022.

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VINNIE

Depois que eu falei para a Noelle sobre o que havia acontecido e ouvi ela dizer que iria me apoiar independentemente se eu quisesse namorar com a Nai eu tive completa certeza que é ela. Naquele momento eu percebi que eu só contei para ela pois eu estava com medo de algum tipo de reação negativa, mas não teve nenhuma. No mesmo dia eu saí e passei o dia procurando os anéis de compromisso perfeitos e levei Jordan comigo para me ajudar a decidir, sim eu estou indo pedir ela em namoro. Adiantei o voo 1 semana antes e estou indo vê-la sem ela saber. Eu tenho completa certeza do que eu sinto agora. Após todo o voo, eu já sabia qual é o endereço dela e por isso eu pedi um táxi e agora estou em frente a porta do seu apartamento.

- Vinnie? - ela arregala os olhos surpresa - Eu achei que você só iria vir no fim de semana que vem. - ela fica na ponta do pé para me abraçar e eu rodeio os meus braços em volta de sua cintura.

- Eu consegui adiantar as coisas em Seattle. - murmuro contra a curva entre seu pescoço e ombro e então nós nos soltamos. 

- Ah, tudo bem. Vem, vou te apresentar a alguém.- me apresentar? Ela pega minha mão e me arrasta para dentro, tem um cara que estava no sofá sentado mas fica de pé assim que me vê - Vin, quero que conheça o Dylan. - ela fica ao lado dele e é como se eu tivesse um déjà vu porquê eles parecem um casal... não, eles são um casal. Eu tenho uma sensação de vazio ao vê-lo passar sua mão em volta da cintura dela, parece que abre um buraco dentro de mim. O que eu estou fazendo aqui? 

- Desculpe, eu não sabia que você iria ter visita. Prazer, eu sou o Vinnie. - estendo minha mão por educação para o moreno. Ele é da mesma altura que eu - Noelle, será que posso falar com você por um minuto?

- Eu já estava de saída. - Dylan diz e então dá um beijo na testa de Noelle e acena para mim com a cabeça, assim caminhando até a porta e saindo do apartamento.

- Me diz o que somos, por favor? Porquê depois de agora eu sinceramente não sei. - ela abre a boca mas fecha ao desistir de falar - E não me diga que somos só amigos, Noelle. Nós sabemos muito bem que existe sentimentos envolvidos aqui, sentimentos que não são só de apenas uma amizade colorida porquê amigos não se olham do jeito que nós nos olhamos, amigos não se beijam do jeito que nós beijamos e amigos não sentem do jeito que nós nos sentimos.

- Vinnie, por favor, pare. - ela passa as mãos pelo cabelo castanho escuro longo.

- Nós temos nos visto por 7 meses, Noelle, nós temos alguma coisa! - algo em mim transbordou, algum sentimento de angústia que está tentando fazer um nó em minha garganta.

- Vin, isso nunca poderia dar certo! Nós nunca poderíamos dar certo. Um de nós temos que viajar milhares de quilômetros pra ver o outro quase todo mês e custa dinheiro, Vincent, dinheiro que eu não tenho pois tenho que pagar o aluguel e a faculdade e eu não posso deixar só você gastar o seu dinheiro só pra me ver, não é justo.

- Isso não faz sentido nenhum... Por que agora? Por que depois de todo esse tempo? De todas as noites, de todas as ligações e mensagens, de todos os minutos, de todas as memórias... Por quê? - eu coloco minha mão no bolso e sinto a caixinha de veludo com os anéis dentro. Eu não sei o que eu estava pensando vindo aqui fazer esse tipo de coisa, eu deveria saber que isso iria acontecer.

- Não piora toda essa situação, Vincent, você não é o único que está envolvido nessa situação, ok? Mas eu pensei e isso é melhor pra nós dois. - ela me olha nos olhos e porra, eu tinha tanta certeza que ela era a pessoa certa.

- Você pensou assim do nada? Sem falar comigo você decidiu simplesmente acabar tudo?

- Acho que pra acabar uma coisa nós teríamos que ter oficializado ela. - sua voz sai baixa e eu solto uma risada irônica, aperto a caixinha no meu bolso e caminho pra saída - Vinnie, não foi isso o que eu quis dizer...

- Ah foi, foi sim, Noelle. - pego na maçaneta mas então eu me viro para encarar a garota - Obrigado. Pelas memórias e pelo o que nós poderíamos ter sido, esse foi o melhor quase 1 ano que eu tive em anos. - e então saio do apartamento da garota. 

[...]

Por sorte eu consigo adiantar meu voo para agora, eu estou na entrada do embarque e olho para trás mas ela não estava lá para me dar seu "tchauzinho" com a mão, ela não estaria mais lá. 

Já no avião eu puxo a caixinha de veludo no meu bolso e a abro para assim encarar os anéis de compromisso. Existe uma confusão de sentimentos e pensamentos em mim, eu estaria disposto a fazer de tudo por essa garota. Eu estava. 

- Com licença. - digo para a aeromoça passando no corredor - Você pode me trazer um papel e uma caneta, por favor? 

𝐎𝐌𝐄𝐆𝐋𝐄 ─ 𝘷𝘪𝘯𝘯𝘪𝘦 𝘩. Onde histórias criam vida. Descubra agora