Meu querido Capitão

Capítulo 1: A nova Capitã

Levi

  Após a volta de mais uma missão fora das muralhas, o meu esquadrão estava exausto, por muita sorte não perdemos ninguém, o que raramente ocorre, mas na última missão antes dessa eu perdi muitos dos meus soldados, então terei que ir falar com Erwin para que me indique alguns cadetes para ocupar esses lugares na minha tropa, por sorte temos novos cadetes que se formaram recentemente então será fácil saber os melhores para o meu esquadrão, com sorte talvez sobreviveram na sua primeira missão.
  Mandei que todos fossem para seus quartos descansar, mesmo sem perdas, alguns se feriram e outros ganharam alguns hematomas ou quebraram algo, mas pelo menos estão vivos. Eu fui tomar um banho, estou bem suado, e um banho era tudo o que eu queria.
   Depois de um bom banho e escolher uma roupa limpa eu fui para o escritório do Erwin, lá vejo a Hanger e ao seu lado uma outra mulher, pelo uniforme eu sei que pertence a tropa de exploração.

_Levi? Entre por favor, quero apresentar a nova capitã, srta. S/n.

_Muito prazer capitão Levi, eu sou uma grande admiradora do senhor.

_Oi. - digo secamente.

_Vamos lá anão! Seja mais simpático com a novata! - falou Hanger sorrindo animada.

_Cale a boca quatro olhos, enfim, Erwin eu preciso de novos soldados pro meu esquadrão, perdi alguns na penúltima missão de reconhecimento.

_Bem a s/n também vai precisar escolher alguns soldados já que o esquadrão que ela assumiu está com apenas duas pessoas vivas. - falou Erwin.

_Eu fico muito triste pela perda desses jovens.

_Você não parece tão velha, quantos anos você tem? - perguntei.

_Eu tenho 23 anos capitão.

_Hum, é uma fedelha ainda. - comento

_O senhor é só 7 anos mais velho que eu. - ela comenta.

_Tanto faz, já que você vai ficar na tropa de exploração, vem, vamos escolher uns soldados.

  Ela caminhou ao meu lado para onde se encontravam os cadetes, eu apenas escolhi quatro soldados e a s/n escolheu pelo menos oito soldados. Depois que nos separamos eu apresentei os pivetes ao meu esquadrão e os deixei se conhecendo, não estava com cabeça e nem tempo para ficar e conversar, fui para o meu escritório e comecei a fazer um relatório sobre tudo o que ocorreu na missão. Como eu estava concentrado não notei a presença de Petra na sala, só a percebi quando tocou meus ombros me fazendo uma massagem.

_O capitão parece tão tenso. - ela fala sedutora.

   Essa garota as vezes me faz querer jogar-la pela janela e fingir que foi um acidente, mas não posso fazer isso, ou teria que responder mil e uma perguntas sobre como tudo aconteceu e eu não estava afim disso.
   Deixo que ela fique fazendo a massagem apesar de estar fazendo isso de uma forma horrível, a única coisa que ela está conseguindo com isso é me deixar puto. Cansado disso, me levantei e segurei sua mão a fazendo parar com aquela merda. Eu estava meio perto então quando eu iria fazer algo Petra me beijou e no mesmo instante vejo s/n entrar na sala com algumas folhas nas mãos.

_Levi, o comandante Erwin... - ela para de falar ao ver eu e Petra.

   Notei só agora que estamos em uma posição um tanto quanto comprometedora para um soldado e um capitão estarem. Me afastei da Petra e me ajeitei.

_Capitã s/n. - eu digo chamando sua atenção.

_Perdão eu não queria atrapalhar mas... o comandante Erwin me pediu para lhe entregar as fichas dos soldados.

_Certo deixe tudo ai, Petra saía daqui.

_Sim senhor capitão.

  Petra saiu e eu fiquei sozinho com s/n. Ela me encarou um pouco e fez menção em sair mas eu segurei seu pulso lhe segurando e impedindo sua saída.

_Sobre o que você viu, aquilo foi...

_Não me deve satisfação alguma capitão, eu só acho que o senhor deveria ter um pouco de decência e se comportar como um capitão e não um homem qualquer, com licença.

   Ela saiu e eu fiquei ali parado por um tempo. Que estranho, me senti como se... estivesse errado, como se eu devesse me desculpar com ela, mas pelo o que? Eu não fiz nada pra ela, eu devo ter enlouquecido não é possível.
   Me sentei outra vez na minha mesa e olhei os papéis que Erwin me enviou, nada que eu já não tenha me acostumado. Continuei com as minhas tarefas até que olhei o relógio, são 21:37 da noite, me levantei da cadeira e fui até a cozinha, eu preciso de um pouco de chá.
   Assim que cheguei lá, vejo uma chaleira com água fervendo, e uma xícara em cima da mesa, que estranho. Me aproximei e logo vejo s/n apagar o fogo e pegar a chaleira colocando a água na xícara de forma calma e cuidadosa. Quando o copo está na metade ela coloca um pouco de água que parecia fria e colocou um pouco na xícara, adicionou açúcar, mexeu e pronto. Saiu da cozinha e me olhou calma, veio até mim e me entregou a xícara.

_É chá de camomila, é muito bom para pessoas com estresse, e você parece precisar.

_Você parecia brava comigo hoje mais cedo.

_Não estava, eu apenas lhe alertei, poderia ser outro que iria fazer questão de espalhar que você estava de envolvimento com a sua subordinada.

_Eu não estava me envolvendo com ela.

_Mas isso não é da minha conta, tenha uma boa noite capitão. - ela diz indiferente.

   Eu olho para a xícara e dou uma breve golada no chá que ela havia preparado para mim.

_Ela sabe fazer um chá delicioso.

Contínua...