Cap. 9 - Chiclete

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  Cheguei na escola alguns minutos depois. Eu realmente tinha chegado cedo, havia pouco mais de 20 pessoas em toda escola, então eu coloquei minha mochila na carteira e decidi ir caminhar por aí. Desci algumas escadas até chegar no pátio e andei alguns metros até o gramado. O clima estava bom, nem tão frio, nem tão quente, uma temperatura incrivelmente boa.

  Eu fiquei ali por uns dois minutos apenas sentindo o vento no meu rosto, até minhas pernas doerem e eu resolver ir me sentar na arquibancada. Fiquei ali sentada, olhando pro nada e pensando sobre nada. Em algum momento, quando eu decido tirar os olhos do céu, eu vejo um grupo de alunos atravessar o campo. Até que eu reconheço um dos alunos que ia na frente "puxando" os outros. Guo Chun.

  Ele acenou pra mim e eu retribui o ato. O sinal tocou e eu vi um dos seus amigos o puxar pelo braço pra ele andar mais rápido. Eu também me levantei e corri para sala.

                                            [...]

  As duas primeiras aulas de matemática se passaram lentamente, mas no terceiro horário o professor não apareceu, no lugar dele, a coordenadora da escola.

  - Silencio, por favor – disse ela enquanto entrava na sala – O professor da outra turma não pôde vir hoje. Portanto, o professor de literatura chinesa vai estar esperando vocês no auditório para que ele possa dar aula para essa e a outra sala juntas. Por favor, sem bagunça no caminho para lá.

  Enquanto eu me levantava e saia – ou pelo menos tentava sair – da sala, ouvi alguém me chamando.

  - S/n... bom dia – Guo Chun soltou um breve sorriso.

  - Oi, bom dia - sorri de volta. 

  Não sabíamos mais o que dizer, então continuamos seguindo o resto da turma.

  - Então... está tendo dúvida em alguma coisa? – ele disse depois de um tempo – em alguma matéria...

  - Ah, não exatamente. Só não me saio muito bem em matemática. Mas de resto está tudo certo.

  - Você quer ajuda?... Sabe, como representante de classe, eu dou aulas de reforço, para ajudar os outros alunos que estão com alguma dificuldade.

  - Não precisa se incomodar...

  - Você não gosta de mim?

  - Quê?

  - Você anda rejeitando todos os favores que eu tento fazer pra você.

  - Não, não é isso, eu gosto de você... digo, como amigo... mas eu só não quero te dar trabalho

  - S/n, esse é meu trabalho como representante de classe. Além do mais, eu que te ofereci.

  - Ok então, eu aceito, mas se em algum momento você não puder mais, não hesite em me falar. Odeio ser um fardo. – ele sorriu

  - Combinado.

  Chegamos no auditório e já vimos os alunos da outra turma. Eu só não sabia qual das outras três, era. O garoto que me acompanhava disse que iria se sentar na fileira da frente e eu falei que iria me sentar mais no fundo. Em uma das últimas fileiras, eu puxei o assento de uma das poltronas. Na fileira onde eu estava, não tinha quase ninguém além de duas meninas sentadas mais afastadas nas duas últimas poltronas. O professor entrou e se posicionou na frente da turma, atrás dele havia uma enorme tela de projeção e ele começou a apresentar um slide.

  - Bom dia. Acho que já foi informado a vocês que o professor da turma C faltou hoje, então não vou enrolar. Vamos para o assunto.

  Eu nem sabia o nome do professor, mas isso não mudava o fato de que a aula estava chata demais. Enquanto eu fingia prestar atenção na aula, alguém veio e se sentou ao meu lado, não me dei o trabalho de olhar quem era até que tentaram falar comigo.

  - Quer um chiclete? – Uma voz masculina sussurrou. Olhei para o lado e era o tal do Xin Long. O que que ele estava fazendo aqui? Depois de um tempo o encarando, me lembrei que ele era da turma a qual o professor havia faltado hoje. – Não quer?

