PRA SER AMOR

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PRA SER AMOR

Conto inspirado na canção Pra Ser Amor de Ricky Vallen.

Parte 01 -

Istambul, 2015
No rádio, a música PRA SER AMOR, de Ricky Vallen, tocava, o condutor, pensava na letra, tudo ali era diferente do propósito que o levava a aceitar um encontro às cegas, mas para atender ao pedido de um grande amigo e também investidor de sua empresa, ele aceitou pois precisava disso agora no começo do seu negócio. Agora a caminho do restaurante ele escuta a música… o amor existe? O que é necessário para ser amor? Finalmente estava no estacionamento…
A alguns metros dali, uma jovem desce do táxi, estava muito chateada, e a música que escutou no rádio do táxi a deixou ainda mais chateada, mas para não chatear ao pai, aceitou ir ao encontro às cegas e conhecer o parceiro comercial do melhor amigo dele. Pra ser amor, tinha que ser algo do destino e não assim sob pressão. Mas estava decidida a não ceder aos possíveis encantos do homem que a esperava.
Já sentado à mesa, Yamam impacientemente olha para o relógio, estava ali a cinco minutos mas parecia uma eternidade. A porta automática se abre, assim como ele, muitos dos presentes direcionam o olhar para a belíssima jovem que entrava, quantos anos teria, dezenove, vinte? Parecendo procurar por alguém,  olha  em volta  pelo salão, ele deseja neste momento que seja ela sua companhia, adoraria olhar de perto para aqueles lindos olhos verdes…
A recepcionista finalmente a aborda e a conduz à mesa reservada, e encontra ali um lindo e sorridente homem, a barba bem feita, unido ao terno feito sob medida,  dá a ele uma elegância ímpar. Ele se levanta e puxa a cadeira para que ela sente, trocam cumprimentos,,, Silêncio… olhares… a decisão de dificultar as coisas parecem esvair… mutuamente e de forma íntima, decidem aproveitar a noite…
Foi um jantar agradável, descobrem que tem muitos gostos em comum, esqueceram  apenas de perguntar seus nomes, na verdade isto parecia secundário naquele momento…
Acaba o jantar, missão cumprida pensa ela, preciso esticar a noite, pensava ele, que oferece para levá-la em casa.
Em frente a casa dela ele decide não permitir que a noite termine ali, a convida para mais um passeio, agora na praia, ela aceita… Andando lado a lado na areia, agora sem sapatos sentiam as ondas indo e vindo, o silêncio entre eles parecia falar mais alto, de repente uma onda maior avança sobre a areia e ela corre  dando risada, ele a segue, a abraçando por trás, desequilibram e agora deitados, se beijam, ele olha ao lado, deserto, tudo estava deserto, ali mesmo tomados pelo calor da paixão,   se entregam… a inexperiência dela não passa despercebido ao homem...
Horas depois ele finalmente a deixa em casa e segue seu caminho.
Dois meses  se passam mas aquela noite fica marcado na vida deles,  ambos não conseguiam esquecer a paixão que os envolve, mas ela por vergonha de ter se entregado o evitou, decidiu do país para estudar, seu padrinho, o mesmo que os apresentou, resolve financiar seus  estudos. Ingressaria na faculdade de engenharia naval na Espanha.   E ele por puro orgulho, esperou que o sócio comentasse algo sem saber que por pedido da jovem ele não o fez. No fundo o senhor Ignacio acreditava que o destino agora se encarrega de uní-los.
O que não se esperava era o presente que aquele ato impensado deixou para ela… Ao senhor Ignácio ela disse que não era o sócio o pai, ao pai que a expulsou de casa ela também não revela, apenas seu irmão de leite sabia a verdade e a apoia, mesmo que a distância; a visitava em todas as oportunidades que tinha.
Espanha, 2017
Dois anos depois da chegada de Seher na Espanha, ela e Firat  vão a um parque próximo ao aeroporto, brincavam com Murat, que agora com agora com um ano e cinco meses andava desengonçadamente de um para o outro tirando risadas do tio babão. Os irmão não perceberam que a alguns metros um táxi para e dele saem  dois homens que de longe os observa…
_ É ela,  Nedim e pelo jeito está muito feliz, olha,?aquele deve ser o pai da criança.
