Capítulo 100

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KL

Quando cheguei no morro fui direto pra casa da Eduarda, algumas luzes estavam acesas então ela ainda tava acordada.

Fui bater na porta, mas ela só tava encostada então eu abri e entrei.

Mania do caralho de não trancar a porta, se fosse um ladrão ela ia tá fudida.

A porta de fora dava direto pra sala, e a luz dali tava apagada. Só dava um pouco de iluminação a luz da cozinha.

Fechei a porta e quando ia me virar, senti um bagulho duro pra caralho batendo forte nas minhas costas e depois escutei o grito dela.

Escutei ela correndo até o interruptor e acendeu a luz da sala, ela tava segurando um cabo de vassoura e quando me viu, colocou a mão no peito por causa do susto.

KL: Por que toda vez que eu venho aqui, tu me recebe com uma vassourada? - Falei e tentei passar a mão nas costas, porra ela tinha batido forte pra caralho dessa vez.

Eduarda: Por que você nunca bate na porta ou avisa antes de vir?

KL: Por que tu nunca tranca a porta, maluca?

Eduarda: Por que eu esqueço.

KL: Quem esquece de trancar a porta da própria casa?

Eduarda: Quem sai entrando em qualquer casa assim do nada, gente? - Ia responder, mas a Débora e a Emilly desceram correndo.

Débora: O que foi? Que que aconteceu?

Eduarda: Nada, era só o KL invadindo a casa.

KL: Invadi nada, eu entrei com educação e ainda tranquei a porta pra tu. Você que me deu uma vassourada sem motivo.

Eduarda: Eu achei que era um maluco entrando aqui dentro.

Emilly: Mas é.

KL: Ah garota, se liga.

Débora: Liga não. Eduarda tá meio bêbada então deve tá meio cega, por isso não viu tua cara.

Emilly: A gente tava bebendo pra comemorar a morte. - Me mostrou a lata de cerveja na mão dela. - Deus que me perdoe, mas a morte do Menor vai ser comemorada sim.

KL: Como tu sabe que ele morreu?

Débora: Por que é óbvio. - Pegou outra lata de cerveja em cima da mesa e veio me oferecer. - Vai beber com a gente?

Não respondi, só olhei pra Eduarda que também tava me olhando.

Emilly: Hum. - Pegou no braço da Débora. - Vamo embora, Débora.

Débora: Por que, garota? A gente começou a beber agora.

Emilly: Mulher, pelo amor de Deus vamos embora.

Débora: Ô Emilly, a gente ia dormir aqui, caralho.

Emilly: Puta que pariu, cê é burra?

Débora: Você que é, sua esquisita. -  A Emilly bufou e foi até o ouvido dela. Disse umas coisas que não consegui entender e depois a Débora olhou pra mim e pra Eduarda. - Safadinhos.

Emilly: Débora?

Débora: Ih menina, vamo embora. - Pegou três latinhas de cerveja, despediu da Eduarda e as duas saíram.

KL: Como você tá?

Eduarda: Bêbada. - Eu ri.

KL: Entendi. - Coloquei os braços pra trás. Eu tava com vergonha por que não sabia o que falar.

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