  - N-não, obrigada. – Respondi e rapidamente voltei meu olhar ao professor que falava sobre um autor chamado Mo Yan.

  Ainda não tinha entendido o porquê de ele ter sentado justo ali sendo que havia tantas cadeiras livres pelo auditório. Tá, talvez eu esteja pensando demais pra achar que ele só sentou ali por minha causa. 

  Não demorou muito para que umas meninas que ali estavam começassem a falar umas com as outras e ficar olhando para direção onde eu estava. Tentei não ligar muito, mas acho que eu estava começando a ficar vermelha.

                         [...]

  - Ok turma, por hoje é só. Façam uma pesquisa sobre os mais famosos autores da literatura chinesa, vou dar o prazo de uma semana para me entregarem. Podem voltar para suas salas.

  - Adeus, prof. Wu – os alunos disseram em uníssono.

  Me virei para sair do meu lugar, mas o garoto que passara a aula ao meu lado estava atrapalhando a passagem.

  - Com licença, será que você poderia me deixar passar?

  - E se eu não quiser? – O olhei confusa, e ele riu. – Tudo bem.

  Ele se levantou e me deu espaço. Mas assim que eu tomei a frente, ele veio me seguindo. Continuei andando e as vezes eu olhava para trás, quando eu me virava, ele parava de andar, quando eu continuava a caminhar, ele continuava também.

  - O que foi? – Me virei já sem paciência

  - O que foi, o que?

  - Você está me seguindo.

  - Olha, você é bem convencida. Por que eu te seguiria? – Ele tinha razão.

  Me virei e continuei andando, dessa vez mais rápido, e ele também fez isso. Eu já estava ficando sem paciência. Eu já nem tenho, e ainda arrumo uma situação dessas? Ah mas não mesmo. Foi quando eu me virei de vez e ele não conseguiu frear antes que esbarrasse em mim. E pow, me choquei contra ele, o que me fez cair.

  - Ai, o que que foi, hein?

  - Desculpa – ele estendeu a mão pra me ajudar, eu fiquei olhando uns segundos pra mão dele antes de aceitar a ajuda.

  - O que você quer? - Perguntei ajeitando meu uniforme.

  - Você quer um chiclete?

  - Se eu aceitar, você para com isso?

  - Talvez.

  - Tá, me dá um então. – Ele pegou no bolso uma cartela de chiclete e me deu um. Depois ele simplesmente saiu andando como se nada tivesse acontecido.

  - Eu, hein, que menino estranho. – Disse pra mim mesma. Coloquei o chiclete na boca e continuei andando em direção a minha sala. Espera um pouco. Eu parei de repente; "e se ele envenenou isso aqui?", agora já era. Minha mãe sempre me diz pra não aceitar nada de estranhos. Se eu morrer, a culpa é minha.


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Hello, pessoas. A sumida aqui tem umas coisas pra falar: 

1. Eu sei que estou demorando demais pra postar, foi mau. Mas é pq eu não tenho uma ideia mto concreta de como essa fanfic vai se desenvolver, então eu escrevo pelo menos dois capítulos a mais pra conseguir ver se o capitulo que eu vou postar tem tudo que precisa.

2. Eu vou começar a postar capítulos maiores e vou parar de descrever muito detalhadamente tudo o que acontece, se não essa fic vai ter mil capítulos.

3. To pesando em escrever outras fanfics por aq, de idols de kpop e tals... Mas vou fazer isso quando essa estiver quase acabando, pra eu não enrolar mais nessa daqui kkkkk mas eu não sei se vcs gostariam :/ - me falem aqui nos comentários, plis.  

É isso, espero que estejam gostando ( não desistam de mim, pfvr), beijinhos <3  

My way - He XinLong [hiatus]Onde histórias criam vida. Descubra agora