_ Meu amigo, pode não ser isto, quer  que descubra?
_ Não, deixa para lá,  nem sabemos o nome, e uma vez alguns meses depois do jantar eu tentei descobrir com o Senhor Ignácio e ele desconversou. Chegou a me orientar a seguir em frente, pois bem, ali está o motivo. Eles retornam ao veículo e seguem para o aeroporto, Istambul era o destino.
Istambul, 2019
Os sócios estavam conversando no escritório de Ignácio, quando a porta se abre e em um rompante uma jovem entra pela porta já falando. _ Padrinho, que saudades, vim trazer o convite para a formatura, por favor, não deixe de ir. Já chegando próximo ao senhor, ela finalmente se dá conta de que ele não estava sozinho e ao descobrir quem era, fica ainda mais perplexa. Diante dela, com um sorriso irritantemente debochado. O senhor com um olhar carinhoso abre os braços e a envolve neles.
_ Minha filha, que surpresa! Quando chegou?
_ Ontem padrinho, mas já volto daqui a pouco, deixei  Murat lá, vim apenas para trazer pessoalmente o convite. O senhor vai?
_ Claro minha filha, claro que  irei, inclusive diga a Firat que ele pode ir comigo no jatinho da empresa. Sua mãe irá?
_ Sim, eles irão. Eu direi a eles. Obrigada, muito obrigada por tudo.
_ Olha, te darei apenas alguns dias de folga, quero que assuma seu lugar na empresa.
_ Está bem, claro que assumirei, será uma grande honra para mim. Te amo. Ela o beija no rosto e se despede. O homem que a tudo assistiu recebeu dela apenas um aceno de cabeça. Ela sai assim como entrou, num rompante.
Yamam ficou encantado com a beleza dela, que parecia ainda mais linda com aquele terninho. _ Senhor Ignácio, a muito tempo não a via, ela está muito bonita.
_ Sim rapaz, ela parece mais bonita e amadureceu muito também. Sabe, ela se formou em primeiro lugar, estamos inclusive desenvolvendo um projeto dela para a construção de um de nossos navios. Uma batalhadora, mesmo com o filho ela conseguiu se superar.
_ Bom saber, espero que ela seja feliz.
_ Ela será meu filho, esta menina merece.
Istambul, 2020
O dia estava nublado, parecia corresponder à dor no coração da jovem que agora ouvia o ruído da terra batendo na madeira no fundo do buraco… a cada vez que a pá lançava um punhado de terra, seu coração parecia  doer, uma a uma as pessoas se afastam o monte de terra agora cobria o corpo do homem que sempre admirou mas que a abandonou quando mais precisou. Lágrimas rolam pela face dela, ao lado também jazia o corpo da irmã que se casou contra a vontade do pai e assim como ela se afastou. no bolso, trazia uma carta que contava dos sofrimentos imputados a ela na mansão e pedindo que no caso de um dia vir a faltar deixaria Yusuf como legado.
Decidida, do cemitério ela segue para a mansão dos Kirimli, já sabendo que encontraria ali o pai de seu filho…
Na mansão, Cenger avisa a Yamam que a tia de Yusuf o espera na sala, imediatamente ele segue o mordomo. Seher aguardava o tio de Yusuf apreensiva, estar tão próximo a ele era no mínimo desconcertante.  Ao vê-lo chegar, ela sorri, era impossível não perceber a semelhança entre ele e Murat, o jeito de andar, olhar era o mesmo…
Ao contrário dela, ele não sabia que a jovem por quem se  apaixonou à primeira vista, aquele dia em que a viu entrando no restaurante e a tia de Yusuf eram a mesma pessoa. Que droga, pensou ele. E agora, que sorriso era aquele que ela esboçava? Como sempre ela tinha o poder de intrigá-lo
_ Boa tarde, pelo jeito, novamente estamos nos encontrando por acaso.
