Shadowhunters: O após

Capítulo 2 - Lençois amarelos de cetim

*Alec*

- Vai com calma, já reparei que hoje estás sedento! - exclamou Alec

- Nem sabes de nada... - Magnus respondeu entusiasmado com a situação

Eu sabia que Magnus estava bastante excitado, os seus olhos de gato eram algo que o denunciavam e aos quais eu não conseguia resistir.

- Papás! - ouviu-se gritar do lado de fora do quarto

- É a tua vez. - disse a Magnus

- Está bem. - reclamou visivelmente frustrado por ter de interromper o momento daquela forma. - Mas depois voltamos ao que estamos a fazer.

Eu era tão feliz ao lado daquele homem, o casamento veio a fortalecer ainda mais a nossa relação, cada dia que passava sentia-me mais apaixonado, um sentimento que nunca tinha experienciado na minha vida toda.

- O que se passa minha sweet pea? - disse-lhe abraçando-a

- Tive um pesadelo. - disse Madzie

Foi só um pesadelo, e os pesadelos são só isso, pesadelos. - apaziguou Magnus

Magnus deu-lhe um beijo na testa e aconchegou-a entre os cobertores para poder voltar a dormir tranquilamente.

- Papá, esqueceste-te de algo...

- Desculpa querida. - Estalou os dedos e fez aparecer uma pequena lua flutuante do género de uma luz de presença.- Melhor agora?

- Sim.- sorriu tímida mas agradecida

- Lembra-te que os pesadelos não te podem magoar, assustam mas nada mais que isso. Boa noite minha princesa. - tranquilizou-a apagando a luz e saindo do quarto deixando a porta fechada

Depois de muito falarmos decidimos adotar Madzie, tínhamos tanto amor para dar e o alvo perfeito desse amor transbordante era ela, a nossa filha Madzie. Todos os dias eram um desafio, educar e ajudar a crescer uma criança não era uma tarefa fácil, mas com determinação e carinho tudo era possível. Todos os dias ela dava-nos provas de que o nosso esforço estava a compensar.

- Então o que se passou agora? - perguntei a Magnus que voltara ao conforto da nossa cama

- Outro pesadelo... - respondeu - Mas já está mais calma, pediu para fazer aquela magia da lua flutuante, nunca vou perceber o porquê de me pedir sendo que ela mesma consegue fazer.

- Magnus. - disse enquanto me ajeitava no embaraço dos lençóis - Ela apenas quer sentir que pode contar com o pai, não teria o mesmo efeito se ela o fizesse sozinha.

- Hm, estamos a criar uma criança bastante inteligente, sai a mim sem sombra de dúvida.- disse Magnus num tom irônico

- Claro que sim. - disse entre gargalhadas

- Agora que o problema já está resolvido, podemos voltar ao que estávamos a fazer antes? - perguntou Magnus num tom malicioso

Nem me deu tempo de responder, saltou para cima de mim enfiando a sua língua na minha boca com muita intensidade, percebi que aquilo ia aquecer e adverti

- É melhor ter cuidado a Madzie pode ainda não ter adormecido.

- Adormeceu sim, não te preocupes.

- Mag...

- Ai Alexander, a impores-te como o pai preocupado excitas-me, mas vou confirmar só para te sossegar. - disse levantando-se da cama

Abriu a porta do quarto de Madzie silenciosamente e confirmou aquilo de que tinha a certeza. Madzie encontrava-se no sétimo sono e provavelmente a sonhar.