Losers On Game | Drarry

12.

POV Draco Malfoy

Subi a escada à procura de Daisy, sabia que minha irmã estaria sozinha, já que Pansy saiu para ir fazer compras.

Bati na porta com a sequência que tenho com Daisy e entrei no quarto, sem ligar se ela deixava ou não. Coisa de irmãos.

– O que é agora, panaca? — se virou na minha direção e pausou o filme que estava assistindo.

Suspirei nervoso.

Eu não costumo falar sobre isso com ela, até porque nunca tem ninguém.

Mas agora... tem o Potter.

E isso me parece um grande problema.

– Eu tenho um problema. Com um cara — desviei o olhar.

Daisy pareceu mais interessada ao se afastar da cabeceira da cama sorrindo.

– Um problema do tipo que você precisa esconder o corpo dele — em seguida, o sorriso desapareceu — ou do tipo que você está gostando dele

Ela claramente se mostra mais interessada em matar um homem do que ter sentimentos por um.

Bufei em irritação.

Não queria admitir aquilo. Revirei os olhos e disse:

– A segunda opção.

– Não posso te ajudar — fez uma careta de desgosto e se apoiou na cabeceira de novo.

– Por favoor — choraminguei enquanto me aproximava para sentar na cama ao lado dela.

– Draco, como eu posso te ajudar com sentimentos por um homem se eu sou lésbica?

Encolhi os ombros.

Algo na expressão de Daisy mudou, o que eu conhecia por ela fazer quando conclui algum pensamento.

– Espera aí... quem é?

– O Potter — murmurei baixo o suficiente para ela não ouvir, sentindo um cutucão na costela. — O Potter!

– Draco?! — riu. — Você nunca gostou de ninguém e agora vem me dizer que está apaixonado pelo detetive de Las Vegas?

Ela tinha o tom de piada na voz, isso me irritava. Muitas coisas me irritam. Só que esse tom de Daisy me causa uma irritação diferente.

– Eu não estou apaixonado por ele! Eu só penso nele... — não conseguia colocar em palavras o que eu estava sentindo.

Ficamos alguns segundos nos olhando, eu estava claramente perdido. Odeio me sentir assim. Esse sentimento de não ter controle de algo pessoal é agoniante.

Minha irmã colocou um travesseiro em cima das suas pernas e deu batidinhas nele para eu me deitar. Tirei meus sapatos e me aconcheguei ali, sentindo ela fazer carinho no meu cabelo, apenas esperando que eu falasse.

– Eu vi ele no cassino, no dia do seu aniversário, tivemos uma troca de olhares e depois disso pensei que nunca mais teria contato com o "moreno misterioso". Eu não parava de pensar nele, Dassie, isso nunca aconteceu! Depois que ele veio pra cá tudo piorou...

Daisy suspirou.

– Você conversou com ele sobre?

– Conversa não foi bem o caso... a gente teve mais pra uma discussão — revirei os olhos. — Eu ainda estou confuso... Não sei como lidar com isso. Ele deixou bem claro que não sou nada para ele além de um criminoso fajuto que ele claramente desgosta.