Algumas semanas se passaram desde que conheci Ben, foram dias diferentes do que estou acostumada.Ben é completamente diferente de qualquer pessoa que eu já tenha conhecido. Ele anda conseguindo tirar um sorriso de meu rosto todos os dias, e eu sou muito grata a ele por isso.
No dia seguinte ao que nos conhecemos, ele foi à aula. Acabei indo também, nem sei por quê. De qualquer forma, tenho que dizes que foi um tanto engraçado ver suas bochechas corarem quando o diretor o apresentou a turma.
Quando vou à aula, sento-me sempre no fundo, e naquele dia ele se sentou ao meu lado. E, como sempre, foi estranho. Ele passou metade da aula me encarando, seja lá o porquê, foi meio desconfortável.
Mas, por mais que ele venha sendo um colega, ou até mesmo, um amigo, isso não significa que as coisas melhoraram. Continuo com noites mal dormidas, a vontade de morrer constante e a de sumir também. As vezes até cogito em pegar minhas coisas e sair desse lugar, mas não posso deixar minha mãe sozinha aqui.
E, por mais que as coisas fiquem bem, que algum dia eu vá sorrir de novo todos os dias e ser feliz depois de tanto tempo, tenho certeza que essa culpa e sentimento de solidão vão estar até o fim comigo. Mas, já aprendi a lidar com esse fato.
Agora são exatas 5:30 da manhã e estou correndo, perdida em meus pensamentos, quando passo pela casa de Ben e o vejo correndo para longe da casa, como se tentasse fugir de algo. Quando o alcanço, já está no fim da rua, pronto para ir para a esquerda.
-Ei, Ben – o chamo – Acordado assim tão cedo?
-Agora não, Ava. Tenho muita coisa passando pela minha cabeça e não quero direcionar meus problemas a você. Então por favor, apenas volte a fazer o que estava fazendo e me deixe quieto. – Aparentemente ele está irritadiço, não posso simplesmente largá-lo aqui no meio de um surto.
-Não, Ben– ele me olha, confuso. - Não vou deixá-lo aqui. Agora, por favor, venha comigo. – Estendo minha mão, esperando-o corresponder, no começo hesita, porém logo cede, revirando os olhos como uma criancinha.
Pego sua mão e corro.
Corremos durante uns dez minutos. Acabo levando-o para uma pequena floresta que temos aos arredores do parque. Quando paramos, percebo que está ofegante, entrego-o minha água, que vinha carregando esse tempo todo. Ele aceita de bom grado.
-Lugar diferente esse que você me trouxe né? – Ben questiona - Pensei que fosse me levar para o parque abandonado. Me pergunto por que aqui.
Esse local tem um enorme valor sentimental para mim, eu costumava vir aqui quando as coisas estavam boas, quando eu ainda estava bem. Hoje é um lugar que me traz conforto e lembranças.
Não gosto de lembrar.
Não quero.
- Chega de questionar. – Olho em seus olhos em busca de algum sentimento, enxergo desespero, pretendo descobrir o porquê disso. – Agora, você pode me contar por que está tão atordoado?
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Me perdoem pela demora, estava sem criatividade.
Espero que tenham gostado :)
obrigada por ter lido até aqui <3
continuo ou não?
obs: desculpe se tiveram alguns erros de digitação/português, estou tentando aperfeiçoar minha escrita...
;)
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salvação ou destruição?
RomanceO que acontece quando duas pessoas intensas e quebradas se encontram? Ava passou por um ano traumático e está tentando se superar, sua mãe vive pegando em seu pé por conta das noites mal dormidas e das das tardes furando aula. Ben, mesmo tendo de t...