_ Acredite, se pudesse, com certeza evitaria me encontrar com você, sua arrogância é insuportável. Mas um pedido inusitado me trouxe aqui hoje, podemos conversar em particular? Ela pede isso ao perceber que todos da mansão os observavam e o que queria dizer era muito confidencial.
Ele concorda e acabam se encontrando com Yusuf que descia a escada.
_ Oi, te conheço.
_ Me conhece de onde pequeno homem?
_ Da escola, já vi você buscar o Murat.
_ Conhece Murat, querido?
_ Sim, somos amigos, Outro dia ele estava chorando na escola por causa de um menino que bateu nele e eu o ajudei, E sabe o que aconteceu? Ela balança a cabeça sinalizando que não sabia. _ Ele me deu biscoito de limão, que eu achei delicioso, minha mãe disse que a irmãzinha dela fazia os melhores do mundo, mas eu acho que os seus são os melhores.
Com lágrimas nos olhos ela finalmente se apresenta. _ Eu sou a irmã da sua mãe meu amor E Murat é seu priminho.
_ Verdade? Amanhã vou contar para ele, agora, vou contar para o tio Ziah, tchau tia. Com um inocente beijo no rosto ele se despede. Tinha pressa em contar a novidade para o tio.
No escritório, Seher entrega a carta para Yamam que atentamente a lê.
“Querida irmã, me perdoe por ter te abandonado quando mais precisou de mim, por puro egoísmo me afastei de todos, mas eu amava meu marido, sei que ficará surpresa ao saber que tem um sobrinho mas apenas peço que cuide dele e que o tire da mansão onde assim como eu, ele corre perigo.  Não confie na senhora IKbal, ela é sorrateira e tem domínio sobre Yamam, que mesmo parecendo  ser um homem rude, é de confiança.Tenho tido notícias suas e sei do Murat e também do seu sucesso, fico muito orgulhosa. Te amo.
P,S,: Esta carta c? Uma chegará a você através de um mensageiro apenas após minha morte. “
_ O que significa isto?
_  Como assim o que significa isso? Uma carta enviada por minha irmã me pedindo para proteger Yusuf.
_ Acredita mesmo que vou cair nessa cilada?
_ Cilada? Está me ofendendo.O que eu ganharia com isto?
_ Com a tutela do menino, ficará com a parte que cabe ao pai dele na empresa.
Sem proferir uma palavra sequer, ela se levanta e sai o deixando perplexo. Ao descer as escadas, Seher reencontra o sobrinho. Com um beijo se despede e promete que se encontrarão em breve. Deixou a casa sem olhar para trás, sequer viu que Yamam a seguiu apressadamente. No jardim, ao lado do carro, Firat a aguardava. Enciumado ele para ali mesmo na porta, ela estava com outro foi o que pensou. e novamente esqueceu de perguntar o nome da mulher...
Uma semana se passou, a tia tentou contratar advogados mas todos sem exceção a advertiram que seria causa perdida. Yamam Kirimli era um homem muito influente. O Senhor Ignácio pensava a mesma coisa, o que a desanimou ainda mais. Naquela tarde ela estava no estaleiro fiscalizando uma obra quando o telefone toca…
Minutos antes à porta da escola de Yusuf um carro freia bruscamente, uma criança imediatamente cai, assustado  o motorista não presta socorro, do carro Yamam que  tinha acabado de colocar o cinto em Yusuf, vê a cena e corre para socorrer o menino, o pega no colo e o coloca desacordado, no banco de trás junto com o outro menino.
_ Tio, é o meu primo, Murat, o que ele tem?
_ Não sei querido, precisamos levá-lo ao hospital. Nedim, o filho da tia de Yusuf acaba de sofrer um acidente em frente a escola, o levarei para o hospital, ligue para o senhor Ignácio e peça a ele que avise à mãe da criança.
Firat chega antes de Seher e ao vê-lo Yusuf corre até ele que o recebe com um abraço. _ Oi pequeno, você está aqui também? Sabe onde está Murat?
