『004』

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― Como assim alguém assumiu o lugar do barba negra? ―  pergunta Wendy nervosamente.

― Pelo que as sereias nos contaram, é uma espécie de afilhado do barba negra

― Eles estão invadindo todos os lugares, saqueando tudo que podem e levando pessoas com eles, algumas estão entrando para tripulação dele por medo.

― Mas oque podemos fazer? Eles sempre fizeram isso, é assim que eles são, não é? ― digo interrompendo aquela conversa. ― são piratas, e piratas saqueiam!

― É, mas achamos que depois da morte do barba negra, isso acabaria. Parece que o garoto é pior que ele, não deve demorar muito até ele resolver vingar o padrinho

― Tá todo mundo muito ferrado ― gancho fala baixinho.

― Você é um fanfarrão gancho. Vocês ao menos sabem o nome do garoto?

― Nunca chegaram a vê-lo direito, imagine saber o nome dele.

― E oque fazemos?

― agora? Nada.

  ◇

Acordo com um grande estrondo do lado de fora, acompanhado de diversos gritos.
Saio da tenda desesperada, ao mesmo tempo em que Wendy e Leah que assim como eu parecem tentar entender o que acontecia.

Até que veio o primeiro:

"ESTÃO ATACANDO, ESTÃO INVADINDO!"
Foi aí que a ficha caiu. Nos encontraram, estavam atacando nossas casas.
Vejo ao longe Peter lutar com bravura, enquanto gancho ajuda as pequenas crianças a se esconderem. Entro na minha tenda, pego minhas flechas e posiciono meu arco, faz tempo que não o uso em uma batalha, estava eufórica e com medo, mas venceria.
Eu tinha que vencer.
Ao sair dou de cara com um homem alto e gorducho, todo de preto e com duas espadas nas mãos, ele era terrivelmente feio, do tipo que te deixa apavorada, mas não era hora pra ter medo e eu sabia disso, esses monstros pagariam com a vida.
Rapidamente coloco uma flecha em meu arco, mirando com precisão enquanto o homem avança em minha direção. Com agilidade e destreza, disparo a flecha, que voa em direção ao alvo com velocidade impressionante. O homem tenta desviar, mas é atingido no ombro. Mesmo ferido, ele continua sua investida, empunhando um machado gigante. Uso minha agilidade para me esquivar dos golpes poderosos do homem e disparo mais flechas em sua direção. Com cada flechada certeira, o homem vai perdendo força e velocidade. Finalmente, exausto e ferido, ele cai de joelhos diante de mim, reconhecendo minha habilidade como arqueira e rendendo-se. Consigo vencer a batalha com coragem e precisão.
Mas não posso me dar ao luxo de comemorar, pois outros inimigos estão se aproximando.
Corro em direção ao combate, lutando com todas as minhas forças. Meu arco e flechas se tornam uma extensão de mim, enquanto eu os uso com precisão e agilidade. Cada flecha que disparo encontra seu alvo, derrubando um inimigo por vez.

A batalha é feroz e caótica. Gritos de guerra, o tilintar de espadas e o som de corpos caindo preenchem o ar. Encontro-me cercada por adversários, mas não me deixo intimidar. Com golpes rápidos e esquivas habilidosas, consigo me defender e contra-atacar.

Vejo Peter lutando ao meu lado, seu sorriso confiante e coragem inspiradora me dão forças adicionais. Juntos, formamos uma dupla imbatível, protegendo nosso lar.

A batalha parece durar uma eternidade, mas finalmente, nossos esforços começam a dar frutos. Os invasores estão sendo derrotados um por um, recuando diante da nossa determinação e habilidade. A vitória está ao nosso alcance.
Aquele ataque era apenas um sinal do que estava para começar, não iriam parar até ter o que queriam.

À medida que os inimigos se retiravam e o silêncio voltava a reinar, olho ao meu redor. Nossas casas estão em ruínas, mas nossa comunidade permanece de pé. A união e a coragem de cada um de nós prevaleceram sobre a adversidade.

Comemoramos nossa vitória, mas sabemos que a luta não acabou.

A Terra do Nunca nunca foi um lugar seguro, mas agora, com as cicatrizes da batalha, percebemos que a ameaça é maior do que imaginávamos.

Reunimos os sobreviventes, consolamos os feridos e começamos a reconstruir o que foi destruído. Wendy, Leah, Peter, Gancho e eu decidimos descansar para nos recuperar para que no dia seguinte pudéssemos começar a remontar as tendas e todo o resto.

A Terra do Nunca pode ser mágica, mas também é um lugar de desafios e perigos. Juramos estar preparados para qualquer ameaça que se aproxime, protegendo nosso lar com coragem e determinação.

Incapaz de encontrar paz e pregar os olhos,, decido dar uma volta pelos arredores da  aldeia. O sol nascendo pintava o caminho com uma luz suave, revelando uma paisagem tranquila e serena.

Caminhando pelas trilhas familiares, sentia a brisa  acariciar meu rosto e o cheiro fresco da natureza ao meu redor. As folhas das árvores sussurravam segredos, e o farfalhar suave dos grilos criava uma sinfonia  reconfortante.

Enquanto percorria os campos e bosques, deixava seus pensamentos se dissiparem. Sob o manto estrelado, ela encontrou um recanto silencioso onde a grama alta se movia suavemente com a brisa. Sentou-se ali, deixando que a tranquilidade da noite a envolvesse.

Observando o céu, começo a encontrar clareza em meio aos meus pensamentos tumultuados. A aldeia, normalmente agitada, estava agora envolta em profundo silêncio. O silêncio oferecia um refúgio para reflexão.

De repente, a atmosfera mágica do lugar foi rompida pelo som silencioso de passos furtivos. Em alerta me levanto, uma sensação estranha pairando no ar. De repente, uma sombra se aproximou, e antes que pudesse reagir, fui surpreendida por um pano úmido sobre meu rosto. Tudo ficou escuro.

Acordei em um lugar desconhecido, com a cabeça latejando. Ao meu redor, as sombras dançavam na fraca luz de velas. Percebi que estava em um navio pirata.

𝘼 𝙂 𝙉 𝙀 𝙎  | V.HWhere stories live. Discover now