Quiçá tenha sido assoberbada pelas fantasias dos livros
Ou das dos filmes de romance em época de Natal
Tantos desejos ali, tantos sonhos que me põem mal
Há uma probabilidade insana de coincidências naqueles encontrosParticularmente, não gosto da chuva
Mas me identifico com os dias frios, com o céu nublado
Aí me envolvo com cobertores no sofá feito uma parva
A olhar aquela vida perfeita, a pensar no quanto aquilo me corrói e só deixo aqui o censuradoMe identifico com os filmes dramáticos há um tempo
Que é quando dou um passo para frente com um pé atrás
Todas as dúvidas vêm a chover para mim e a tirar-me a paz
Todo o medo de vir a sofrer passa a ser um tormentoComo é que saio?
Como é que fujo?
Será que passa?
Será para sempre assim?Não gosto de sofrer, contradigo
Só acho melhor sofrer antes
Viver sem dívidas restantes
É mau? Tudo isto parece um artigoDaqueles chatos, como eu
Daqueles que não quero como meu
E então, como é que faço?
E então, será que fujo?
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O Poema Que Não Escrevi
PoezjaEste... bem, é um novo livro de poemas velhos. Lembranças, desejos e sonhos então empoeirados. Do primeiro poema que já escrevi ao último que provavelmente não é o fim. Devaneios de uma mente cheia de memórias de sonhos que não chegaram a se concret...