Quem responde é Yamam. _ Ele está sendo atendido, o socorri na porta da escola, a pessoa que o atropelou não prestou socorro.
_ Obrigado senhor Yamam. Seher já está a caminho, eu estava mais perto. Ao telefone o homem ordena que observem as câmeras de segurança em busca do motorista que não prestou socorro à vítima.
A mãe da criança chega, aflita, ela corre até o irmão que a tranquiliza. _ Firat, o que aconteceu? Você se atrasou?
_ Sim, infelizmente, mas não deveriam ter deixado ele sair antes de eu chegar.
_ Verdade, preciso entender isto melhor. Quero ver meu filho.
_ Ele está sendo atendido. Somente neste momento ela percebe a presença do tio de Yusuf e ao mesmo tempo do sobrinho que agora a puxava pela barra da saia. Abaixando ela abraça o pequeno.
_ Eu e meu tio estávamos lá, tia. Nós trouxemos meu priminho.
_ Obrigada meu querido. Obrigada Yamam.
O médico saiu e avisa que tudo está bem com Murat, e que seria necessário que o mantivesse acordado aquela noite para que fosse observado.
Rindo Firat comenta. _ Pelo jeito o tio Firat aqui terá que inventar um monte de brincadeiras legais. O problema é que estou de plantão, esqueceu?
_ O que farei agora, sem você?
_ Yusuf, vamos, agora tudo está bem.
_ Quero ver meu priminho tio. Posso dormir na casa dele? Assim eu também posso brincar.
_ Tenho uma ideia.
_ Firat, não invente
_Seher, estou de plantão, Yamam, pode cuidar deles por mim?
Os tios se olham, Firat dá um abraço no irmão e sai.
_ Pouco atencioso o pai do seu filho.
_ Pai do meu filho? De onde tirou esta ideia? Firat é meu irmão de leite. Tio dos meninos e só isto. Me ajuda muito por sinal.
_ Podemos ajudar então?
_ Não será pedir muito? Já o socorreu e agora isto.
_ Nós adoraríamos, não é Yusuf?
_ Sim tia, assim posso brincar com meu primo.
Ela concorda e juntos vão dar a notícia a Murat que como previsto chegou a dizer que adorou ter sido atropelado. Imediatamente foi repreendido pela mãe.
Ao chegar em casa, Murat imediatamente levou o primo ao seu quarto. E a brincadeira começou. _ Pelo jeito, eles são realmente chegados.
_ Sim, são mesmo antes de saberem do parentesco. Vou preparar o jantar, fique à vontade.
_ Ficarei com as crianças enquanto isto.
Do quarto, ouviram a voz da cozinheira, que lindamente cantava uma canção que fazia com que  Yamam se lembrasse dela toda vez que ouvia.
“Pra ser amor
Tinha que ser mais forte do que nós
Ser companhia quando estamos sós
Ser invisivel e abrasador
Pra ser amor
Tinha que haver bem mais compreensão
Tinha que ser maior do que a razão
Ser imbatível como um vencedor
Se fosse amor
Todo o universo ia conspirar
Dando um remédio pra aliviar a dor
Pra ser amor
Tinha que ser nós dois
Pra ser amor
Tinha que ser mais forte do que nós
Ser companhia quando estamos sós
Ser invisivel e abrasador
Pra ser amor
Tinha que haver bem mais compreensão
Tinha que ser maior do que a razão
Ser imbatível como um vencedor
Se fosse amor
Todo o universo ia conspirar
Dando um remédio pra aliviar a dor
Pra ser amor tinha que ser nós dois
Pra ser amor tinha que ser nós dois
Pra ser amor”
O homem se levanta e agora, do corredor observava Seher cantar… por que ela cantava exatamente esta música era o que pensava naquele momento… o que não sabia era que naquele dia, ao mesmo tempo que ele, no táxi, ela ouviu esta música. E ela usava sempre que seus sentimentos retornavam como agora, tentava se provar que não havia amor entre eles e em nada o que eles viveram se aproximava do sentimento amor… se fosse amor, não machucaria tanto…
Silenciosamente Yamam se aproxima e nos olhos dela vê lágrimas, o fato de usar fones de ouvido a impossibilitou de o ouvir chegar. Ao erguer a cabeça da bancada onde picava os legumes, seus olhos encontraram com os dele que pareciam tristes.
