Sozinhos no Escuro

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  A primeira noite se iniciou

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  A primeira noite se iniciou. A queda de temperatura era comum àquele horário, mesmo que fosse verão. Não era como uma geada, era mais como uma brisa fria, bem fria. De certa forma, trazia conforto. Laurel escrevia calmamente em seu diário, com a ajuda de uma pequena lamparina que estava sobre uma mesinha de madeira na sua cabana. A loira levantou-se em um sobressalto de espanto ao ouvir a porta abrir de forma brusca, e logo fechou seu diário.

― Caramba, Hailey. Que susto. ― Laurel disse, tensa.

  Hailey invadiu a cabana e foi até a cama de Laurel, se sentando com tudo na cama nada confortável.

― Amiga, se situa, é sexta. Nosso dia de folga, noite fria, fogueira quente... e você vai ficar aqui, escrevendo seus contos eróticos? ― perguntou Hailey, fazendo um sinal de arma com dois dedos e apontando em direção à sua boca aberta, simulando um suicídio.

― O quê, contos eróticos?! ― Laurel perguntou, nervosa, depois jogou uma almofada em Hailey.

  Hailey deu risada, negando com a cabeça.

― É brincadeira, fofa. ― disse.

― Eu estava escrevendo no meu diário... e você me atrapalhou. Não estou muito no clima para falar com ninguém. Obrigada. ― disse Laurel, indo guardar o diário na sua mochila.

― Ai, sério. Vai mesmo ficar aqui só por causa de uma discussão com o seu irmão? Vocês deviam era parar de bobagem e resolverem isso de uma vez. Quando não é você sumindo, é ele. ― afirmou Hailey, depois ela fez uma expressão confusa. ― Falando nisso, você viu ele? Ele sumiu o dia inteiro hoje.


  Próximo ao lago, Robbie empurrou o corpo de Parker contra uma árvore. Em seguida começaram a se beijar de uma forma urgente e intensa, como se estivessem com muita pressa. As mãos de Robbie desceram pelas costas de Parker e chegaram até suas partes traseiras, onde Robbie as apertou com força e fez com que Parker perdesse o fôlego por alguns segundos. Quando o beijo foi cessado, Parker sorriu e Robbie também.



― Achei que tínhamos vindo aqui para nadar. Só nadar. ― disse Parker, ainda segurando a gola da camisa de Robbie.

  O outro garoto afastou-se de Parker e respirou fundo. Em seguida, se virou, em silêncio e observou o lago.

― O que foi, Robbie? ― Parker perguntou, cruzando os braços.

― Você sabe que eu não vim aqui só para nadar. Que chatice! ― respondeu Robbie, em um tom rude.

― Ah, e agora você vai querer discutir isso mesmo, querido?! Porque, olha, sinceramente, eu estou com muita coisa presa na minha garganta. ― Parker disse, descruzando seus braços e falando aquilo em tom de cinismo.

― Ah, é? E o que seria? ― Robbie se virou para Parker e esperou que ele falasse.

― Primeiro, vamos falar do fato que sua namorada está há literalmente quatro cabines de distância da gente. Segundo, temos que aproveitar antes que isso aqui lote de crianças. Não gosta do perigo, bebê?

― Olha, eu gosto, mas...

― Mas o que, Robbie?

    Robbie se senta, olhando para o lago.

― Te vi com aquele cara, Noah. ― ele direciona o olhar para Parker, que se senta ao seu lado.


― E o que tem demais? Somos amigos.


  Parker não conseguiu conter um sorriso, olhando nos olhos de Robbie. Achava esquisito que o rapaz o observasse.

Beyond the Nightmare: Dead CampOnde histórias criam vida. Descubra agora