| PRÓLOGO |

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―EU ESTOU DEFINITIVAMENTE,EXAUSTA!VOCÊS NÃO SABEM SER PAIS, EU NÃO SEI QUAL FOI O MOTIVO DE RESOLVEREM TER TIDO UMA FILHA QUE NEM MESMO SABEM CUIDAR! VÃO PRA O INFERNO!― gritei, o ar queimava em meus pulmões enquanto eu corria pra fora daquela casa

Era mais uma daquelas noites frias do inverno de 1995, em Seattle. Onde a viciada da minha mãe, e o nojento do meu pai resolveram novamente jogar na minha cara o quão repulsiva eu sou para os dois.

Sentando-me em um dos banco do parque em Seattle, neve caía no meu rosto, tremendo, minhas mãos calejadas começam a ficar roxas. 

Quando penso que nada mais pode dar errado.

Soltei um grande suspiro, não tenho como ir a lugar nenhum, voltar para casa está fora de questão, não é como se Jack, o Estripador ou um palhaço com um balão vermelho aparecesse e me matasse, certo?

Arfei sentindo ainda mais frio.

Deitei a cabeça no banco frio de madeira e resolvi descansar, mesmo que fosse apenas cinco minutos. Eu não conseguia mais manter os olhos abertos. Acordo com o som alto dessas árvores

Eu estou assustado.
O barulho continuou e parecia que alguém estava tentando andar entre essas árvores e parecia que alguém estava tentando andar entre essas árvores

―Tem alguém aí? Posso ajudá-lo com alguma coisa?"

Era um garoto alto, olhos azuis, cabelos castanhos ou pretos, afinal não conseguia enxergar direito na escuridão da noite.

―Ei garoto, você precisa de ajuda? parece perdido! - Ele parecia perdido em pensamentos e saiu das árvores. Ele era lindo.

Quando ele se aproxima de mim e diz:

―Eu só estou observando a noite, desculpe por incomodar você.― Eu instintivamente me afasto um pouco―Eu sou Peter, Peter Pan.

―Peter Pan, o que você está fazendo fantasiado a esta hora?

―Não estou usando fantasia alguma, é você quem está usando uma aqui― disse ele com um sorriso atrevido. ―sou  livre para usar o que quiser, querida.

―Ah, claro, outro lunático. Era exatamente isso que estava faltando.

―lunático?

―Sim! Muito lunático, provavelmente está alucinando agora.

―Seja ilusão ou não, parece que estou vivendo uma situação melhor que a sua, certo?
―Eu realmente não duvido disso.

―Se você me der licença, senhorita― acena com a cabeça para sentar. ―Não sei em que tipo de problema você está  metida, mas tenho certeza que gostaria de onde moro. É realmente mágico.

Eu não sabia se ria ou me preocupava. Ele está realmente me convidando para ir a algum lugar que não conheço com alguém que não conheço?
Isso era loucura, esse cara definitivamente devia ser muito louco.

— É realmente sério? Deixa de ser louc... - Outro som me interrompeu, dessa vez mais baixo, e  uma pequena luz apareceu ao lado do garoto, parecia um vaga-lume.

– Olha sininho, essa jovem  acha que sou maluco.

- Você também fala com vaga-lumes?

-Ela não é um vaga-lume! Por favor, respeite  minha fadinha, jovem incrédula!

―Não me chame assim!― me exalto.

―fada? Pelo amor de Deus

Uma pequena  luz vem até mim e puxa  meus longos cabelos negros

―Ai! Esse animal é louco?― A chamada “Sininho” parou na minha frente e eu vi seu rostinho, surpresa murmurei alto. ―Mas o que... você é tão linda, como pode?

―Há muito mais disso de onde eu venho ―diz ele com um sorriso travesso.

―Eu gostaria de ver mais―eu disse, ainda admirando a pequena e surreal criatura diante de mim. Não tenho nada a perder.

―Wendy e Lia vão amar conhece-la.

―quem?


𝘼 𝙂 𝙉 𝙀 𝙎  | V.HWhere stories live. Discover now