação mas eu estou longe demais da cidade e...

Ouviu uma voz muito muito familiar gritar seu nome e se levantou bruscamente olhando para dentro da casa.

- Mãe... Eu tenho que desligar a... A Alex tá aqui e se eu não for... Você sabe. Eu te amo.

Ela desligou assim que ouviu a afirmação de que estava tudo bem ela ir. Então a loira correu pela casa até a porta da frente aonde seus pequenos estavam junto com os cachorros que latiam para a morena de cabelos curtos que gritava seu nome sendo segurada pela outra morena.

- Lena... Alex...

A loira abriu mais a porta e sorriu fraco para seus pequenos.

- Flake! Blake! Pra dentro. - Gritou para os cachorros. - Filhotes, vão para o quarto de vocês por favor.

Ela pediu e meio contra gosto os gêmeos obedeceram a mãe. Agora as três estavam frente a frente e Kara respirou fundo antes de abrir espaço para as duas morenas entrassem.

- Está frio aí fora. Entrem.

Seus dedos ainda batiam freneticamente em sua coxa e sua respiração ainda estava fraca mas ela estava alí colocando anos e anos de desculpas esfarrapadas em prática. Alex queria falar alguma coisa, queria gritar e estapear a loira a sua frente mas nada saiu de sua boca nem de suas mãos e por um minuto ela desejou sentir ódio de sua irmã mas a única coisa que conseguia sentir era alívio e felicidade de vê-la alí em carne e osso, por inúmeros motivos ela entrou na casa em silêncio retirando seu casaco azul escuro e notou de primeira o quadro, na estande de livros, da loira no hospital com dois pacotes que reconheceu ser as crianças que a atenderam na porta.

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