Capítulo 43

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Bjorn

-Você foi, em Berlim mas em Munique isso acabou - falei - Se lembra?

- Como eu poderia esquecer Hoffman - Lilly diz - Então nem amigos somos?

- Acha que conseguiríamos ser amigos? - pergunto e ela nega - Isso responde sua pergunta?

- Eu iria lhe pedir um favor mas pensando melhor, é uma péssima ideia - Lilly diz com frieza

Nenhum de nós diz mais nada, claro que eu fiquei curioso para saber o que ela iria me pedir e uma parte de mim torcia para propor algo depravado e indecente do jeito que nós dois gostamos. Mas afasto esses pensamentos e me foco em Thomás, eu o adorava e sei que ele também, mesmo que minha relação com sua mãe não fosse boa. Assim que meu pai volta entrega o suco dela.

- Lilly, estava pensando e acho que vou aceitar a proposta de sua irmã - meu pai diz e ela sorri

- Que bom Klaus, não sabe como fico feliz com isso - Lilly diz - Tudo que você cozinha é maravilhoso

- Claro que tenho que ver com a equipe primeiro mas Bjorn e eu iremos - meu pai diz e eu o olho surpreso, não concordei com isso

- Minha irmã vai ficar feliz com essa notícia - Lilly diz nenhum pouco feliz em saber que também vou e nem dirigi seu olhar a mim - Klaus posso lhe pedir um favor?

- Claro!

- Você tem um papel e uma caneta? - ela pergunta e meu pai vai buscar, escreve algo e entrega - Amanhã mesmo venho buscar

- Não se preocupe com isso Lilly - meu pai diz e ela sorri

- Obrigada!

Continuo a brincar com seu filho enquanto ela conversa com meu pai, claro que queria saber eu qual era o favor e minha expressão mudou totalmente. Estava quieto e Lilly me ignorou o tempo inteiro que passou no restaurante. Quando ela vai embora se despede apenas do meu pai e Thomás me abraça apertado.

- O que disse pra ela? - meu pai pergunta

- Não disse nada! - falei

- Vocês dois estavam com um humor melhor quando ela chegou e sei que conversaram

- Pai, não sei quantas vezes vou ter que dizer que Lilly e eu não temos nada e nunca teremos - falei - Nada nela me agrada e nada em mim agrada ela, a única coisa que provocamos um no outro é desgosto!

- Ta bom Bjorn - ele diz - Acredite no que quiser

Tomei uma última cerveja e fui pra casa, claro que o que eu disse foi um mentira mas tinha que parar de deixar meu pai alimentar coisas que não existem. Quando vou para casa me deito na cama e não sei o que fazer. Não sei também se foi uma boa idéia acabar tudo que tínhamos mas era preciso.

~☆~

- Tem algo te incomodando Bjorn? - Eric pergunta

- Se eu dissesse que é cansaço você não acreditaria - falei - Acreditaria?

- Não! Por que conheço você - ele fala - Pode falar porra

- Eric, o que aconteceu com o pai de Thomás? - pergunto e vejo meu amigo me olhar surpreso - Eu ouvi Lilly comentar algo com a amiga, mas não entendi

- É complicado Bjorn - Eric diz - Lilly não gosta nem de tocar muito no assunto

- Por que? Ele a deixou? - perguntei sem entender

- Ele morreu quando ela estava grávida de Thomás - Eric diz e eu o olho totalmente surpreso - Foi difícil pra ela passar por tudo sozinha, pensou até em tirar o filho mas ainda bem que repensou essa loucura

- Foi esse o motivo de você passado um tempo na Espanha? - perguntei

- Sim, primeiro foi minha irmã Hannah, que era sua grande amiga e logo em seguida o namorado! Ela precisava de apoio - Eric fala - E olhar pra Thomás e ver que ele e o pai são parecidos ainda dói nela

- Eu não sabia Eric, só ouvi ela comentar com a amiga - falei - Mas Thomás é tão precioso pra ela

- Lilly é difícil de lidar mas ainda sim, é uma mulher incrível e forte também

- Eu não duvido Eric - falei

- Você não queria me dizer algo? - Eric pergunta mudando de assunto

- Não que eu me lembre meu amigo - falei e ele me encara - Por que está me olhando assim?

- Aconteceu algo em Berlim?

- Não! Eu só a vi nas reuniões da Müller e quando se encontrou com sua amiga no saguão do hotel - menti

- Então tudo bem, nem pense em comentar sobre o pai de Thomás - Eric diz

- E com quem iria comentar? Com Lilly?

- Não sei, só disse isso por que é algo delicado demais para ela

- Eu imagino! Ainda está tentando nos juntar? - perguntei

- Claro que não! Vocês são como cão e gato - Eric diz - Quanto mais perto, maior a briga!

Nós dois rimos e logo comemos, Eric e eu conversamos até Jud ligar para ele. Quando fui para casa, pensei no que me disse, não imagino a dor que tenha sido para ele e o quão forte ela é por aguentar tudo.

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