𝐃𝐞𝐬𝐩𝐞𝐝𝐢𝐝𝐚 「𝐄𝐫𝐰𝐢𝐧 𝐱 𝐑𝐞𝐚𝐝𝐞𝐫」

➵ 𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐔́𝐧𝐢𝐜𝐨.

"Toc... Toc..."

- Pode entrar.

- Com licença, comandante. - Abro a porta sutilmente, entrando na sala de Erwin. O loiro parecia concentrado lendo toda aquela papelada que estava em sua mesa, já que estava fazendo-o por horas. Nunca tinha dito para ele, mas isso o deixava extremamente sexy.

Erwin suspira e olha na minha direção, com o semblante sério. Meu corpo se arrepia ao ser observada pelo meu superior, era uma mistura de medo e ansiedade. O loiro levanta da mesa e faz algo que não esperava, joga todos aqueles papéis no chão, com um único movimento com as mãos. Todas as folhas voaram pelo seu escritório, fazendo uma bagunça em seus documentos organizados anteriormente.

- Comandante! - Corro até onde estava o mais velho, pegando os papéis do chão. - Por que fez isso? - Junto o máximo que consigo, os empilhando em cima da mesa novamente. Havia algo de errado com ele, muito errado.

O loiro em pé, estica seus braços em minha direção, os rodeando em volta da minha cintura, me trazendo para perto, quase me sufocando em um abraço apertado. Sua cabeça fica apoiada em meu ombro, e nessa posição, consigo sentir sua respiração quente contra o meu pescoço, me causando calafrios.

- S-senhor! - Tento me afastar para olhar em seus olhos, mas Erwin era muito mais forte que eu e não me solta, pelo contrário, me aperta ainda mais contra seu corpo musculoso. - O que está acontecendo?

- Me perdoe. - Se afasta lentamente, com sua cabeça abaixada, desfazendo o abraço, mas mantém sua mão na minha, a segurando carinhosamente, entrelaçando nossos dedos. -Eu estou cansado... E com medo.

- Medo? - Olhando bem para o comandante Smith, noto sua expressão de frustração, nunca havia o visto tão abalado. Algo sério deveria estar acontecendo, que ele ainda não me contou. - Por favor, comandante. Me diga o que está acontecendo, sim?

Escuto outro suspiro vindo do mais velho. Ele não me responde, mas ainda com nossos dedos entrelaçados, me leva até o grande sofá que tinha em seu escritório, se sentando nele e me puxando para seu colo. Não reclamo e me ajeito, ficando de frente para o mesmo, com uma perna de cada lado do seu corpo, sentada em seu colo.

- Amanhã eu vou partir em missão. - Não olhava nos meus olhos enquanto falava.

- Que missão é essa que nós vamos que você está tão preocupado? - Como estávamos de frente um para o outro, faço carinho com uma mão em seu rosto e com a outra, desço pelo seu peitoral, acariciando levemente. Erwin gostava quando tocava seu corpo.

- Você não entendeu. Eu vou, você não. - Seu tom era sério. - Dessa vez, você vai ficar.

- Como assim? Você não pode fazer isso, Erwin! Eu também sou um soldado como qualquer outro! É meu dever ir com vocês! - Falo revoltada, aumentando meu tom de voz, parando com as carícias.

- Eu posso e vou. É uma missão perigosa e eu não sei se nem iremos voltar com vida. - O que? Fico chocada como Erwin conseguiu falar isso com tanta calma. - Eu não posso deixar você ir e correr esse risco.

- Como pode ser tão egoísta? - Me levanto do seu colo, virando de costas para Erwin, tentando esconder meu rosto que já havia sido tomado pelas lágrimas que insistiam em cair.

- Eu estou fazendo isso porque quero você viva, realizando seus sonhos. - Escuto Erwin se levantar e novamente seus braços me cercarem, dessa vez por trás de mim. - Você é a mulher que eu amo, eu não quero te perder.