Eight Lights (Yoongi)

𝟕. 🌱 - ❝ introdução ❞

POSTADO: 21 . 07 . 2021 .
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⚠️ 18 MINUTOS DE LEITURA:

                ❝ O Destino Mortal ❞

❝ Num planeta constituído de camadas densas de uma névoa furta-cor, cujo interior se resumia a um núcleo de areia estelar transparente, que mostrava a forma interna deste, — um vazio — e o outro lado também, uma visão vasta da imensidão do universo, de constelações pontilhadas como diamante, reluzindo feito faróis, direcionando os habitantes de pólos distantes e longínquos para longe das marés intermináveis de massa escura. Onde buracos negros pintavam a vista com perigos inimagináveis, planetas de diferentes tamanhos, de diferentes formatos e origens, de diferentes formas de sustentar vida, dançavam a seu redor, o grande berço da vida.

Dando um largo zoom na visão periférica, indo parar no interior desse lugar, que se desenvolvia como um organismo vivo, sempre em fase de crescimento, inúmeros seres humanos de idades diversificadas viviam em paz, abastados de riquezas, de ciências que mais pareciam mágica, e tecnologias que as vezes, davam luz a mundos, cultivando em seu meio o centro de todo o poder e liderança das múltiplas nações do universo.

Estes seriam os Originais, os primórdios da humanidade.

Dia Algum • Mês Nenhum • Ano Qualquer. | Capitania de Centopea, Planeta de Núcleo.

Autora Point of View.

No salão onde o chão era feito com pó estelar, e as paredes divisões de quatrocentos e cinquenta Máquinas Mortais que à muito haviam partido da imortalidade, ombro-a-ombro, conectadas umas com as outras, constituindo um cômodo metálico com rosto de bestas, existia a sede do Conselho do Universo, onde os Originais se reuniam para discutir o destino de mais de 100 bilhões de planetas que haviam povoado e colonizado a sua bel-vontade há dezenas de milhares de anos antes.

Oito cavaleiros, trajando armaduras coloridas como jóias, tão reluzentes quanto as estrelas, brandindo espadas e armas do tamanho de gigantes, entraram estalando pegadas pesadas feito luas em colisão por oito portais arqueados, para dentro do salão do Conselho, onde seus tronos flutuantes de algo semelhante a azeviche os aguardavam.

A presença dos oito era implacável, como se fossem um conjunto de tempo, espaço e juventude eterna em sincronia.

Ao todo, eram quatro mulheres e quatro homens, ancestrais, anciãos, que conheciam o mundo como ninguém, mas, de aparência, não passavam de adolescentes muito poderosos.

— Vocês também notaram, certo? - Questiona Wicca Jung, ao sentar-se em seu trono, de frente para o portal da qual veio. Ela gesticula para os outros presentes que buscavam seus lugares no conjunto de assentos, que formavam um círculo perfeito. — Não pode ter sido só eu.

O som de tambores e trombetas irrompe a calmaria, telas pixeladas surgem num piscar, nos cantos do salão, indicando que estavam iniciando mais uma reunião oficial do Conselho do Universo, o conteúdo seria registrado para armazenamento posterior.

— Droga, os tambores me ouviram. - A voz de Wicca estava mentolada numa risada baixa e ritmada. Ela retira o capacete digital de sua armadura amarela, e seus cabelos longos, castanho-escuro, derrapam por seus ombros cobertos pelas ombreiras hexagonais do traje de titânio, seus dedos finos sobem para jogar a franja para o alto da cabeça, antes da armadura se recolher em milhares de pontinhos, como se o titânio fossem linhas de tecido se desfazendo da roupa.

Wicca, representava o 5° Original do Conselho e da criação, conhecida por sua franqueza e gentileza, era a mais adorada pelos centopeanos.

— O que exatamente deveríamos ter notado, Wicca? - Beldom Byun, o segundo Original da criação e Rei no Conselho do Universo, era o homem magro, ossudo e alto de armadura lilás como um power-ranger, e capacete pontiagudo. Ele descansava a cabeça no punho enquanto seus olhos cor-de-topázio corriam rapidamente pela tela digital que planava a sua frente, iluminando seu rosto numa luz azul-ciano. Era a lista de crimes hediondos causados por humanos do planeta mais próximo do Núcleo, Titã.