O Mundo Secreto

Capítulo 16 - A Grande Guerra

Seraphim assim que havia despertado perguntou de Ciphre e Gael contou o que aconteceu, ele não pensou duas vezes antes de pular no lago enquanto Lilith e Gael cuidavam das outras sereias.

Assim que viu o corpo dela no lago escuro, ele a pegou e nadou com toda a rapidez que poderia para fora da água.

Lilith e Gael pararam de lutar para olhar Ciphre e as sereias gritaram fazendo um som agudo. Os que estavam despertados taparam os ouvidos e quando olharam elas tinham partido.

— Ela está bem? — Gael disse desesperado correndo até Ciphre.

— Ela parece bem? — Lilith disse de forma irônica e Gael apenas ignorou.

Seraphim deu algumas batidinhas leves no rosto da menina esperando que ela acordasse quando percebeu que não começou o procedimento de respiração boca-a-boca.

Após alguns segundos fazendo isso Ciphre sentiu a água que estava em seu pulmão saindo e despertou. Seraphim parou a respiração e a morena cuspiu água.

Seu pulmão pedia desesperadamente por ar por conta disso a garota respirava freneticamente com seu peito subindo e descendo rapidamente.

— Graças a Lua. — Gael disse e abraçou Ciphre que correspondeu com um abraço fraco por ainda se sentir sem força.

— Graças ao loiro. — Lilith disse e seus olhos encontraram com o de Ciphre, ambas sorriram sem mostrar os dentes.

Ainda no abraço de Gael, Ciphre olhou para Seraphim e a gratidão nos olhos dela foi suficiente para ele abrir um sorriso que dizia "não foi nada".

— Bom, pelo visto teremos peixe por várias noites. — Ciphre disse quando Gael soltou ela e ela pode ver dezenas de sereias mortas.

— Ei, quem faz as piadinhas aqui sou eu! — Seraphim disse e os quatros puderam rir.

— Vou tentar acordar Kalesi e Calum para voltarmos ao acampamento. — Lilith dizia se levantando e indo primeiro em direção ao amado.

Gael se levantou e foi em direção ao Kalesi.

Seraphim estava prestes a se levantar quando Ciphre encostou gentilmente sua mão na dele.

— Acho que agora estamos quites. — O loiro disse.

— Não, você ainda me deve um vinho. Te salvar da sereia deu mais trabalho do que uma mera respiração boca-a-boca — Ciphre disse apenas para provocar o menino e ele deu um sorriso de lado.

— Essa é sua forma de me convidar para sair, Majestade? — Disse com um sorriso convencido e arqueando a sobrancelha.

Ele se aproximou dela e colocou uma mecha de cabelo molhado atrás da orelha da mesma.

— Pois saiba que eu ficaria lisonjeado. — Ele disse sussurrando no ouvido dela e depositou um beijo leve em sua bochecha.

Ciphre soltou uma risadinha leve e revirou os olhos pensando no quão convencido aquele anjo era.

— Vamos? — Gael disse se aproximando deles ao lado de Kalesi.

— Claro. — Seraphim disse se levantando e ajudando Ciphre a se levantar. — Vou só pegar nossa comida. — Ele foi até uma das sereias mortas e começou a puxar ela pela cauda.

— Hoje o banquete será grande. — Calum, já despertado, dizia dando um sorriso.

Para os habitantes de Venerem não era algo anormal se alimentar de certas espécies. Inclusive, carne de sereia era algo super caro que apenas os mais ricos conseguiam comer e em ocasiões especiais, visto a dificuldade de matar uma.