_Aconteceu alguma coisa? Os meninos? Murat?
_ Estão bem, acalme-se. Quer ajuda?
_ Pode pôr a mesa? Ele concorda e ela com as mãos mostra onde estão os utensílios.
_ Estava  vendo as crianças brincarem, seria tão bom se eles morassem juntos.
_ Que bom que pensa assim, deveria deixar Yusuf morar comigo.
_Pensei diferente, vocês dois deveriam morar na mansão conosco.
_Parece que não entendeu a carta, acha mesmo que além de não conseguir tirar Yusuf de lá colocaria Murat em risco? Jamais, esqueça.
_ Eu protegeria os dois. Os protegeria de tudo e de todos. O pai de Murat é o problema?
_ Não existe pai de Murat, ele é somente meu, entenda, meu filho. _ Tudo bem, não fique chateada, Assunto encerrado.
O jantar transcorreu em paz, Os priminhos adoraram a decoração dos pratos que Seher criou com carinhas, olhinhos e até um barquinho de cenoura. Entre risadas a conversa infantil fluiu… Brincaram de barraca, ouviram histórias, contaram histórias, dançaram e apenas por volta das quatro da manhã sucumbiram ao sono. A anfitriã os colocou na cama dela e junto com o tio de Yusuf se sentaram no sofá, ele tentou descobrir se tinha alguém na vida dela mas não obteve resposta. Adormeceram cada um deitado em um sofá.
De manhã foram ruidosamente acordados por dois ferinhas que famintos resolveram acordar os adultos, entre beijos, cócegas, risadas e cheiradas os dois foram obrigados a se render e preparar o desjejum.
Após o café da manhã os visitantes se despedem e Yamam reforça o convite que ao ser escutado pelos meninos é comemorado. Os adultos apenas se entreolham sem dizer nenhuma palavra, ambos sabiam a situação;
Duas semanas se passaram depois do incidente, os priminhos insistiam em ir um na casa do outro, a insistência foi tanta que naquele sábado Seher decide levar Murat à mansão, acreditava que assim como Yusuf ele tinha o direito de conhecer o tio Ziah.
Assim que os convidados chegaram a alegria das crianças a todos contagiou, era incrível a cumplicidade dos dois que mais pareciam irmãos. Ziah, não parava de olhar para o irmão e  Murat, até que em dado momento, ainda à mesa ele declara algo que no mínimo foi desconcertante para Seher.
_ Irmão, é incrível a semelhança entre vocês. Olha, até o jeito  de pegar no talher é idêntico, não reparou?
Neste momento todas as atenções se voltaram para eles, Yamam que instintivamente já sentia pelo menino uma grande afeição, agora o observa e como um jogo de espelho, onde um fazia exatamente como o outro determinado movimento, ele se reconhece.
_ Senhora Seher, acho que precisamos conversar, não é mesmo?
_ Não precisamos senhor Yamam, não precisamos, e já sabemos a resposta. Vamos Murat, temos que nos encontrar com  o Tio Antônio na hora do almoço. Se levantando e pegando a criança no colo, que agora chorava pois queria ficar, ela se dirige à saída. Yamam bloqueia a passagem.
_ Não fuja, descobrirei de uma forma ou de outra. Sem dar ouvidos ela se desvia, mas antes diz: _ Adeus. Meus advogados entrarão em contato para resolver a guarda de Yusuf.
As irmãs surpresas com a possibilidade apenas contabilizaram a perda depois da existência de um novo herdeiro da fortuna dos Kirimli e agora pensavam em como eliminar o pequeno Murat… Que droga, pensava IKbal agora, além de Yusuf teria que dar cabo ao bastardinho…

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