Prólogo

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Eram quase 4:10 da manhã. O céu ainda estava escuro quando um certo esqueleto saio para as ruas carregando consigo apenas seu fiel teclado. Ele caminhava tranquilamente pelas ruas quase vazias da cidade. O jovem esqueleto de ossos pretos tirou seu teclado da bolsa, o encarando por um tempo. Seus dedos ossudos vermelhos com amarelo nas pontas tocaram suavemente as teclas, fazia um tempo que o mesmo não tocava. O teclado ainda estava bem conservado e em ótimas condições. Depois de tanto pensar, o jovem esqueleto começou a tocar uma música simples, chamando a atenção de alguns poucos curiosos que pararam por um breve momento antes de continuarem o seu afazeres. 

O jovem esqueleto logo parou notando um pouco de G perto de si, provavelmente alguém deve ter deixado. Ele pegou o G enquanto contava, era suficiente para seu café da manhã de sempre, as vezes ele não podia tomar seu café da manhã, mas parece que a sorte sorrio para ele hoje. Dando um sorriso ele coloca seu G no bolso da calça, arrumando seu teclado na bolsa e indo em direção a cafeteria de sempre.

8:30. Um outro jovem esqueleto passava apressadamente pelos becos e vielas, para enfim chegar a uma antiga garagem abandonada. Ele sempre viria a esse lugar com seu melhor amigo, já que esse era o esconderijo secreto deles, eles ficariam de bobeira ou praticando. O jovem esqueleto com um buraco em seu crânio caminhou até sua bateria improvisada, ela não estava nas melhores condições, mas ao menos dava para tocar. Ele se senta enquanto retira suas baquetas dos bolsos, girando as mesmas no ar e assim que as pega começa a tocar. Nem muito tempo depois uma guitarra entra em cena, o som vinha de um outro esqueleto que usava um capuz.

"Você demorou". Gritou o esqueleto com o crânio quebrado. Seu companheiro rio dele enquanto baixava sua guitarra. "Você sabe o quanto e difícil fugir daquele lugar". Falou o esqueleto de capuz que se sentou em um dos velhos pneus da garagem. O outro revirou os olhos lembrando das diversas vezes que ele teve que ajudar seu amigo a escapar de casa, ou melhor, prisão. "Prometo que um dia te tiro de lá". Falou o esqueleto com o crânio quebrado, um sorriso cheio de orgulho se formando em seu rosto, seu parceiro zumbi-o enquanto tocava algumas notas em sua guitarra. 

10:45. Em um outro lugar, um outro esqueleto estava sentado nas escadarias de sua escola. Suas órbitas eram vazias e um estranho líquido escorria por suas bochechas, ninguém poderia saber onde ou quem ele estaria olhando. Os outros estudantes olhavam para o estranho esqueleto enquanto o mesmo parecia nem se importar com elas, seu largo sorriso chamava a atenção de todos, ele sempre sorria independente da situação. O estranho esqueleto de órbitas gotejantes caminhou para os fundos da escola, nesse horário ninguém vinha por esse lado, oque era uma vantagem, assim que chegou aos fundos ele abri-o uma porta torta e enferrujada e lá dentro estava alguns artigos e itens que a escola guardava. 

O esqueleto de órbitas gotejantes sempre exploraria esse cômodo quando estivesse entediado, já que sempre haveria algo interessante ali. Ele se lembra de quando encontrou um baixo juntamente de alguns outros instrumentos a duas semanas atrás, com o tempo ele aprendeu a tocar o básico, ele iria para os fundos da escola no horário de saída praticar secretamente. O jovem esqueleto encara o instrumento em suas mãos, ele pensava levar isso com ele. "Não e como se fossem notar de qualquer maneira".

2:43. Um jovem esqueleto de moletom roxo estava sentado lendo seu livro tranquilamente, ele cantarolava uma música enquanto lia seu livro com um pequeno sorriso estampado em seu rosto enquanto esperava pacientemente seu irmão. Seus olhos violeta e ciano de vez em quando iam até a porta verificar o outro. "IRMÃO!". Gritou um esqueleto de roupas amarelas. O de roupas roxas desviou sua atenção do livro encarando o recém chegado. "Ei irmão, como foi?". Perguntou o esqueleto de roxo ao seu irmão que deu um sorriso brilhante. "Foi incrível! Eu e os outros estamos se preparando há duas semanas para o show, estamos realmente se empenhando muito para ser o mais perfeito o possível!". 

O esqueleto em amarelo pulou para o sofá abraçando fortemente seu irmão. O esqueleto roxo deu um sorriso suave a seu irmão. Eles eram completos opostos, mas uma coisa que ambos tinham em comum era a paixão pela música. Mas nem todos tem o talento, por isso seu irmão consegui-o seguir o seu sonho, enquanto o esqueleto roxo podia apenas apoiar seu irmão. "Eu e os outros vamos na lanchonete comemorar, quer vir conosco?". Perguntou o esqueleto amarelo segurando as mãos de seu irmão. 

O esqueleto em roxo desviou o olhar, encarando o empresário da banda de seu irmão que o olhava com ódio, claramente esperando que o jovem esqueleto soubesse oque dizer. "Desculpa irmão, mas tenho algumas coisas para fazer... u-uma próxima vez?". Falou o esqueleto em roxo dando um sorriso reconfortante para seu irmão. O de amarelo suspirou um pouco triste, mas concordou com a cabeça então se despedindo de seu irmão e indo para estúdio, provavelmente para falar com os outros membros da banda. O esqueleto roxo suspirou, pegando seu livro é saindo enquanto cantarolava.

3:20. Um homem estava em seu escritório. O lugar era decorado com prêmios antigos, postes e discos antigos nas paredes. Ele suspirou enquanto batia os dedos em sua mesa, ele estava a beira da falência e precisava de algo urgentemente. Dez que seu rival roubou sua ultima banda ele não consegui-o se recuperar. "Você ainda me paga Joen". Murmurou o homem enquanto batia com os punhos em sua mesa, ele precisava encontrar uma nova banda... caso o contrario seria o fim de tudo que conquistou. Ele encarou os diversos prêmios pendurados nas paredes, seus olhos vagaram até a antiga foto de sua ultima banda.

"Carl". O homem chamou, então em poucos segundo um monstro raposa surgi-o na porta, seus óculos ligeiramente tortos e uma xicara de café em uma das mãos. "Sim senhor?". "Preciso que encontre novos talentos, confio em você para essa nobre missão". O monstro raposa arrumou seus óculos, seus olhos se enchendo de determinação, um sorriso brilhante logo surgi-o em seu rosto. "Não vou te decepcionar chefe!". Então o monstro raposa correu para fora, o homem deu um sorriso de canto enquanto olhava para a porta. "Sei que não vai".

The Bad GuysOnde histórias criam vida. Descubra agora