Capítulo 46

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Lilly

Quando pousamos na Itália uma van veio nos buscar e nos levar até a casa, e eu fiquei impressionada como era enorme, os  pais de Vincent tinham muito dinheiro. Mas precisamente dizendo, era uma mansão, tinham vários quartos, uma sala grande, área para lazer e uma varanda enorme e com vista para a praia.

Guardei minhas malas no quarto e andando pela varanda sinto uma dor no coração vendo a paisagem, fazia muito tempo que não via a praia. As lembranças com Pablo me assombram, doía demais ter que me lembrar dos nossos momento juntos na água. Por isso nunca consegui trazer Thomás, sabia que iria ser doloroso.

- Você está bem querida? - meu pai pergunta me abraçando

- Estou pai! - falei - São só lembrança!

- Sinto muito filha, não tem nada que eu posso dizer para você mas estou aqui para tudo - meu pai diz e eu abraço ele

- Eu já disse que você é o melhor pai do mundo? - perguntei e ele sorri - Venha, vamos ajudar a casar sua filha mais velha!

Logo depois os decoradores me mostram o que querem fazer com os arranjos de flores e a capela que estão montando. Ajudo a escolher bem as cores enquanto Alysson está vendo os detalhes do seu vestido, o casamento era daqui a 6 dias e ela disse que nada ficou do jeito que ela queria.

Termino de escolher os arranjos de flores e assim que vejo que está anoitecendo, pego Thomás no colo e o levo para praia. Nos sentamos na areia e vemos o sol se por juntos, o lugar era lindo e assim que olho para meu filho, meus olhos se enchem de lágrimas. Eu precisava ser forte por que teria uma semana aqui e teria que lidar com as lembranças.

Subo pro quarto e dou banho no Thomás, me arrumo também pois os jantares aqui são sob as estrelas naquela varanda maravilhosa. Coloco uma sandália de correias brilhantes e salto fino, uma calça jeans preta e um corset branco decotado. Assim que seco o cabelo, vou até a varanda.

Tinham grandes mesas redondas, ainda não estavam decoradas mas os talheres e a toalha de seda eram lindos. Meus pais juntam a mim e a Thomás, logo os pais de Vincent também. Eram tão elegantes, Antonella, a mãe dele estava com um belo vestido de seda e o cabelo preso em um coque no alto da cabeça, seu olhar era firme e sei que era uma mulher poderosa.

Ja seu marido, Luís, usava uma camisa e um blazer azul e assim como Vincent, era bem bonito. Estava mais que na cara, que era um homem de negócios pois apesar de ser brincalhão, sua expressão era nula e fria. Passado alguns momentos Bjorn aparece, estava lindo, de calça e uma camisa havaiana com os botões abertos.

- Bjorn, por que Josh não veio? - Alysson pergunta assim que o vê

- Estava trabalhando fora da Alemanha - Bjorn responde sorrindo

- Uma pena, junta-se a nós? - Alysson pergunta e aponta para cadeira

- Talvez mais tarde, estou ajudando meu pai na cozinha - ele diz e eu olho surpresa - Mais tarde eu me junto a vocês

Bjorn sai e eu olho para Alysson que da um risinho malicoso para mim, minha irmã era impossível ! Todos conversamos e bebemos champanhe mas passado um tempo Klaus me chama para ir até a entrada da cozinha.

- Isto é por que foi um bom menino no avião - Klaus entrega um bombom para Thomás e meu filho o abraça apertado

- Obrigado tio Klaus! - Thomás diz e eu sorrio

- Lilly, posso lhe pedir um favor? - Klaus pergunta

- Mas é claro - falei sorrindo

- Pode provar pra mim? - Klaus pergunta e me entrega um recipiente com uma mistura alaranjada

- Claro - falei e provei um pouco do molho, era delicioso - Klaus isso é uma delícia! Tem um gosto de maracujá apimentado, eu amei!

- É um molho de maracujá com pimenta doce - ele diz e sorri - Bjorn que fez!

- Ficou incrível, mesmo sendo que Bjorn que fez - falei e Klaus sorri, logo o seu filho se aproxima de nós

- O que eu fiz? - Bjorn pergunta

- Lilly adorou seu molho filho!

- Eu não sabia que foi você que fez - falei revirando os olhos

- Da próxima vez, vou me lembrar de por veneno - Bjorn diz

- Lilly, querida, acha que seria um bom acompanhamento para servir com salmão? - Klaus pergunta

- Eu confio totalmente em você Klaus, no seu filho nem tanto - falei e ele da risada - Mas se você acha uma boa idéia, sei que vai ficar delicoso de qualquer jeito e também sei que vão adorar

Klaus agradece e eu os deixo trabalhar, meu pai pega Thomás no colo e vai com ele ao salão de jogos. Eu tiro os saltos e vou caminhar um pouco na praia, olhando para o mar tenho milhares de lembranças.

- Então não confia em mim? - ouço Bjorn pergunta e me viro para encará-lo - Não é o que parece quando está nos meus braços

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