Losers On Game | Drarry

14.

POV Harry J. Potter

Neve.

Está nevando.

Os Malfoy parecem quase sair saltitando por aí, eles amam frio.

Mas eu não, o frio é horrível. O frio me faz querer me jogar no meio do fogo para me esquentar. Sem contar que muitas peças de roupa me incomodam.

Enfim, nada disso é realmente importante. O negócio é que: hoje eu vou tomar uma iniciativa que pode ser muito burra ou incrível.

Pode ser muito burro eu tentar me deixar levar a ter algo com Draco e frustrante se não conseguir.

Porque acho que seria legal sentir algo por Draco, já que finalmente ele parece alguém que possa ser legal para mim.

E... pelo que Daisy me falou, eu talvez tenha a chance de encontrar o 'Draco misterioso'.

– Draco, eu queria conversar com você — pedi.

O loiro se virou para mim.

– Claro, vamos lá fora — fechei a expressão para ele, pela a menção de ir para a neve. Ele riu. — Ta... vamos lá pra cima.

Subimos e entramos no meu quarto.

Parei na frente dele e fiquei o encarando por alguns momentos.

Respirei fundo algumas vezes. Isso parecia tão difícil.

Não era para ser difícil! Definitivamente era para ser mais fácil.

Draco me olhava com uma certa expectativa, ou ansiedade.

– Eu conversei com a Daisy — afastei a franja do olho. — E... eu acho que eu quero tentar fazer isso dar certo.

Tentei ignorar o fato da sombra de um sorriso querer brotar nos lábios do loiro.

E eu achar lindo. Ele quase nunca sorri.

– Fazer dar certo? Eu pensei que você tinha dito...

– Sim. Sim eu falei que não sentiria nada por você — o interrompi e a forma como saiu foi mais desesperada que o previsto. — Mas é que o problema não é ser você, eu que não consigo.

Franzi o cenho para mim mesmo. Eu não admitia aquilo para ninguém.

– Desculpa parecer burro, mas... como assim?

Me joguei na cama, encarando o nada.

– Há uns cinco anos, eu tive um relacionamento com uma garota. Era legal — começei a história de como eu só me fodo com relacionamentos —, ela era fofa, me entendia às vezes. Quase não brigávamos. Quando nós terminamos, ela me disse que estava desinteressada em mim e que eu fiquei "sem sal".

"Me machuquei com isso, é claro. Mas segui minha vida, depois de alguns meses eu me envolvi com um garoto que disse me prometer o mundo e as estrelas. Durou dois meses.

Algum tempo depois aquela primeira ex me mandou uma mensagem se desculpando e 'esclarecendo' que ela só não queria admitir que tinha me traído. Me senti um lixo, fazia pouco tempo que tinha terminado com o garoto e ela me quebrou mais ainda.

Depois eu tentei me envolver com a irmã do meu melhor amigo, mas também não deu certo. Ela estava gostando de outra garota."

– E foi assim que eu não consegui gostar de mais ninguém. Fazem dois anos — sorri triste e me sentei, vendo Draco se aproximando em passos lentos para se sentar ao meu lado.

– Eu não vou te dar conselhos motivacionais. Até porque não sei fazer isso — ri, recebendo um sorriso aconchegante dele em seguida. — Eu também não sou de gostar das pessoas, e é definitivamente estranho eu me sentir bem com você.