One-shot Gwynriel

Capítulo Um

Azriel estava com problemas para dormir.... de novo. A insônia estava muito mais difícil de lidar nos últimos meses.

Não tinha muita certeza do motivo. Seria a preocupação constante com Nyx? O Reino Humano muito silencioso? Provavelmente ambos.

Com um suspiro pesado, levantou de sua cama e esticou as asas, uma fresta de luz lunar entrava pela janela, iluminando as tatuagens illyrianas em seu peito, foi até seu armário e pegou uma camiseta, vestiu e saiu a passos lentos do quarto.

Andou em silêncio pelos corredores da casa, escutando atentamente qualquer barulho. A respiração ritmada de sua família era tão reconfortante para o cantor de sombras.

Após tudo que haviam passado, aquela tranquilidade era boa, mas lhe dava nos nervos nunca saber o que estava acontecendo pra lá da fronteira.

Era seu trabalho.

Seu único trabalho.

E estava fazendo errado.

Balançou a cabeça, seus cabelos balançaram e brilharam na luz fraca. Parou na frente da porta do sobrinho e encostou a testa ali, levou sua mão suavemente e abriu a porta com cuidado. Confiava o suficiente em sua capacidade de ser silencioso, mas a porta poderia ranger. A passos lentos e cautelosos, adentrou o quarto de Nyx.

Azriel sabia que provavelmente parecia um doente quando fazia isso, mas observar o sobrinho dormir era uma espécie de terapia. Aquela paz inerente de quem não viu os males do mundo invejava o cantor de sombras.

Com, cuidado, se encostou na parede, de frente para o berço. Logo suas sombras se agitaram, elas amavam Nyx tanto quanto ele.

Recentemente, em uma conversa conversa com sua grã-senhora, havia revelado demais sobre si. E Feyre havia pressuposto ainda mais por si mesma.

E Feyre, prestativa como só ela pode ser, combinou algumas coisas, mexeu alguns pauzinhos, e conseguiu organizar uma pequena celebração para o aniversário de Gwyn. A festa havia sido hoje, e Az agora percebia como as suposições de sua grã-senhora são apuradas.

Gwyn estava linda hoje, e Azriel tem quase certeza que tem Feyre tem um dedo nisso.

A sacerdotisa usava um vestido longo e azul. Ele pode até ter pensado que era porque a cor combinava com Gwyn, no início, mas ele tem certeza que era o tom de azul exato de seus próprios sifões.

Ela estava muito feliz, feliz por estar incluída nessa família disfuncional. Feliz por terem se lembrado, tido o carinho de comemorarem seu aniversário.

Ele não conseguiu tirar os olhos dela.

O dia inteiro.

Isso deixava Azriel frustrado de muitas maneiras, pois 1) Gwyn poderia se sentir desconfortável, 2) ele tinha mais de 500 anos, deveria saber se controlar e, 3) se antes só Feyre suspeitava, agora além de ter certeza, todos do Círculo Íntimo deveriam ter suas próprias suposições.

Sentia como se tivesse exposto uma parte de si que ninguém nunca tinha visto por completo. O que fazia sentido, odiava a possibilidade de ser um livro aberto.

Mas, ao mesmo tempo, nunca havia sentido nada igual a isso. Seu coração disparava ao olhar para a sacerdotisa, sua respiração entalava na garganta e ao mesmo tempo que sabia que ela provavelmente era a fêmea mais forte que já existiu, sentia vontade de protegê-la do mundo como se faz com um cristal raro.

E, bom, ele as vezes pensava em arrancar toda roupa dela com os próprios dentes.

Estava apaixonado por Gwyn.