Marisa
- o que houve Jersom?! - digo o vendo sentar no sofá - anda, me diz!
- ah, o Miguel pensou que havia perdido você.
- e não foi isso que aconteceu? - sento em uma poltrona, Jersom me encara
- Miguel ficou muito preocupado Marisa, me surpreendeu.
- eu não me surpreenderia - levanto dando um gemido ao abaixar meu pé no chão.
- o que há no seu pé?
- me queimei, hum minha garganta está doendo - digo pondo minha mão na garganta olhando para Jersom
- ele está no escritório
- e o que eu tenho a ver com isso? Não estou nem ai
- Marisa, ele errou mais....
- mas nada Jersom! - altero meu tom - essa preocupação toda dele seria por remorso! Se acaso eu Houvesse morrido naquele incêndio ele ficaria com remorso, por me tratar de tal forma, ele brincou demais comigo Jersom.... agora é minha vez de brincar com ele!
- é você por um lado está certa
- não só por um lado, estou completamente certa!
Fico ali por um tempo com Jersom até o ver entrar na sala que ao me ver da um sorriso bobo e vem até mim ajoelhando a minha frente.
- meu amor - fala tocando meu rosto - eu.... eu pensei que havia te perdido
Olho para Jersom que me olha com piedade para com Miguel, viro meu olhar para ele que me olhava ainda sorrindo e pegando em minha mão.
- você está bem amor?
- estaria melhor se não estivesse aqui, é algo que já me arrependi de ter feito! Ter vindo pra cá
Falo o vendo abaixar a cabeça e levantando saindo da sala.
- Marisa, precisava ser assim?
- ah Jersom! Vai ficar com pena do seu amigo?!
- não estou com pena dele, só que ele veio aqui bastante preocupado com você, e você o responde assim? Ele te ama, Marisa se você ao menos tivesse visto como que ele ficou....
- Eu adoraria o ver assim - digo sorrindo e levantando do sofá - ah essa confusão toda me deixou com bastante sono
- quer que eu te ajude a ir até ao quarto?
- não precisa, eu posso ir sozinha. Obrigada Jersom.
Saio com dificuldade, ouvia as risadas de Jersom ao me ver naquela situação. Ele me oferece mais uma vez ajuda mais eu dispenso.
Ao entrar no quarto o vejo ao lado da estante com um copo de uísque na mão.
Passo sem o encarar e indo até ao guarda-roupa pegando uma camisola e uma langerie.
- quer ajuda amor? Tem algo em seu pé?
- não necessito da sua ajuda - entro no banheiro ainda sem o encarar.
Ligo o chuveiro tirando todas minhas roupas e me enfiando em baixo.
Por um lado Jersom tinha razão, mas nada vai me impedir de seguir com essa minha insistência em poder jogar duro com Miguel. Eu não sinto dó dele, ele também não sentiu de mim em nenhum momento.
Eu tenho que dar a volta por cima, e não deixar que ele me faça mais de bobinha.
Saio do banheiro mancando não o vendo ali.
