Tem gente noiva na área!

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— Aquilo foi um desastre! Louis é um completo idiota! Aquele filho da... Porque está sorrindo?

Jack havia ido ao Roux com Bruno na tarde de domingo, haviam combinado de se encontrarem lá assim que Bruno terminasse de ajudar seu avô a desempacotar as caixas do porão. O lugar estava calmo desta vez e mais aconchegante.

— Pelo fato de não ter encontrado nenhuma ruiva mal humorada, pelo fato de você quase ter dado um soco no Louis e ainda ter sobrado para o Luke. Meu dia está ótimo!

— Aquilo foi um acidente! — Bruno gaguejou corando.

— Acidentalmente seu punho avançou contra Louis, mas acertou um cabeludo.

— Engraçado, Jack, muito engraçado. — Bruno revirou os olhos enquanto tomava um gole de seu chocolate. — Queria ver se estaria rindo se tivesse que pedir desculpas para uma garota raivosa por seu amigo ter a xingado simplesmente porque ela se recusou a sair com ele. Ele nem é meu amigo!

— Louis pouco... Tá legal, ele é muito escroto quando o assunto são mulheres. Mas ainda bem que você estava lá, não é? Pena que não vi essa cena linda.

— Linda nada! Não fazia ideia que meu soco era forte assim... — se encolheu na cadeira enquanto coçava a cabeça com as mãos, desconcertado.

— Isso é frescura do Lucas! Sem querer ofender, mas você é fraquinho. — Jack riu da careta de Bruno e continuou. — É a verdade, aceita.

— Pra que inimigos se tenho você na minha vida.

— Sorte a sua, não é todo mundo que tem a honra de estar em minha companhia.

— Tenho inveja dessas pessoas de sorte.

Jack tacou uma rosquinha em Bruno, que parou de rir para tirar os farelos do cabelo.

— Acho que você ainda não entendeu para que serve os celulares, Bruno— uma ruiva irritada chamou. 

— Oi Anne! Eu não vi você quando cheguei. 

— Bruno, eu estou te ligando desde ontem, cara. Enfim, eu tenho que te perguntar um assunto muito sério. — Anne se sentou ao lado de Bruno, ela estava séria demais, algo que não era seu estilo.

Anne e Jack estavam em uma nova fase. Ignorar. Jack não entendia o que essa garota tinha contra ele, ele apenas era sincero. O fato era que nunca se deram bem, o único motivo que os faziam ainda se verem era Bruno, que era amigo de ambos. Fora isso se odiavam até a morte.

Sua implicância com Anne era diferente com Luke, ele tinha motivos para não gostar dela. Ele e Lucas pelo menos eram amigos, não tão próximos, mas eram. Quando Jack estava de mal humor ele e Luke ficavam de mal humor juntos. 

— Bruno Delyon, gostaria de ser meu padrinho? — perguntou sorrindo, seu sorriso dava a seu rosto antes sério um ar leve e de expectativa, nem parecia a garota revoltada que estava prestes a arrancar o couro de Bruno minutos atrás. 

— Eu... — Bruno arregalou os olhos surpreso, logo sorriu, mas quando ia responder outra rosquinha o atingiu no olho. — JACK!

— Padrinho de quê? O que eu perdi? 

— Não é da sua conta, Chaput, mas vou contar mesmo assim. — disse Anne em seu tom ignorante e ríspido sempre que se dirigia ao ao loiro. — Eu e o Thommás vamos nos casar, e se meu melhor amigo quiser, será o meu padrinho. E não, não vou te convidar.

— Estaria me fazendo um favor. — Jack olhou para Bruno que olhava para ambos como se estivesse esperando um míssil detonar entre os dois que a pouco se encaravam feio. Ele coçou o nariz, e balbuciou alguma coisa que fez Anne se virar para ele.

Um livro para JackOnde histórias criam vida. Descubra agora