Raya e a Magia do Dragão

Procurando Sisu

Namaari acorda assustada e coloca a mão no peito. Sua respiração estava acelerada e seu semblante expressava um misto de sofrimento e desespero. Aquele pesadelo a atormentou tanto que só o que queria naquele instante era lançar todos os seus sentimentos pra fora e chorar. A princesa de Fang reconhecia que estava fora de controle. Por isso, a única coisa que pensava era que precisava reprimir essa agonia. Nesse meio tempo ela notou que Raya estava ao lado dela, aflita. A garota pedia inquieta para Namaari falar alguma coisa.

- Você está bem? Com o que sonhou? – Perguntou, transtornada.

Raya segurava os ombros de Namaari e olhava diretamente nos seus olhos.

- Me deixa Raya! – Falou irritada, franzindo a testa em seguida.

A princesa saiu rapidamente da cama e foi em direção a porta.

- Ok! Se não quiser, não fale princesa undercut! – Falou de forma grosseira. – Eu só queria tentar ajudar e tranquilizar você. – Raya mostrou um semblante mais sereno em seguida.

- Eu posso cuidar disso muito bem sozinha! – Disse, ainda com uma voz irritada.

Em seguida, saiu do quarto e andou em passos largos. Raya foi logo atrás, numa atitude impulsiva, para tentar falar com a princesa. Mas quando viu, ela já tinha desaparecido pelos corredores. Uns guardas avistaram Raya e se dirigiram a ela.

- Princesa Raya, porque fugiu de nossa proteção ontem à noite? – Perguntou o guarda de forma séria.

- Agora não dá! Preciso achar a Namaari.

Nesse mesmo instante, Chefe Benja apareceu no corredor. Ele estava com o braço engessado e com uma manta azul segurando esse mesmo membro.

- O que está acontecendo? Filha, por onde você estava? Todos ficaram preocupados. – Expressou um semblante de alivio. Colocando a mão no peito.

- Eu... não sei? – Fez uma expressão facial confusa. Ela não conseguia pensar em muita coisa naquele momento.

- Obrigado! Agora Raya foi achada, podem descansar. - Chefe Benja se dirigiu aos guardas.

Os guardas voltaram as suas tarefas habituais.

- Pingo de Orvalho, porque fugiu da vista deles na noite passada?

- Porque eu sou uma loba solitária!? – Fez uma expressão desnorteada. - E aliás, você sempre vem com esse diálogo sobre confiança. Então... porque não confiou em mim ontem? – Perguntou, com os braços cruzados.

- É claro que eu confio em você! Com certeza você daria show lutando contra aqueles dragões. Mas não confio neles, nunca se sabem o que podem fazer. E você é minha filha, não poderia arriscar te perder novamente. Você me entende?

Raya abraçou seu pai.

- É claro que entendo Bá! Também não suportaria te perder assim.

- E como conseguia escapar mocinha? Perguntou, bastante curioso.

- Digamos que eu tive o melhor professor de todos. – Raya expressou um sorriso serelepe.

- Realmente você aprendeu bem todas as minhas técnicas. – Demonstrou uma risada no final da frase. – E me deixa adivinhar, aproveitou usar como desculpa que estava escapando do guardas só para dormir com a crush. É crush como falam hoje em dia? – Perguntou confusa.

As bochechas de Raya ficaram vermelhas naquele instante.

- E aí? Rolou alguma coisa. – Disse animado.