Capítulo 7 - Edição Especial Dia do amigo ♡

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Ps: esse capítulo extra não interfere muito na história. Mas gostaria de mostrar um pouco da amizade que eles tinham no passado e de como as coisas foram mudando aos poucos.

Alguns anos atrás (...)

Karol Cisneros

Era uma manhã ensolarada de sábado, decidi mandar uma mensagem aos meus melhores amigos para irmos ao parque, orar, louvar um pouquinho e conversar sobre o futuro.
Apesar de eu ter apenas 14 anos, sempre fui muito responsável e meus pais confiavam no filho do pastor, vulgo, Ruggero Pasquarelli, que era o mais velho de nós 3 e também sabia que qualquer coisa que aconteceria, Mike era o primeiro a abrir a boca.
Logo depois da confirmação deles, me levantei da cama e fui até o armário, onde peguei uma mochila preta um pouco maior que a que eu usava para ir a escola e coloquei dentro minha polaroid, fones de ouvido, caderno, casaco, toalha para colocar na grama e alguns biscoitos para uma espécie de piquenique.
Toda vez que a gente conseguia acordar cedo no sábado, fazíamos quase a mesma programação, mas dessa vez, o clima já não era tão bom quanto antes, tinha uma espécie de despedida no ar.
Fui para o banheiro, fiz minha higiene e desci as escadas depressa. Dei um até breve aos meus pais, entrei na varanda e peguei minha bicicleta para me encontrar com Mike que era meu vizinho de rua e juntos irmos até o parque e lá, a gente esperava o Rugge chegar.
Rugge estava um pouco triste e um pouco feliz. Feliz por finalmente ter conseguido a tão sonhada bolsa de estudos, triste porque seus pais não estavam muito de acordo e também porque ele e candelaria tinham terminado de vez.
Eu também estava triste, mas porque algo dentro de mim sentia que se ele fosse embora, tudo que vivemos, seria apenas uma memória.
Chegamos no parque e vimos ele deitado na grama. Deixei minha bike em um canto e subi até lá junto com Mike e deitamos.

- o céu está lindo hoje mesmo. No que você tá pensando amigo? - Olhei para o lado e o vi refletindo sobre algo.
- na vida, na nossa amizade, em tudo que vai mudar se no final do ano meus pais me deixarem ir.
- vamos tirar isso de letra cara, você vai ver.

Parte de mim não estava raciocinando muito bem. Fazia alguns poucos meses que Lio havia terminado comigo, pois ao que ele dizia, era nítido a forma que eu olhava para o rugge. Lio não tinha ciúme algum do Mike, mas nossas brigas eram constantes por conta do Ruggero , mesmo que eu negasse sempre sobre essa loucura, eu estava muito triste por pensar que em poucos meses, não seríamos mais nós dois , quer dizer, nós três.

Me levantei e fiquei sentada olhando em volta e logo peguei a polaroid que estava na mochila e tirei uma foto de nós três para guardar no meu diário de recordação. Ruggero pegou seu violão e começou a tocar e Mike a cantar. Tudo isso me fez eu me sentir tão mais tão em paz. Aquilo ficaria guardado para todo sempre.

Após eles terem terminado de cantar, disse a eles que a gente podia fazer uma promessa em oração. Demos as mãos e fechamos nossos olhos.

"Senhor, faça por favor que a nossa amizade dure para todo sempre. Que possamos ser sempre Unidos, independente de onde cada um esteja. Amém"

Alguns meses depois, despedida do Ruggero.

Dezembro chegou, e com o mês, não somente pensaria no Natal, ano novo,mas também na despedida dele..
Eu estava angustiada e queria contar tudo oque sentia a ele, mas eu sabia que não era o momento certo, mesmo depois do que rolou com a gente no meu aniversário . Passei meses orando e pedindo a Deus uma confirmação, mas até então, não havia sentido que deveria contar que eu já não o via mais como um simples amigo. Ele com 18 anos, eu com 15. Era errado, inapropriado, eu precisava respeitar o tempo e respeitar também a felicidade dele. Ele estava ansioso e animado para viajar e eu não poderia simplesmente estragar aquilo.

Looking for the way (A procura do caminho) Onde histórias criam vida. Descubra agora