Capítulo 17

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Bjorn

Depois de ter me colocado para fora de sua casa, decidi que não ia mais atrás dela mas quando Lilly apareceu com um vestido preto de bom belo decote e uma fenda não consegui me controlar. Estava maravilhosa, com cabelos longos e claros, seu olhar demonstrava o quanto me queria.

Quando nos encontramos em uma sala afastada do salão, eu só pensava em arrancar sua roupa e fazê-la gritar meu nome implorando para gozar mas ali não era o lugar para isso. Imagino que ela deve ter ficado furiosa quando a dispensei.

Assim que Eric foi nomeado homem do ano, fiquei feliz pelo meu amigo e resolvemos comemorar no El Chiesa. Uma casa de swing que abriu recentemente em Munique. Segurar a mão da Lilly ao entrar no hall me deu certa segurança, coisa que nunca tinha sentido antes e vê-la algemada me fez ficar tão excitado, ela estava tão submissa a Frida e Andrés que era quase impossível tirar os olhos daquele corpo perfeito.

Mas eu adorava jogar com Eric e Jud, era divertido, Jud é sem dúvidas, uma mulher fogosa e ardente. E eu sempre disposto a transar com ela e Eric. Quando acabo vejo Fridaz, Andrés e Lilly brindando felizes. E apesar de saciado, eu precisava de mais, precisava da Lilly algemada na minha cama para possuía-lá.

Mas ela me ignorou completamente o que me fez questionar se estava errado outra vez, nunca precisei de mulheres que não me queriam. Porque apesar de parecer um pouco errado, sei do meu potencial e posso ter quem eu quiser e me irritava o fato de só querer ela. Depois desse dia resolvi ignorar Lilly completamente mas era difícil tira-la da cabeça.

As semanas iam passando e eu me tornava refém dos meus pensamentos, que se voltavam para ela e seu jeito teimoso que no fim, me atraiam e muito. Estava chateado também por não ter conseguido ganhar o sorteio dos quadrinhos.

Estou no meu escritório quando Marisa me avisa que chegou um presente, vou buscar, estranho ao ver rosas vermelhas e uma caixa dourada. Ao abrir a caixa vejo as primeiras edições das HQ'S do homem aranha então logo abro o cartão que veio com as flores.

Querido James Bond,
Pagaria ver seu rosto ao descobrir que perdeu o sorteio para mim. Eu nunca perco! Mas sei que fará uso deles melhor que eu. Espero que quando voltar de Londres esteja me esperando com uma gravata e um champanhe na mão.
Atenciosamente, Lillian Parker.

Observo com cuidado aquele cartão incrédulo ao saber que ela entrou no sorteio só para me vencer e esfregar isso na minha cara mas sorrio ao imaginar a cara dela de convencida.
Aquela tarde fiquei separando alguns documentos para uma audiência que teria essa semana mas o sorriso no meu rosto era notável. Quando termino de revisar os documentos, passo no restaurante do meu pai e me sento no bar pedindo uma cerveja.

- O que há com você Bjorn? - meu pai pergunta quando me entrega a cerveja

- Como assim?  O que há de errado? - perguntei sem entender

- Está com um brilho diferente nos olhos filho! - meu pai fala e eu dou risada

- Está confundindo esse brilho com cansaço, eu tenho uma audiência importante essa semana - falei

- Não é cansaço, é felicidade!

- Ganhei as HQ'S do homem aranha - falei contente

- Pensei que tinha perdido o sorteio

- E perdi, mas por sorte, eu conhecia a mulher que as ganhou - falei

- Mas não é só isso - meu pai diz colocando os braços na bancada do bar e me encarando - Você conheceu alguém especial?

- Não - falei - Por que?

- Porque sentaram várias mulher no bar e você não olhou para nenhuma - meu pai diz e eu dou risada, não reparei -
Além de disso, sou seu pai e conheço você...

- Não conheci ninguém especial pai - falei - Mas quando conhecer, será o primeiro a saber

Ele me lança um olhar desafiador e vai atender as mulheres que também sentaram no bar, observo ela mas desvio minha atenção para meus pensamentos que se voltam para a americana teimosa.
Sou arrancados desses pensamentos quando ouço um grito de criança:

- Tio Bjorn!! - Thomás grita assim que me vê

- Oi campeão - falei pegando ele no colo e cumprimentando a Rosa, babá dele

- Vamos comer bolo - o menino diz animado

- Pode pedir o bolo que quiser! - falei e ele abre um sorriso grande

- Mamãe foi viajar mas vou guardar um pedaço pra ela - Thomás diz

- Depois embrulhamos um pedaço para a chata da sua mãe - falei e sorri ao ver a reação do menino

- Minha mãe não é chata! - Thomás diz

- Não? - perguntei e ele nega com a cabeça, acho graça

Então meu pai leva ele e a Rosa a mesa para poderem pedir a sobremesa que vieram comer e eu volto a tomar minha cerveja mas logo sou interrompido pelo olhar desconfiado do meu pai.

- O que foi agora senhor Klaus? - perguntei

- Agora entendi tudo - meu pai diz e eu olho para ele sem entender

- Entendeu o que? - perguntei

- Lilly - meu pai aponta para o Thomás na mesa e eu encaro ele - A mulher que anda mexendo com você

- Como é? - falei rindo - Acho que passar tanto tempo na cozinha está mexendo com a sua cabeça

- Não, a sua cabeça que está virada - meu pai prossegue - Eu vi como olhou pro menino e a cara que fez ao pensar na mãe dele

- Está enganado pai, Lilly é uma mulher teimosa e arrogante, não perco meu tempo com mulheres assim - falei

- Mas é isso que o faz querer ela - meu pai diz - Não é como as outras

- Está enganado pai - falei terminando minha cerveja - Completamente enganado!

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