Capítulo 1

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Considerações iniciais:

Oi gente, nessa adaptação eu decidi sair um pouco do universo Satzu e da uma pequena migrada em Michaeng.

G!P? Eu sei que muitas pessoas não curtem histórias do tipo, e por isso que estou avisando de antemão que uma das personagens é intersexual.

Boa leitura!
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O ar frio embaçou a janela da sacada em nossa sala de estar, esperei nervosamente na frente dela e me esforcei para ver lá fora. A qualquer momento, a perua Volvo de Yan iria parar na garagem.

Ele tinha ido para o Aeroporto pegar sua filha, Myoui Mina, que estaria vivendo com a gente o próximo ano, enquanto sua mãe tinha uma atribuição relacionada com o trabalho de um ano no exterior.

Yan e minha mãe, Eubin, só tinham estado casados por um par de anos. Meu padrasto e eu nos dávamos muito bem, mas eu não diria que éramos próximos.

Aqui está o pouco que eu sabia sobre a ex-vida
de Yan: sua ex-esposa, Hana, era uma artista japonesa com base na área da baía de Tóquio, e sua filha era uma punk tatuada que, de acordo com Yan, era autorizada a fazer tudo o que quisesse. E tinha algo a mais que a tornava única, Mina era intersexual. Eu não sabia o certo o que isso significava, mas ao passar horas pesquisando no Google, agora eu tinha conhecimento desse termo peculiar.

Eu nunca tinha conhecido minha meia-irmã antes e só tinha visto uma foto dela que foi tirada há alguns anos atrás, pouco antes de Yan se casar com minha mãe. Pela imagem, eu podia ver que ela herdou o cabelo escuro, provavelmente de sua mãe japonesa, juntamente com a pele alva, mas tinha os olhos escuros e traços fortes de Yan.

Ela era deslumbrante, mas Yan disse que Mina tinha entrado em uma fase rebelde nos últimos tempos. Isso incluiu ela fazendo tatuagens quando tinha apenas quinze anos e se metendo em encrencas por menores de idade, bebendo e fumando maconha.

Yan culpou Hana por ser volúvel e muito focada em sua carreira artística, permitindo assim que Mina fizesse as coisas erradas, mas não sofresse as consequências.

Yan alegou que ele havia encorajado Hana a assumir uma posição temporária dando aulas dirigidas por uma galeria de arte em Sidney para que Mina, agora com 17 anos, pudesse vir morar conosco. Embora Yan fizesse duas viagens curtas para o Japão por ano, ele não estava lá em uma base diária para disciplinar Mina. Ele lutou com isso e disse que aguardava com expectativa a oportunidade de colocar sua filha na linha ao longo do próximo ano.

Borboletas invadiram meu estômago enquanto eu olhava para a neve suja que se alinhava na minha rua. O clima gélido de Boston seria um rude despertar para minha meia-irmã japonesa.

Eu tinha uma meia-irmã.

Esse era um pensamento estranho. Eu esperava que nós duas nos déssemos bem. Como filha única, eu sempre quis uma irmã.

Eu ri do quão estúpida eu era, fantasiando que este ia ser algum tipo de relacionamento de conto de fadas do dia pra noite, como os malditos Donny e Marie Osmond ou Jake e Maggie Gyllenhaal.

Esta manhã, eu ouvi uma música antiga do Coldplay que eu nem sabia que existia chamada Brothers and Sisters. Não se trata de irmãos por assim dizer, mas eu me convenci de que era um bom presságio. Isso ia ficar bem. Eu não tinha nada a temer.

Minha mãe parecia tão nervosa quanto eu, ela correu várias vezes, subiu e desceu as escadas para deixar o quarto de Mina pronto.

Ela transformou o escritório em um quarto. Minha mãe e eu tínhamos ido ao Walmart juntas para comprar lençóis e outros artigos necessários. Foi estranho comprar coisas para alguém que você não conhece. Decidimos por roupa de cama vermelho-escuro.

Sister [Michaeng]Onde histórias criam vida. Descubra agora